10 de jan. de 2012

Miseria, fome e falta de miseria são as unicas coisas que a burguesia pode nós oferecer

Nas ultimas semanas, foram montadas mega operações para acabar com a Cracôlandia em São Paulo e o Pinheirinhos em São José dos Campos cujo a alegação de ‘’modernizar’’ estes espaços abrindo espaço para o setor privado como é no caso do Pinheirinhos onde que se pretende abrir um condomínio fechado no local onde as famílias estão morando e ambos os lugares predomina o discurso falacioso que é uma ação de combate as drogas.  Enquanto Mercadante ‘’lamenta’’ com suas lagrimas de crocodilo que muitas pessoas irão morrer por causa da chuvas de verão, a burguesia deixa bem claro  qual é a sua resposta a este problema ao colocar policia  para expulsar os trabalhadores e o povo pobre assim satisfazendo os interesses de vários setores da burguesia.
Do sexto melhor PIB% a pobreza extrema :
Enquanto o Brasil sai nas capas de jornais do mundo inteiro por ter o sexto melhor PIB ultrapassando a  Inglaterra, fazendo com que o ministro Mantega desse declaração de  que o  Brasil vai ‘’alcançar o padrão de vida europeu’’ a Cracolândia é mais uma da expressões de que como o ‘’Brasil Potência’’ é profundamente desigual. Enquanto o governo petista aumentou o numero de empregos precários, a reestruturação produtiva capitalista (‘’o sistema TOYOTA’’) um importante fator que garante que o Estado garanta estes empregos precários garante também o desemprego estrutural largando milhares na fome e na miséria problema que assola a Cracolândia fazendo com  que os seus moradores não tenha nenhuma perspectiva de vida  (O sistema capitalista é incapaz de oferecer, pois ele só oferece a fome e a miséria), sejam alienados do direito de viver encontrando a sua única saída para canalizar sua dor, o Crack que por sua vez foi a própria burguesia que criou para conter os trabalhadores.
A Realidade é mãe da verdade, por isso temos que encarar e dizer as coisas como elas realmente são, sem cair em nenhum misticismo e desvendando tudo o que a burguesia coloca pra fazer esconder e assim esconder também qual é o motivo do problema.  Enquanto muitos reproduzem a ideologia burguesa em individualizar a culpa (ou seja, você está nesta situação porque você quer ou você está nesta situação porque você não fez por merecer), esta mesma burguesia faz questão de esconder que extrai alta taxa de mais valia dos trabalhadores ou seja cada vez mais acumulando a riqueza enquanto os trabalhadores tem seus salários rebaixados e corre constantemente ameaçados pelo o famoso fantasma do desemprego que assombra todos os trabalhadores. Por sua vez, com o desemprego onde que muitos setores da juventude e de trabalhadores não encontram nenhuma perspectiva de serem explorados pela a burguesia. Esta é a contradição de fundo que faz criar palácios no Morumbi para a burguesia, mas que oferece a rua para o povo pobre dormir.
Analisando através desta lógica, colocando através de suas respectivas particularidades podemos entender desde a miséria da cracolândia se contrapondo aos prédios burgueses da paulista como do Banco Safra assim como podemos entender que existem prédios luxuosos em São José dos Campos em contraposição ao Pinheirinhos (que no caso estes lutam pelo direito básico de ter algum lugar para morar). Esta é a raiz e o que se materializa do ‘’Brasil Potência’’ que ultrapassou a Inglaterra, porém com contradições extremamente  frágeis.  Enquanto o Brasil passou a Inglaterra em relação ao PIB, para os trabalhadores continuam recebendo salário de fome, o povo pobre sofre com a falta de moradia, trabalho precário e a juventude pobre e negra serem alienados pelo direito de sua própria vida em contraposição ao país ‘’onde que os ricos nunca se tornaram tão ricos’’.
Ótimo negocio para os diversos setores da burguesia, pobreza e miséria para os trabalhadores e o povo pobre.
