13 de out. de 2011

Como anda a PUC - SP

A burguesia com seu projeto neoliberal e com a restauração capitalista tem planos e um projeto para educação. Em relação a isso temos que entender que o ensino que nos é colocado hoje é fruto do seu tempo, este período que estamos passando hoje pode ser caracterizado desde uma ofensiva ideológica da burguesia para apagar na subjetividade da classe trabalhadora e da juventude o marxismo e a possibilidade de uma transformação concreta aonde os setores oprimidos da sociedade pudesse superar este sistema de fome e miséria e desde ataques concretos contra os setores oprimidos da sociedade como sucateamento de setores fundamentais para a sociedade (como saúde, educação e entre outros) e a reestruturação produtiva capitalista que tornou mais precárias as relaç� �es de trabalho impon do para grandes setores de trabalhadores cargas altíssima de jornadas de trabalho impondo uma grande carga de intensificação, aumentou o problema do desemprego estrutural e dividiu cada vez mais a classe trabalhadora em efetivos, terceirizados e temporário.

Frente a educação refletir o período histórico em que vivemos, podemos dizer que ela está cada vez mais atrelada ao capital. Em relação ao projeto de universidade está colocados para as particulares no Brasil, que a função seria formar mão de obra para o grande capital que está ligado ao projeto de elitização da universidade na qual exclui grandes parcelas da sociedade que é formada pela classe trabalhadora e seus filhos. Com intuito de formar mão de obra barata, sob a alegação que hoje é preciso se especializar cada vez mais houve um grande BOOM de universidades privadas nos anos 80 e 90 controlada pelos os grandes tubarões de ensino como o grupo A nheguera, universidades na quais o governo Lula investiu muito mais do que nas publicas, na qual o ensino p ublico, gratuito e de qualidade  deveria ser um direito para todos e hoje os trabalhadores, seus filhos e o povo pobre são excluídos da universidade pelo filtro racista e elitista que é o vestibular.

Historicamente a PUC foi uma universidade por ter uma tradição de luta contra a ditadura militar, aonde que abrigou intelectuais acadêmicos de esquerda como Florestan Fernandes, Mauricio Tranteberg e Octavio Ianni, por abrigar congressos como o da UNE em 1977 na qual foi reprimido duramente pela a ditadura militar a mando do coronel Erasmo Dias e por ter baixas mensalidades. O Processo neoliberal, atingiu a PUC na qual teve que entrar em concorrência com as universidades que foram criadas no período dos anos 80 e 90 e assim entrando num processo de sucateamento na qual resultou a um aumento abusivo das mensalidades, um grande índice de estudantes que fizeram divi das altíssimas, as condições de trabalho dos professores tornaram cada vez mais precárias, sucateamento dos cursos e uma div ida na qual o reitor Dirceu de Mello hoje esconde e que tem como resposta  para esta divida da PUC como declarou publicamente transformar a universidade numa FGV que é elitista e totalmente atrelada ao capital. Estes mesmos setores parasitários (igreja, bancos e burocracia acadêmica) que buscam dar esta solução para a universidade são os mesmos que lucram com esta divida.

Caracterizando a partir deste marco, em 2006 houve uma demissão massiva de professores e funcionários cujo as conseqüências foram a maximização dos professores e terceirização dos funcionários na qual se protagonizou uma greve na comunidade que na qual não conseguiu deter tal processo. Em 2007 com o projeto de redesenho institucional que visava aprofundar o caráter elitista e mercantil da universidade e sob o clima das ocupações de reitoria que ocorreram em várias universidades do Brasil ocorreu a ocupação de reitoria em 2007 na qual teve como resposta da reitora Maura junto com a fundação São Paulo (igreja da católica) a entrada da polícia novamen te no campus, protagonizando o lamentável episodio de 1977.  As conseqüência destas derrotas objetivam ente foi a intervenção da igreja católica que iria se materializar no CONSAD (órgão formado por dois padres da fundação São Paulo e o Reitor Dirceu de Mello), a concentração da divida da PUC em dois bancos (Banco Real, atual Santander e Banco Bradesco), a criação da SAE, sucateamento dos cursos (Na Ciências  Sociais foram retirada a licenciatura).

A DEBILIDADE DO CENTRISMO FRENTE A ELITIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE.