A invasão policial na Cracolândia, assim como a reintegração de pose junto com a invasão policial no bairro do Pinheirinhos em São José dos Campos  favorecem apenas diversos setores da burguesia brasileira e analisando através da política de classe só tem a oferecer miséria e pobreza para os trabalhadores e o povo pobre. Enquanto a policia invade estes  lugares, assim como invade outros a burguesia que lucra com especulação imobiliária, a burguesia que lucra com a construção civil, a burguesia do  comercio e assim como a burguesia  industrial estão JUNTOS !  rindo e observando com muito entusiasmo estas ações policiais pois sabem o sangue que vai ser derramado nestas operações  vão transformar em milhões que irão para o seus bolsos.  Enquanto diversos setores da burguesia lucram com esta política racista e elitista de Estado, quem sofre são os trabalhadores e o povo pobre que estão em situação cada vez mais precárias.
No caso da ocupação legal do  Pinheirinhos onde que é realizada num terreno de uma empresa que faliu a muito tempo, mais de 2000 famílias estão sendo deslocadas e não sabem para onde vão (que de acordo com o próprio prefeito Eduardo Cury, não sabe onde vai colocar tais famílias) para que se crie um condomínio fechado em que se pretende lucrar milhões com a sua especulação e a sua venda. Além de favorecer a especulação imobiliária com a sua política racista e elitista em expulsar o povo pobre onde que está morando para dar um fetiche necessário para a pequena burguesia elitista e racista, que quer excluir – se em voltas de  murros dos trabalhadores e do povo pobre.
Não podemos ter ilusão as obras ‘’publicas’’ do Estado burguês , onde que se pretende alcançar o ‘’bem comum’’ onde que supostamente todos irão ser beneficiado e por isso tem que ‘’retirar’’ o que está atrapalhando. Por trás destas obras ‘’publicas’’ que no governo do PT se materializa no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, um eufemismo para a intensificação do trabalho para gerar lucro para a burguesia), escondendo o fato como mostra o próprio exemplo do PAC que tais obras serve para que a burguesia continue acumulando cada vez mais as custas dos trabalhadores. Está é a cara do Brasil ‘’Potência’’ que passa por cima de todos que atrapalham a burguesia obter seus lucros.
Por sua vez, os governos tanto do Estado de São Paulo e a prefeitura da cidade de São José dos Campos dão explicações vagas para onde vai os moradores do Pinheirinhos e da Cracolândia não garantindo o que estes não podem garantir o direito de ter uma vida digna. Tal postura se deve pela a política nefasta da burguesia em largar estes indivíduos a sua própria sorte, restando a estes a sua única alternativa se submeter as condições de trabalho mais precárias e a única maneira que a classe dominante consegue este objetivo é através da repressão policial.
Problema social não é caso de Policia. Fora PM da Cracôlandia, do Pinheirinhos  e dos morros atingidos pelas as enchentes
Uma coisa é certa, não podemos ter ilusão que o Estado burguês possa solucionar pela raiz tais problemas e muito menos quando se utiliza a repressão policial. O Estado é instrumento da classe dominante, onde se tem uma sociedade dividida em classes com interesses inconciliáveis para assim manter tal divisão e as suas contradições. Por sua vez, o Estado burguês se utiliza de algumas concessões e da repressão policial para manter a sociedade dividida em classes ou seja o seu objeto é manter a ordem, a miséria e a fome portanto não pode dar uma resposta que solucione pela raiz estes problemas fazendo com que enquanto tiver a existência destes mesmos aparatos ( e assim da sociedade dividida em classe) estes problemas vão existir.
Muito menos podemos crer, que a burguesia reacionária brasileira que nunca cumpriu um papel progressista na historia possa dar uma solução para este problema pois estes foram  os antigos donos de escravos. Na passagem do antigo regime para o capitalismo, a antiga classe foi arranjando enquanto a mão de obra escrava foi substituída pela mão de obra salariada. Nesse sentido, quando os negros foram substituídos pelos os imigrantes quando estes através da ‘’ordem competitiva’’ foram tendo um nível de vida cada vez mais precário, pois perante ao capital estavam no exercito industrial de reserva.
Ao contrario que prega o senso comum que a sociedade mudou e por isso o racismo é coisa do passado, este lógica não foi rompida e tem grandes traços de continuidade. Grande parte dos setores que ocupam cargos mais precários ou a imensa maioria de quem está desempregado, desde a cor predominante nas favelas e da Cracolândia é formados por negros mostrando que a realidade de hoje foi herdada através do passado.  A policia racista que saca uma arma contra um estudante negro dentro da USP é a mesma policia racista que invade a Cracôlandia e outros morros no Brasil.
A policia não está na Cracôlandia  para trazer alguma ajuda aos seus moradores, ao contrario assim como na USP ela está lá cumprindo a sua função que é a repressão. A burguesia brasileira que nunca cumpriu um papel progressista na historia e os seus interesses hoje é manter a propriedade privada e obter lucros cada vez mais maiores continua tratando questão social com a policia como era a cem anos atrás. É mais do necessário que taxar as grandes fortunas da burguesia com impostos progressivo,  um plano de obras publicas e de moradia sob controle dos moradores da Cracôlandia, de organizações sindicais e populares e políticas publicas (como lazer, educação, saúde publica, gratuita, de qualidade e laica) a serviço dos moradores, dos trabalhadores e do povo pobre e reduzir a jornada de trabalho sem reduzir o  salário para que todos tenham chances de trabalhar. É isto que os moradores da Cracolândia assim como os trabalhadores e o povo pobre que perderam suas casas precisam.
O pinheirinhos mostra qual é o objetivo do Estado em relação a questão da moradia. Abaixo a reintegração de posse ilegal do prefeito Cury
Enquanto os ministros se juntam com a Dilma para discutir as enchentes que todos os anos acontecem no Brasil, a política do Estado em relação a resposta ao problema do  Pinheirinhos demonstra qual é o objetivo do Estado burguês em relação ao um direito básico para a população que é a questão de todos devem ter um teto para morar, porém esta mesma burguesia passa em cima dos direitos dos trabalhadores e do povo pobre e de suas lutas fazendo com que seja apenas letra morta se contrapondo o que está escrito na sua própria constituição. A Reintegração de posse do pinheirinhos chamada pelo prefeito Eduardo Cury  que vai deixar mais 2000 famílias e mais de 4000 mil crianças é ilegal.  A realidade mostra que não podemos ter ilusão no ‘’projeto de país’’ da burguesia, pois enquanto falam que os trabalhadores e o povo irão conseguir o que querem através do crescimento econômico com reformas graduais, o que se demonstrou é que muitos setores de trabalhadores e do povo pobre não tem nem casa para morar.
Ocupação do Pinheirinhos realizada durante 8 anos num terreno de uma empresa que faliu, foi declarada legal mesmo com as constantes ameaças de reintegração de posse  e os terreno foi declarado através do Ministério da Cidade que iriam ser dos moradores.  Porém a burguesia como classe conservadora faz retroceder tudo o que foi conquistado através de luta dos trabalhadores e do povo pobre, demonstrando apenas ter um papel reacionário perante aos direitos mais elementares dos trabalhadores e do povo pobre.