Com a pressão da reitora Maura Veras ocorreu um fato político em 2007 que foi a entrada da polícia após 30 anos. Devido a esta pressão, uma parcela do movimento estudantil e de professores tendo como frente Arberx não deu a resposta perante a este acontecimento assim declarando derrota a esta luta, desmoralizando os estudantes fazendo com que estes tivesse a ilusão que não é possível uma transformação radical de sua universidade e assim abrindo espaço para a sua elitização. Depois disso, esta parte do movimento estudantil não conseguiu responder a elitização com táticas e uma estratégia que desse para impedir esta questão, assim adaptando a subjeti vidade dos estudantes que estavam indo cada vez mais a direita.

Frente a objetivos PSTU e PSOL conquistaram um numero maior de aparato (o CACS, o CA Benevides paixão e depois o CA 22 de agosto e o CA da psico) para poder se auto construir não tendo uma perspectiva de forjar estudantes para próximas lutas futuras e se adaptando a passividade do momento, e muitas das vezes combatendo outras correntes que propõe uma unidade com métodos democráticos (isso implica colocar criticas, divergências, programas distintos e fazer que ambas se expressem) chamando de parasita (o que pressupõe que é preciso eliminar-lo) e não combatendo a reitoria como foi feito pelo próprio PSTU numa das reuniões quando se era possível se forjar uma chapa combativa que tivesse programa e que combatesse a reitoria.

Frente ao clima de derrotismo e com o discurso da burocracia acadêmica que forjou a subjetividade de muitos estudantes, com o refluxo e a passividade e prática de setores do movimento estudantil que legitimou a retórica autonomista que fez grande setores de estudantes afastasse do movimento estudantil. Se não houve nenhuma luta, nem que seja parcial para forjar estes estudantes e muitos menos nem se cogitou um combate ideológico contra este pensamento e aos professores. Perante esta atual delimitada prática política  que só deu força a reitoria, estes mesmos setores formado pelo PSTU e pelo PSOL com a interpretação alegre da realidade era incapa z de fazer uma auto-critica e nesse sentido colocando o movimento estudantil na lama.

Em 2010, estes mesmos setores realizaram uma campanha esvaziada e super estrutural que tinha como um dos principais eixos a campanha redução da mensalidades e super estrutural e burocrática. Tal campanha não tinha dialogo nenhum com a base e tais conversas era realizadas através dos espaços burocráticos do CCA que muitas das vezes tinha como composição de mais ou menos 10 pessoas. Foi neste exato período que cursos como da Geografia, Jornalismo e Serviço Social entraram em greve com pautas especificas, mas em relação ao próprio movimento não existiu nenhuma política de unificação que travasse o combate contra a reitoria. O Balanço do ano foi, após d e um ano na passividade a reitoria que na audiência publica deixou bem clara que não pode atender as reiv indicações dos estudantes e começou a discutir se era preciso ter ou não metro na PUC e disse que não será possível diminuir a mensalidade e que pode aumentar. Foi o que ocorreu.

Frente a pressão da reitoria e a pressão da base, o movimento estudantil resolveu ocupar a reitoria numa ação aventureira e sem nenhum preparo para isso. Com a pressão da reitoria junto com a igreja de colocar a policia (tanto poderia acontecer ou não) e frente as eleições do DCE na USP que iriam ocorrer na mesma semana, o movimento estudantil não leva a ocupação até o final e desocupa a reitoria num seguinte poder de barganha : Desocupar a reitoria pra só assim negociar com a reitoria, mas frente a esta negociação o que se ganhou só foi migalhas deixando bem clara a política da reitoria: negociar migalhas numa mão com um porrete numa outra.

Perante a isso, o resultado dessa política aventureira trouxe mais desmoralização aos estudantes criando a ilusão que não é possível ter mudanças na universidade e que a luta não é o melhor caminho não é a luta e sim o dialogo. A negociação de portas fechadas com a reitoria continuou no ano seguinte, sem que o movimento estudantil travasse nenhuma luta contra a reitoria e as ‘’conquistas’’ na qual o movimento estudantil tanto chama foi a política da reitoria em dar migalhas para não ter luta.

Nesse período, outras questões estava ocorrendo na universidade como o julgamento de uma estudante de direito por causa da ocupação de 2010, o anuncio da reitoria que iria fechar salas e o caso do Roberto e da Alessandra ex alunos da PUC e hoje professores estaduais e dirigentes da oposição da APEOSP estão prestes a perder seu caso e terem todos seus bens penhorados por conta de uma divida gigantesca e impossível de pagar. Estas lutas que não são dadas, só fortaleceram a reitoria. A pratica política do movimento estudantil da PUC ta sendo diferente da moral dos estudantes, enquanto estes lutam por uma educação gratuita o movimento estudantil negocia de po rtas fechadas com a reitoria.

Um das principais causas que hoje o movimento estudantil da PUC se encontra destruído é por causa desta pratica política das correntes centristas como o PSTU e o PSOL. A juventude que está organizando e tem vontade política de dar uma resposta frente ao novo período que se abre, tem que discutir a atuação do movimento estudantil da PUC no ultimo período e chegar numa síntese como contribuição de um programa para vencer, pois não podemos as derrotas desmoralize os estudantes e com isso percamos um ponto tão importante como a PUC e assim como podemos perder outros pontos se as correntes centristas continuarem com esta prática política

Frente ao cenário que se abre

Dirceu de Mello se elege como o reitor, com o discurso que policia nunca entraria em sua gestão e que as portas da reitoria estariam sempre abertas para qualquer dialogo com os outros setores da comunidade. Este discurso se torna demagógico quando a crise econômica da PUC vem a tona, na qual por parte dos bancos e da igreja se abre uma necessidade de um reitor que consiga frear estas lutas nem mesmo se for possível adotar medidas repressivas como colocar a policia na PUC. Este mesmo reitor virou as costas e fez nada a favor dos estudantes que estavam sendo punido por ocupar a reitoria em 2007.

Mesmo que tenha se elitizando, as contradições da PUC hoje são frágeis e uma hora ou outra vão estourar. Demonstrou ser frágil quando a reitoria fechou salas da Psicologia alegando que não teria gente ou a media do direito (curso base do atual reitor) aumentou para sete ou quando ele decretou o fechamento das salas que tenham menos 25 alunos e quando o CONSAD (órgão formado por dois padres e o reitor ) está tornando as condições dos professores mais precárias até fazer com que eles ganhem hora aulas. Em relação aos funcionários, o mesmo problema que fez as trabalhadoras da União se rebelarem é gritante na PUC. Grande quadro de funcionários são terc eirizados como setores do Bandejão, segurança e limpeza e isso mostra que esta reitoria são projeto de t ornar as condições de trabalho cada vez mais precárias dos funcionários e dos professores que em 2006 viu uma boa parte do quadro serem demitidos e aqueles que ficaram estão encarregados para suprir aqueles que professores que tiveram seu direito de trabalhar retirado.

O projeto de elitização que está em processo avançado na PUC, vai ser levado até o final pela esta reitoria e os ataques que estão por vim demonstra que a reitoria, a Fundação São Paulo e os bancos querem transformar a universidade numa FGV. Um dos pontos claros foi o fato do reitor fechar a PUC para a festa da cultura CANABICA, que iria em torno de 6000 pessoas de acordo com o facebook. A resposta da reitoria foi fechar a PUC ameaçando colocar a policia dentro e proibindo que os estudantes realizam as festas baseado num decreto e aplicando sindicância e inquérito policiais contra aqueles que organizaram a festa. Tudo isso em nome de um projeto que visa tra nsformar a PUC numa FGV elitista e racista.

Novamente, o movimento estudantil (CSOL e alguns setores independentes ) negocia migalhas com a reitoria sobre esta questão sendo que a reitoria na própria negociação disse que é impossível de chegar num acordo e que é preciso ter um acordo de cavaleiros. Se a realidade é a mãe da verdades de acordo com a ultimas experiência podemos previr o que pode vim desta negociação que nem está em jogo a defesa concreta e conseqüente dos estudantes que a reitoria que punir e não vai abrir a mão tão facilmente assim.

Importante colocar que os estudantes tem interesse inconciliáveis com a reitoria, a fundação São Paulo e os bancos. Mesmo não tendo política para responder a necessidade concreta dos estudantes e a realidade, demonstrou –se em algumas oportunidades que é possível voltar a ter movimento novamente na PUC, voltando a tradição de luta que a PUC sempre teve.