Como dizemos, esta realidade é concreta e o que está acontecendo no Pinheiros como o ocorre todo ano em vários morros, significa apenas  que os interesses dos trabalhadores e do povo pobre são inconciliáveis aos interesses da burguesia ou seja enquanto a classe dominante parasitaria quer apenas acumular, está não pode garantir nem os direitos elementares dos trabalhadores e do povo pobre. A política tem que vista não através do que está escrito no papel e sim através do modo de produção e das relações entre as classes. É nesse sentido que o governo Dilma através do ‘’Brasil Potência’’, onde que o crescimento econômico que está prestes a acabar é sustentado através de trabalho precário e com isso por contradições frágeis que não garante o mínimo de condição material para ter uma moradia digna impondo com que estes morem em lugares considerados de ‘’risco’’. Tiremos a seguinte lição, a tragédia não é natural, ela assume um caráter de classe e é uma das conseqüências do ‘’Brasil Potência’’
O Estado é burguês, ele garante através do seu aparato jurídico e perante isso legitima fazendo com que a burguesia aumente sua taxa de lucro através da exploração dos trabalhadores naturalizando como se fosse algo mais normal do mundo isto ocorrer. Enquanto que através da exploração do trabalho garantido pelo o Estado burguês, os trabalhadores sustentam o ‘’Brasil que avança’’ (esse termo seria bem encaixado se fosse o Brasil que avança na fome e na miséria) porém só obtém um salário de fome e não tem nem um direito  ter um lugar onde morar. Frente a isso é necessário lutar pela expropriação 10 maiores riquezas, impostos progressivos perante as grandes fortunas, um plano de obras de moradias controlados pelos os sindicatos e as organizações de bairros e populares e que as grandes empresas ofereçam de graça os seus equipamentos para que os trabalhadores e o povo pobre  possam reconstruir suas casas. Frente a estas questões, o governo de Dilma faz coro com o prefeito do PSDB Eduardo Cury e mostra que a única solução que o Estado burguês tem para a questão de moradia é a repressão policial.
Mais uma vez, uma polêmica sobre o caráter da Policia com PSTU
O Estado burguês para que ‘’supostamente’’ resolver a questão da moradias, coloca todo seu aparato policial e dos bombeiros sob o discurso de resolver tal questão porém é para reprimir os trabalhadores e o povo pobre fazendo com que estes não se revoltem pela as péssimas condições de vida. Sabemos que também o ‘’projeto de país’’ sustentado através de trabalho precário, se utiliza da repressão policial sistemática nos morros para conseguir mão de obra barata e precária para a burguesia.
Como demonstra a ocupação heróica do  Pinheirinhos, onde que estes receberam a reintegração de posse e estão vivendo a ameaça da repressão policial contra as famílias que moram lá, a policia cumpre exatamente o seu papel de aparato repressivo do Estado ao reprimir os trabalhadores e o povo pobre moradores do Pinheirinhos para assim como a maneira encontrada para abrir caminho e com isso desalojar os moradores para que se construa um  condômino fechado. O PSTU por ter grande força em São José dos Campos e ter influencia direta no Pinheirinhos, deve ter a responsabilidade política com o movimento isso significa sair da posição de um burocrata e jogar a realidade como ela é para os moradores pois estes correm o risco de perder sua casa e o método que a burguesia vai se utilizar para conseguir este objetivo vai ser o uso da repressão policial contra os moradores do Pinheirinhos.
Porém o PSTU se encontra incapaz de levar uma luta necessária contra a repressão aos moradores do Pinheirinhos, justamente este que deveria quebrar a resistência do aparato de Estado fechando o caminho da repressão impondo o direito básico e democrático de ter um lugar digno para morar. Nesse sentido cabe discutir estratégias, porém como demonstra a realidade o PSTU com seu apoio a greves dos militares no Rio de Janeiro, no Ceara e no Maranhão demonstra não ter esta estratégia e isso faz com que a direção que obrigatoriamente tem que  cumprir  um papel de extrema importância na luta de classes não podendo assim oscilar, principalmente no que diz aspecto a luta do Pinheirinho. Porém o apoio as greves dos militares no Rio de Janeiro, faz com que o PSTU cumpre um papel de somente alimentar ilusões no aparato repressivo do Estado.
Enfraquecer o aparato do Estado ou fortalecer? Qual é o resultado da estratégia do PSTU.