Reproduzo no Blog, o Boletim da Chapa UM do Sintusp em relação aos ataques do Rodas

Boletim da Chapa UM do Sindicato dos Trabalhadores da USP

A Greve dos bancarios se aproxima de momentos decisivos

Nota dos  trabalhadores do Piquete da Agência Sete de Abril da CEF

Nós, trabalhadores reunidos no Piquete da Agência Sete de Abril da CEF, clamamos pela força de todos os bancários e bancárias presentes para lutarmos juntos e tomarmos a luta em nossas mãos a partir da base, a começar das nossas assembleias.
Não podemos aceitar que a direção do Sindicato continue efetuando manobras para encobrir um esquema em que só as direções falam, e os trabalhadores da base não podem sequer se expressar.
Nesse momento, a pressão do governo e da Justiça é enorme para que os trabalhadores dos Correios encerrem sua heróica greve de 22 dias, sem alcançar nenhuma conquista. A derrota deles implica em condições muito mais difíceis para a nossa luta dobrar o pulso da Fenaban e do governo Dilma.
Já a vitória deles nos fortalecerá e moralizará nosso enfrentamento com os banqueiros, que roubam bilhões da população a cada ano e ainda são salvos pelos governos nas crises, enquanto nós deixamos nosso suor, saúde e lágrimas em troca de salários que mal dão para sobreviver, ou então, no “melhor” dos casos, nos tornamos “escravos” das funções comissionadas para tentar dar uma vida digna às nossas famílias.
Temos que unificar politicamente nossas lutas, ampliando ao mesmo tempo nossa própria greve, para impedir a privatização dos Correios e de todos os serviços públicos, e reverter a terceirização em todos os bancos (via correspondentes, lotéricos, tele-atendimento, etc.), que representa a superexploração de milhares de trabalhadores, e ainda na Caixa e no BB funcionam como uma forma velada de privatização.
É a melhor forma de estarmos mais fortes para pôr fim às metas e ao assédio moral. E também para reverter o arrocho salarial da categoria, impondo um novo patamar para as reivindicações salariais de todos os trabalhadores que parta do Piso Salarial do DIEESE, de R$ 2297,00.
Até agora a Fenaban e o governo tentam nos vencer pelo desgaste. Essa estratégia patronal pode ser vitoriosa porque a direção da CUT no Sindicato não preparou uma greve séria. A “guerra pela imagem” é importante, mas os principais serviços bancários, os que realmente garantem o funcionamento do sistema, precisam ser paralisados, assim como as principais agências e centros. Os banqueiros não vão ceder se a greve não avançar e se radicalizar.
Para isso será preciso superar o imobilismo e a falta de firmeza das direções governistas da CUT e da CTB. Isso passa por conquistar uma verdadeira democracia nas assembleias. Mas também significa garantir que a base tenha o controle da greve a partir das unidades de trabalho, com piquetes de greve combativos, que organizem e coordenem os ativistas da categoria, e com representantes eleitos na base para participar de todas as negociações, formando comitês de greve por região e centros importantes composto de delegados eleitos nos piquetes. Temos que redobrar o espírito de luta e avançar para novas medidas de força da greve, como poderia ser uma paralisação total das unidades na região da Av. Paulista.
Só assim poderemos levar nossa luta até o final, alcançar todas as nossas reivindicações e garantir nosso direito de greve com o pagamento de todos os dias parados, impedindo que a direção do nosso Sindicato, assim como a direção dos Ecetistas, troque nossa luta por migalhas.
PIQUETE DA AG. SETE DE ABRIL
Com a participação de trabalhadores das Ag. Paulista, Sé, Jaguaré, Villa-Lobos, GILOG, GIREC, CITDI e Caixa Cultural Sé.

Video sobre a Primavera Arabe

Video da  Simone Ishibashi dirigente da LER-QI (Liga Estrategía Revolucionaria - Quarta Internacional  e Sociologa sobre a primavera árabe ..
http://www.youtube.com/watch?v=DzZw2RZ1-LM&feature=player_embedded

Governo Dilma : Impressões para o primeiro balanço atraves das lutas operarias e estudantis travadas no ultimo periodo