Desde como métodos de repressão mais ‘’eficazes’’ como laser, ou o presidente de Israel deixar claro que perante a ameaça política  da primavera árabe que pode trazer ao seu país como justificava clara ao investir 700 mil em aparato militar (o que demonstra ser um ataque aos trabalhadores e o povo pobre de Israel e principalmente os palestino) demonstra que a burguesia nesse momento de crise vai investir no seu aparato repressivo, pois ela sabe que tais mobilizações que ocorrem no mundo todo existem ameaças aos seus interesses de classe e tal lógica deve ser considerada como regra geral e não com de acordo com a particularidade. A burguesia pensa a longo prazo, se a curto prazo de acordo com neoliberalismo que rebaixou os salários, tornou as condições de trabalho precárias (o que afetou de uma certa maneira a policia, mas isso faz com que o aparato repressivo do Estado burguês não continue sendo o mais assassino do mundo), a longo prazo ela sabe que a luta de classes vai acirrar no Brasil e para não perder seus interesses de classes ela vai ter que ‘’aprimorar’’ o seu aparato repressivo. (Nesse sentido caberia uma reflexão ao PSTU, será que não foi por esse motivo que levou setores da burguesia como o filho do Bolsonaro e o meganha a apoiar a greve dos bombeiros no Rio de Janeiro, pois suponhamos que tal greve abalasse as estruturas militar - algo que não acontece, pois não estamos vivendo uma situação pré revolucionaria -   isso estaria ligado a política de expropriação da burguesia não qual é inconciliável com os interesses de todos os setores da burguesia)
O que o PSTU nunca deve se esquecer, é que a burguesia sempre pede competência ao Estado e conseqüência ao seu aparato repressivo. Ideologicamente a burguesia coloca que a policia tem que ter ‘’competência’’  ao atuar, porém a policia parte da estrutura burocrática do Estado burguês tem que ser ‘’competente’’ ao reprimir os trabalhadores e o povo pobre quando estes se levantar. A burguesia não é tola e sabe que  para isso, o Estado burguês necessariamente tem que investir no seu aparato repressivo do Estado implicando em dar melhores condições de trabalho para a policia e melhores salários. O PSTU ao apoiar a greve dos militares reivindicando  melhores condições de trabalho e de salário, mesmo que este partido se utilize de manobras como tal apoio serve para enfraquecer o aparato repressivo do Estado, o PSTU acaba lutando por reivindicações para fortalecer o aparato repressivo pois melhores condições de trabalho para o policial significa ter melhores  reprimir melhor os trabalhadores e o povo pobre e melhores salários para policia como foi a política da PEC 300 votada na assembléia da ANEL, que pretende aumentar o salário de todas as categorias de policiais no Rio de Janeiro tem o mesmo objetivo.
Greves de policiais não racha o exercito e muito menos faz com o policial tenha um caráter revolucionário.
Um dos erros do PSTU ao tentar justificar o seu apoio as diversas greves do aparato repressivo do Estado, é que ao apoiar as demandas dos policiais cria atritos dentro da estrutura militar. Existem dois é grandes erros que o PSTU comete : 1) Em momentos de situação pré revolucionaria, onde no período de crises, guerras e revoluções setores mais de baixa patente e proletários que são obrigados a se alistar (uma vez que o alistamento por lei é obrigatório) e em momentos de guerras ao saber que vai ser bucha de canhão da burguesia, podem se rebelar, assim colocando  suas armas contra os seus generais e estar no lado do proletariado. 2) A policia cumpre meramente um papel de repressão, ou seja ao contrario do exercito que pode ter um progressista em determinados momentos da historia (não mantendo ilusões, obviamente na estrutura militar, pois ela também é estrutura militar do Estado burguês).
Mas qual é a postura do PSTU em relação a policia? Ao contrario que tirou de lição Marx, Engels, Lênin e Trotsky da COMUNNA DE PARIS ao colocar que é necessário que o aparato repressivo do Estado burguês seja dissolvido, como parte da tarefa do proletariado de definhar a estrutura do Estado e assim armar os trabalhadores operarias para enfrentar a burguesia ao tomar o poder e na contra revolução? Claro que não. A postura do PSTU em relação a policia é fazer com que ela seja eleita pelo os trabalhadores e o povo pobre (Só que o grande erro do PSTU é achar que alguém armado, vai se submeter outro individuo desarmados – seria então necessário com que a pessoa que a policial esteja subordinado, se arme e isso faz totalmente desnecessária (se uma vez, eu estou armado não preciso de policia) a existência da policia.