Para entender o governo Dilma, primeiro temos que entender o governo Lula
O governo Lula, foi marcado por um crescimento econômico sustentado através de trabalho precário como demonstrou na rebelião em Jirau e na greve das trabalhadores da União – USP. As contradições entre as classes dentro do governo Lula são frágeis e com a Dilma tendem a estourar, mesmo que o petismo encoberta este elemento fundamental  com um projeto de ‘’Brasil potencia’’ visando ‘’tornar um país do futuro. Outro ponto para entender, o petismo são três pontos elementares : É o caráter histórico reacionário desde da sua origem da burguesia brasileira e pelo fato que os militares e civis da época da ditadura militar não serem punidos muitos deles ocupando cargos burocráticos importantes no governo petista. Junto com estes fatores citados, temos um outro fator elementar é que historicamente uma importante parcela da mão de obra ‘’livre’’ tem origem na mão de obra escrava na qual na passagem do antigo regime e para a ‘’ordem competitiva’’ de acordo com Florestan Fernandes foram os setores mais pauperizados e que hoje moram nos bairros mais precários. Vale a pena lembrar que hoje não houve uma ruptura histórica, sendo assim apesar de algumas diferenças traços de continuidade.
Justamente para manter este crescimento econômico e de acordo com o próprio Lula ‘’fazer com que os ricos se tornem cada vez mais ricos’’ e assim ampliando a pobreza para ampla camada da população brasileira é que a repressão policial nos morros e contra a classe trabalhadora visando assim disciplinar estes setores ganha sentido.  Porém com o crescimento econômico abriu espaço para com que o capital permitisse frear a luta de classes com algumas concessões fazendo com que os trabalhadores não lutem por direitos concretos e além deste mecanismo temos o da repressão que é freqüente utilizado, tais concessões que se materializa em programas como Bolsa Família, PROUNI e entre outros. Estes investimentos somam em torno 6% do PIB, sendo que para dividia externa são investido 50% do PIB.
O atrelamento da burocracia sindical, estudantil e de alguns movimentos sociais com o governo Lula é um outro pilar importantíssimo para entender como petismo está gerindo o capital. Estes setores governistas que atuam dentro dos setores oprimidos da sociedade  são uma espécie de correia da burguesia para poder legitimar os interesses da classe dominante dentro dos dominados e como um freio ou até mesmo terem um atuação como policia nestes setores. É assim que tanto as seis centrais sindicais governistas, ou a União Nacional dos Estudantes ou outros movimentos atrelados ao governo atuam dentro da classe trabalhadora e o povo pobre.
O governo Fernando Henrique Cardoso foi marcado com um constante ataque a classe trabalhadora e os demais setores populares da sociedade. Houve resistência e luta operarias e populares e um sentimento honesto contra o governo tucano, porém a falta de uma alternativa nesta luta contra os ataques de FHC e o atrelamento então da esquerda com o PT que estava saindo da sua posição conciliatória inicial e estava guinado para a direita, fez com que as massas depositassem confiança e elegesse Lula para presidente. A eleição de Lula significou o fim de um período marcado com Luta operarias que abriu algumas migalhas para poder frear a luta de classes e isso um dos pontos que fez Lula se tornar um quadro da burguesia hoje no Brasil, neste sentido importante colocar que houveram traços de continuidade do FHC no governo Lula e isso se materializou aos ataques as leis trabalhistas e a previdência e as privatizações.
A classe trabalhadora Brasileira vem de um series de derrotas que se refletiu a transição da ditadura para democracia pactuada pelo alto, freando assim as lutas que a classe operaria em conjunto com os setores populares da sociedade estavam protagonizando contra a ditadura militar. Desde então estes setores entraram em profunda desmoralização e ceticismo incentivando a visão de que é impossível mudar a realidade e que a sua posição de classe (dominados e dominadores) é vista como algo naturalizado. Essa desmoralização e derrotismo permitiu com que o petismo criasse uma visão entre os dominados que basta o ‘’bolo crescer’’ para que se torne possível a ascensão da população pobre.
Perante a este cenário, a esquerda não teve uma política que conseguisse responder a esta realidade posta pelo o petismo não constituindo como uma alternativa ao PT, não conseguiu forjar setores de trabalhadores e oscilou na passividade não travando lutas parciais.  Hoje o PSOL  representa uma ala da burguesia não conseguindo ser uma alternativa tenha como eixo a independência da classe trabalhadora  e o PSTU partido que se reivindica trotskista (vertente de Moreno), encontra – se muitas das vezes a reboque do PSOL em alianças forjadas através de acordo superestruturais alheio ao método da luta de classes sendo assim rebaixando o seu próprio programa e aceitando o programa do PSOL que representa a insatisfeita da burguesia com o neoliberalismo.  Se é necessário travar lutas parciais e obter algumas vitorias mesmo no período de refluxo, a esquerda brasileira não cumpriu esta função fazendo com que o sentimento de derrota, passividade e ceticismo das massas junto com o apoio ao governo fossem bem alimentados.
O cenário com a Dilma muda
Os teóricos tradicionais da burguesia já sentem uma mudança no cenário nacional e já não tem a mesma certeza que a crise não iria atingir o Brasil, abrindo um começo de crise na confiança da burguesia brasileira significando a volta de grandes lutas operarias no Brasil. Este cenário já ganha consistência pois neste ano professores estaduais de mais 10 estados entraram em greve, tivemos a rebelião de Jirau, greve dos servidores das universidades federais, greve das terceirizadas da União – USP, greve dos trabalhadores dos correios e greve dos bancários. Outro ponto que precisa ser destacado são as ocupações de reitoria protagonizados pelos os estudantes de varias universidades do Brasil inteiro, resgatando assim um importante método de luta estudantil utilizado nas lutas de 2007.