O PSTU esconde as suas debilidades ao apoiar a greve dos policiais e assim parte de uma concepção aventureira e não revolucionaria.
Já que o PSTU é incapaz de fazer um balanço serio desde a sua atuação do Brasil, assim como na sua atuação no âmbito internacional pois a direção centrista não mostra os seus erros para a sua base portanto não faz balanço de sua atuação, porém as conseqüências de esconder seus erros e não fazer um balanço honesto é que abre caminho para novos erros do futuro, o que frente a novos tempos que se abrem e um provável momento de crise no Brasil seria levar a derrota futuras mobilizações fazendo com que a vanguarda operaria  pagassem caros pelos os erros de sua direção como a própria historia já demonstrou outras vezes. Pela própria concepção do PSTU ao levar em conta os aparatos, tal partido está em importantes categorias de trabalhadores (sendo direção do sindicato ou oposição) porém a política do PSTU na Embraer ao não dar nenhuma luta política contra as demissões, ao se colocar contra a vontade dos trabalhadores dos metroviários que queriam realizar greve, ao fato da LIT-QI (seção internacional do PSTU) não ter nenhuma influencia frente as mobilizações dos estudantes Chilenos, ao fato de que na argentina onde que era a principal seção da LIT ter explodido assim fazendo com que ela se reorganizasse a anos, a postura de seguir cegamente o PSOL nas mobilizações da USP, sua adaptação ao regime sindical Brasileiro e dentre outras posturas faz com que tal partido seja débil ao responder os principais desafios que a luta de classes coloca.
Ao não fazer o balanço de sua debilidade para não se chocar perante a sua base, base esta que desmoraliza com sua direção, o PSTU prefere tentar se localizar dando giros e assim cometendo erros grotescos como é a política de apoiar greves de militares. Apesar de ter sua devida particularidade e diferença, estes giros era a mesma postura que tinham os Partidos Comunistas que estavam submetidas a terceira internacional burocratizada Stalin quando mantinha uma postura aventureira se justificando em erros teóricos como os camponeses terem independência de classe e em momento de refluxo do movimento operário terem partido para ações como em Cantão. Sem fazer comparações dogmáticas e pragmáticas o PSTU (se não repetiríamos o mesmo erro do PSTU quando calunia outras organizações de esquerda de Stalinista, com isso cairíamos também no campo das intrigas) com o Stalinismo, pois tal comparação igualando o PSTU com o Stalinismo é errada, mas a base da política aventureira é a mesma.
Ao contrario que o PSTU diz, a policia não faz parte da classe trabalhadora.
Se nós partimos de uma definição rigorosa marxista para entendermos o caráter da policia, ao contrario que faz o PSTU ao dizer equivocadamente que os policiais fazem parte da classe trabalhadora.  Se analisamos o que Lênin diz e não o PSTU coloca, podemos dizer com as suas palavras ‘’O estado não é, de forma alguma, uma força imposta a sociedade. Não é, tampouco, a ‘’realidade da idéia moral’’,’’a imagem e a realidade da Razão como pretende Hegel. É a confissão de que essa sociedade se embaraçou numa insolúvel contradição interna, se dividiu em antagonismos inconciliáveis de que não pode desvencilhar –se. Mas, para que essas classes antagônicas, com interesses econômicos contrários, não se entre devorasse e não devorasse a sociedade numa luta estéril, sentiu a necessidade de uma força que se colocasse aparente acima da sociedade, com o fim de atenuar o conflito dentro da ‘’ordem’’. Essa força, que sai da sociedade, ficando porém por cima dela e dela se afastando cada vez, é o Estado’’.
Continua Lênin no livro o Estado e a Revolução, ‘’Eis, expressa com toda a clareza, a idéia fundamental do marxismo no que concerne ao papel histórico e a significação do Estado. O Estado é o produto e a manifestação do antagonismo inconciliável entre as classes’’. Continua Lênin a seguir : ‘’Para Marx, o Estado é órgão de dominação de classe, um órgão de submissão de uma classe por outra; é a criação de uma ‘’ordem’’ que legalize e consolide essa submissão, amortecendo a colisão entre as classes’’.
Interpretando através das lições de Lênin a questão do Pinheirinhos, onde o PSTU atua. Enquanto a classe burguesa tem interesse de acumular cada vez mais explorando o proletariado, o proletariado tem interesse de ter uma vida digna, não ser explorado pela a burguesia. Esta manifestação inconciliáveis entre as classes se manifesta se expressa numa colocação que o Marx fala que : ‘’o proletariado é capaz de construir grandes riquezas, porém só lhe resta uma salário de miséria’’, nesse sentido vale a pena colocar que como o interesse da burguesia é acumular, ela terá que fazer isto sobre as custas do proletariado tornando as suas condições de vida cada vez mais precárias.
Outro ponto na qual Lênin destaca em relação ao estado é em relação aos seus homens ‘’armados’’. De acordo com próprio Lênin no texto o Estado e a Revolução : ‘’O Segundo traço característico do Estado é a instituição de um poder publico que não corresponde a população e se organiza como força armada. Esse poder publico separado é indispensável, porque a organização espontânea da população em armas se tornou impossível desde que a sociedade dividiu – se em classes. Esse poder publico existe em todos os Estados. Compreende não só homens armados, como elementos materiais, prisões e outros elementos coercitivos’’. O Estado burguês se utiliza desta ferramenta para poder manter a sociedade dividia em classe, assim defendendo os interesses da classe dominante pois de acordo com o próprio Lênin ‘’o Estado nasceu da necessidade de frear os antagonismo da classe, no próprio conflito de classes, resulta, em principio que o Estado é sempre da classe poderosa, da classe economicamente dominante e que graças a ele se torna a classe politicamente dominante e adquire assim, novos meios de oprimir e explorar a classe dominada’’.
De acordo com Trotsky, o trabalhador que se torna policial, ele sai das fileiras da classe operaria e integra as fileiras da burguesia, ou seja ele se torna um burguês portanto não pode ser chamado de trabalhador ao contrario da policia se faz. Tal problemática é política e não econômica como trata o PSTU,  pois quando o policial se vende em torno para cumprir os interesses da classe burguesa, os interesses da classe burguesa em defender e manter a propriedade privada acabam sendo seus interesses para conseguir a sua reprodução.  Se os policiais já fazem isso se ganham salários como os dos bombeiros do Rio de Janeiro, imaginam quando receber a PEC 300 o que irão fazer !
O PSTU parte de uma concepção anti – marxista ao definir abstratamente que os policiais são explorados e recebem baixos salários e quando reprimi não sabem o que estão fazendo.  Numa analise  necessariamente marxista e rigorosa sobre a policia, diria que o trabalho que a policia executa com o seu porrete e armas é de repressão aos trabalhadores e o povo pobre e nesse sentido vai se constituindo a sua materialidade e subjetividade. De acordo com Trotsky, a existência determina a consciência ou seja se os policiais cumpre este papel (o que é uma constatação concreta) ou seja  ele terá uma subjetiva reacionária e é necessariamente isso que o PSTU não compreende.
Balanço do ‘’motim dos bombeiros’’. Os militares avançaram na sua consciência ou continuaram sendo uma instituição racista a serviço da burguesia.
A realidade é mãe da verdade e como isso demonstra qual política está correta, porém como bom centrista é incapaz de fazer balanço dos seus erros abrindo espaço para outros cada vez maiores e nesse sentido quem paga com os erros da direção é o proletariado e o povo pobre. Não bastou uma semana após acabar o ‘’motim’’ dos militares, que estes mesmos junto com a policia invadiram o morro da Mangueira aterrorizando os trabalhadores e o povo pobre sob a justificativa de combate as drogas.  Se pegarmos a historia dos bolcheviques, iríamos saber que o exercito se recusava matar os militantes e matava os generais que davam ordem, suponhamos que as greves de policiais tenham um caráter progressivo e que tenham algo questionador muito provavelmente não teriam subido os morros e até teriam até se voltado contra os seus generais. Mas a realidade é concreta e mostra mais uma vez que a política do PSTU é equivocada e mostra a necessidade de um balanço.