Um dos pontos que podemos ver claramente, tanto nas greves dos correios e tanto na greve dos professores do Ceara (assim como outras greves como na greve dos professores estaduais de Minas) a tendência repressiva contra os trabalhadores ou na ocupações. Estas tendências se expressam tanto Supremo Tribunal resolver cortar os pontos dos trabalhadores grevistas dos correios para derrotar este obstáculo para a privatização dos empresa dos Correios ou até em ultima instancia as brutais repressões contra os professores do Ceara e de Minas Gerais ou a entrada da policia no campus da Universidade Federal do Fluminense.
Se as contradições com o governo Lula já era frágeis, com o avanço da crise capitalista que certamente atingira o Brasil com o governo Dilma poderão se estourar. Com o agravamento da  crise econômica, das contradições e da luta de classes a tendência do governo Dilma é de se tornar cada vez mais repressivo contra a classe trabalhadora e as classes populares que estão em luta e poderão entrar futuramente. Analisando a partir deste cenário e a necessidade de cortar o pouco investido utilizado para não estourar estas contradições e assim evitar uma grande mobilização dos trabalhadores vai ser trocado por outro mecanismo que é da repressão.
Nos correios e nos bancários estão se expressando métodos anti burocráticos e uma radicalização da base contra a burocracia sindical que em ambos os casos está sentindo acuada por sentir os trabalhadores atropelando as direções do sindicatos e com isso tanto a CUT (PT) e a CTB (PC do B) estão apelando para métodos cada vez mais burocráticos. Em ambos casos, os trabalhadores estão começando se voltar contra a burocracia sindical por não ter uma estratégia que responda a realidade da luta de classes e com isso a base estão obrigando a direção dos respectivos sindicatos a votar propostas dos trabalhadores dos correios e dos bancos.
Se pegamos o  caso dos trabalhadores dos correios de São Paulo, a burocracia sindical ligada a CTB (PC do B) que já havia decretado o final da greve através de um acordo e coro  com o Supremo Tribunal que estava ameaçando cortar pontos dos grevistas, se assustou quando viu a sua base votar em defesa da continuidade da greve. Os trabalhadores bancários estão votando varias propostas e estão continuando a greve contra a vontade da burocracia sindical da CUT (PT). Em Minas Gerais, a burocracia da CUT traiu a greve dos professores que estavam durando mais 100 dias num acordo de portas fechadas e de cúpula com o governo tucano.
Nesse sentido vale sempre retornar antes de mais nada, a luta dos trabalhadores brasileiros contra os interventores da ditadura militar como uma parte de uma luta contra a ditadura militar. O conflito entre a direção do sindicato e a base se refletia em diversas maneiras, desde da base que atropelava e impunha as decisões para o sindicato, a burocracia abandonar o sindicato e mandar fechar fazendo com que os trabalhadores tocasse a greve a partir de comitê de base, conflitos físicos até perseguição feita pelos trabalhadores contra a burocracia do sindicato. (Tendo como caso em São José dos Campos, aonde os trabalhadores perseguiam os interventores da ditadura militar nos sindicatos até em suas casas).  Nesse sentindo vale a relembrar deste período, o fato que hoje a burocracia já começa a sentir sinais de dificuldades para poder controlar a sua base.
Longe do que está ocorrendo no Chile aonde a ação massiva dos estudantes junto com setores de trabalhadores está criando novos fenômenos importantes, no Brasil as lutas estão num patamar econômico e não se elevou a tal nível de questionamento. Porém aponta grandes possibilidades de ação dos trabalhadores e da juventude e de questionamento ao projeto petista que está colocado e com isso é necessário a unificação destas lutas e elevar as reivindicações para além do patamar corporativo dos aumentos salariais.