Nesse sentido como o PSTU combate a policia nos morros que oprimi constantemente os trabalhadores, o povo pobre e a juventude negra,  sendo que apóia as greves destes mesmos policiais que comete tais atrocidade? Como iremos responder a repressão e opressão policial nos morros e o ódio de classes legitimo dos trabalhadores e do povo pobre?. O PSTU ao apoiar a greve dos militares não consegue dar resposta e muito menos combater a policia nos morros, pois abre mão da independência de classe. Sabemos que não basta ter mil declarações no papel dizendo que é contra a policia no morro sendo que na pratica é incapaz de levar qualquer combate por conta de sua estratégia.
Sobre a revolução e a política de rachar o exercito.
A afirmação de que é necessário rachar o exercito da burguesia atraindo setores proletários para o nosso lado é uma afirmação correta, com tudo ao elaborar tal questão o PSTU comete erros  e no final das contas se mostra incapaz de ter uma política que leve a tal objetivo Uma das coisas que é  confusa na estratégia do PSTU é confundir policial com o soldado de baixa patente do exercito não olhando a suas especificidades. Ao contrario de um soldado que vai para guerra sabendo que vai ser bucha de canhão da burguesia, que é obrigado a se alistar assim podendo cumprir um papel progressista embora o exercito também reprimi os trabalhadores e o povo pobre e isto também  temos que repudiar (e ficar com a pulga atrás da orelha para termos uma política correta), o policial cumpre apenas um papel de repressão ao proletariado e o povo pobre ou seja perante a sua função, ele é incapaz de ter uma postura progressista. Tal confusão que o PSTU faz é consciente, pois caso perceber tal diferença, coloca em cheque sua política de apoiar greve de policiais,   mostrando assim estar equivocada.
Como iremos conseguir, qual classe que pode conseguir, qual norte estratégico e em qual período histórico? Estas questões precisam ser respondida. Só conseguiremos conseguir rachar a estrutura militar, se travarmos uma luta ferrenha contra a burguesia com métodos que preparem os trabalhadores fazendo com que acreditem nas suas próprias forças, moralizando as suas fileiras (elemento principal que Clausewitz coloca para um exercito vencer a guerra) e fazendo enfraquecer a burguesia.  A única classe capaz de conseguir alcançar tal objetivo  é a classe operaria que possui centralidade e com os seus métodos, por ser a classe que produz e através da independência de classe poderá rachar a estrutura do exercito levando assim setores proletários ao seu lado.  O único momento que conseguiremos alcançar tal objetivo é quando se abrem situações pré revolucionarias com o intuito estratégico de destruir a estrutura militar do Estado, criando milícias operarias contra a burguesia.
Ao contrario do PSTU que coloca que tal política é idealista, utópica e até metafísica pois supostamente acredita que a base do exercito se rachara por si só, é necessário colocar que é preciso preparar corretamente para que conseguiremos fazer com que essa política se concretize. Por isso, o PSTU deve fazer campanhas concretas pelo o salário mínimo do DIEESE, contra a terceirização e efetivação de todos trabalhadores que são terceirizados (no caso do setor publico, sem concurso), por um plano de obras de moradia que seja controlados por trabalhadores, encabeçando greves fazendo com seja uma escola de guerra e ajudando os trabalhadores pedagogicamente ao alcançar tal objetivo.
Os moradores do pinheirinhos tem que vencer.
A postura do governo Cury do PSDB em relação a ocupação do pinheirinhos, já torna previsível que ocorrerá um banho de sangue quando acontecer a reintegração de posse. Ou seja é mais do que necessário combater a repressão policial, nesse sentido tal debate estratégico ganha uma extrema importância e ele tem que ser feito. Qualquer postura contraria a este debate por considerar quem diverge e faz tal debate deve ser considerado inimigo é prejudicial para os próprios moradores do pinheirinhos, pois eles tem que vencer.

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