Se por um lado temos a CUT, a CTB e a UNE que não articula um plano de lutas pois teria que se chocar contra o governo e o projeto  na qual estas organizações apóiam. Com isso tem um plano consciente de manter estas mobilizações isoladas, dispersas e se limitando sempre no seu plano econômico. Um grande exemplo podemos citar são a greve da educação, um importante setor que nesse ultimo período protagonizou lutas importantes e que junto ao sentimento generalizado que é preciso investir na educação e o apoio popular que estas greve dos professores estaduais e dos servidores da educação  poderiam ir muito mais foram.
Já o PSTU e o PSOL, na sua cegueira rotineira não fazem nada para poder unificar estes movimentos não lutando para que surja um movimento de professores e estudantes pela uma educação de qualidade e pelo fim do trabalho precário no ensino dialogando com uma demanda por uma educação digna para os setores mais explorados. Estas organizações estão hoje realizando uma campanha superestrutural  pelo 10% do PIB para a educação, realizando um plebiscito para somente novembro não se ligando concretamente com os processos de luta que estão acontecendo hoje no Brasil. Para além disso falta um norte estratégico, onde esta demanda tática deve se ligar com o fim do vestibular, estatização das universidades privadas sem indenização, expropriação dos principais monopólios privados.
Para a educação, o governo petista investiu muito mais na educação privada e nos monopólios de ensino como ANHEGUERA, ANHEMBI MORUMBI e entre outros em vez de investir na educação publica. Através do lucro para os tubarões de ensino e uma educação totalmente precária aonde se encontra uma parcela da juventude trabalhadora, aonde se cria uma ilusão em que se está democratizando o ensino, aonde agora todos tem a mesma condição de estudar. Uma grande parcela de professores e estudantes estão  começando a questionar esta estrutura do Petismo  e isso mostra as péssimas condições da educação publica e a necessidade de uma mudança radical que consiga solucionar os problemas pela a raiz
Como disse anteriormente, o crescimento econômico do petismo é sustentado através de contradições muito frágeis e de condições de trabalho extremamente precária.  Desde a greve dos trabalhadores do estádio do  Maracanã e do Mineirão passando pela rebelião de Jirau, temos grandes questionamentos da visão de ‘’Brasil Potencia’’ e mostrando claramente que o crescimento econômico do governo é sustentado através de  condições de trabalho precários e sob contradições muito frágeis sendo que a qualquer momento pode estourar.
É necessário preparar para os próximos desafios da luta de classes.
Transformar as próximas lutas numa escola de guerra. Desde já é necessário intervir em cada uma luta que é dada forjando assim com setores mais combativos de trabalhadores, do povo pobre e de estudantes, dando estas batalhas até o final e se for possível vencer-la. Dentro da luta de classes, a guerra é constante e só vai poder acabar de fato quando o proletariado tiver cumprido com seus objetivos históricos, pois se a burguesia saia vitoriosa desta guerra ela despeja para nos o seu projeto de sociedade que ela tem o que significa de fato é : que as condições para reprodução de vida vão se tornar cada vez  mais precárias.  Nesse sentido, a etapa que está se abrindo neste momento no Brasil é de preparação, pois é fundamental que a classe operaria e as classes populares acumulem experiências para alcançar o seus objetivos.
A necessidade de um programa que responda as necessidades dos trabalhadores e do povo pobre e a luta de classes se torna algo extremamente necessário neste período que se abre. É fundamental traçar bem nossos objetivos estratégicos, qual vai ser as nossos meios de luta que iremos utilizar para conseguir o que queremos e como através destas lutas vamos impor a burguesia o que queremos fazendo ela temer a cada batalha que iremos dar.
Neste sentido seria fundamental realizar um encontro nacional de setores da educação que estão em luta, agora com setores da construção civil, dos correios e outros setores que entrarão estão em luta é fundamental construir uma campanha pelo salário mínimo estabelecido pelo DIEESE, a incorporação de todos os terceirizados ao quadro de efetivos do local aonde trabalham (no caso do setor publico, sem concurso), iguais direitos e salários para todos e a contratação massiva de novos funcionários.



















12 de out. de 2011

Sobre a morte de Steve Jobs

Sob um cenário aonde a juventude e a classe trabalhadora se levantam contra este sistema de fome e miséria e agravamento da crise econômica, Steve Jobs foi durante a sua vida dono da APPLE, uma das marcas mais conhecida e poderosa da atualidade vem a falecer. Prato cheio para uma  burguesia que está começando a temer tais levantes, há uma tentativa desesperada de recuperar uma unidade na sociedade escondendo as contradições que irão se agravar que seja alheio aos interesses de classe visando assim estabelecer a ‘’paz social assim evitar qualquer questionamento ou pratica políticas  que se volte contra a ordem capitalista que novamente está posta em cheque.
O objetivo do  caso de Steve Jobs, é construir uma figura imaginara e partir de então lucra – se muito através dela. O grande propósito desta figura imaginaria chamada Steve Jobs é fazer com que as pessoas não questione quem ele é, criando assim um vinculo afetuoso com alguém que o sujeito não conheça e faça a mínima noção de quem seja Jobs e muito menos questionando qual é o papel nefasto que cumpriu o dono da APPLE durante a sua vida como empresário. A construção desta figura é  criminosa, pois este sentimento atinge diretamente muitos jovens que estão entrando ou vão entrar para o mercado de trabalho e vão ver que seus interesses são inconciliáveis com o seu patrão.
Enquanto isso, a juventude Chilena vem se enfrentando contra a burguesia, o Estado e questionando a burocracia estudantil por uma educação gratuita e contra a educação herdada pela ditadura de Pinochet. Nesta luta, os estudantes ergueram barricadas contra a policia, enfrentaram com paus e pedra o Estado que está respondendo com prisões, perseguições e até com desaparecimento (método muito usado na época da ditadura militar) dos jovens lutadores. Foi nesse cenário de luta e combatividade dos estudantes na qual num estagio da luta chegaram  aliaram com os trabalhadores protagonizando uma  greve geral que parou o pais que Manuel Guitarrez, um jovem estudante de 14 anos foi morto pela policia. No ano passado, na Argentina na greve dos terceirizados da ferroviária de Roca Mariano Ferreira, jovem militante trotskista do Partido Obrero foi assassinado pela burocracia sindical por defender e estar junto a este setores de trabalhadores. Neste sentido, a juventude tem que gritar bem alto : Somos todos jovens trabalhadores precários, Somos todos Guitarrez e Mariano Ferreira, Somos todos estudantes chilenos, Somos todos jovens negros que ocupam piores cargos de trabalho e são constantemente assassinados pela policia,  NÃO SOMOS O STEVE JOBS.
Se apoiando num cenário de estabilidade e crescimento econômico e de consumismo de uma parcela considerável da população, Steve Jobs ganhou fama e prestigio no mundo inteiro fazendo com que grandes parcelas dos dominados se encontrasse com uma condição material expressando encantamento com os produtos da APPLE e não com isso questionando da onde que veio e principalmente quem fez estas ‘’tais’’ maravilhas. Procurando se legitimar através deste cenário, a burguesia vendia para os dominados um discurso de progresso para aceitarem  a sua exploração, as micros tecnologias expressou um ponto importante dentro da  reestruturação produtiva capitalista fazendo com que haja uma intensificação da força de trabalho, significando assim um aumento da exploração do trabalho.
A APPLE possui empresas em lugares como a China, que dentro do mercado mundial são estratégicos para o capitalismo expressando numa grande parcela de trabalhadores que se reproduz a sua própria existência através de condições precárias. Retrocessos como uso de mão de obra infantil, operário ter que dormir na fabrica e destes terem que agüentar tais condições precárias de vida e não poder ter o direito de fazer o que quiserem pois possui um pacto com o dono da empresa demonstra uma outra face de Steve Jobs na qual é encoberta através de um personagem criado pela própria burguesia para transmitir seus valores como da meritocracia e de que estamos caminhando pelo progresso.
Mas vamos o que interessa. Quem produz as mercadorias da APPLE, não é o Steve Jobs e sim os trabalhadores, então que dê a Cesar, o que é de Cesar pois nada mais do que justo os trabalhadores reivindicarem o que é seu. Steve Jobs foi apenas mais um parasita capitalista que fez a sua enorme  fortuna através da super exploração e morte dos trabalhadores, caso Steve Jobs não tivesse existido um outro teria ocupado o seu lugar e teria pensado as mesmas na mesma ideia que deu  origem a APPLE. Porém temos que entender que o capitalismo retirou as potencialidades humanas da maioria dos indivíduos, então coloca se a necessidade da derrubada deste sistema de exploração, fome e miséria  para que assim a grande maioria da população tenha acesso ao conhecimento para um modo de produção onde que todos tenham acesso ao que se produz.