23 de ago. de 2011

Polêmica com o PSTU. Qual é a melhor maneira de conseguir os 10% do PIB para a educação


Foi aprovado no congresso da ANEL assim como no congresso da UNE governista, a luta pelo os 10 % do PIB para a educação. Tal bandeira votada nas duas principais entidades estudantis brasileiras mais expressivas, se dá no marco em que Dilma anuncia cortes na educação com o pretexto de ‘’proteger a nação da crise externa’’ para salvar os grandes capitalistas da crise que logo chegara  no Brasil. Ou seja  pouco que é investido nesse setor vai  diminuir sendo assim tornando cada vez mais precária a educação.Como a UNE está atrelada ao governo e não pode lutar até o final por esta demanda e muito menos ir além dela, sobra a ANEL que pode organizar os estudantes e pode dar resposta aos anseios da juventude
Embora seja uma campanha estrutural do PSTU na qual é setor majoritário da ANEL  e do PSOL setor majoritário da oposição de esquerda da UNE, tal demanda é democrática pois principalmente quando no ultimo período marcado como neoliberalismo, a especificidade brasileira,como o neoliberalismo chegou no Brasil e posição do Brasil na economia capitalista, estamos vendo um sucateamento do setor publico em beneficio dos setores privados ou seja para salvar os capitalistas. Isso reflete na educação e se torna mais critico quando o governo investe muito mais nos monopólios da educação que lucram com altas mensalidades e com um ensino precário, quando que a educação publica, gratuita deveria ser um direito mínimo para todos. Percebemos que tal direito não existe  quando vemos mas de 80 % da população brasileira tendo a sua grande maioria formadas por trabalhadores e filhos de trabalhadores são excluídos da universidade. Contudo é necessário discutir qual maneira que iremos chegar ao tal objetivo e por isso tal polemica torna necessária.
Enquanto ocorria o primeiro congresso da ANEL, professores da rede estadual de mais 10 estados no Brasil estavam em greve e dentre um deles Rio Grande do Norte onde Amanda Gurgel militante do PSTU ficou conhecida por denunciar as péssimas condições de trabalho. Importante colocar que a CONLUTAS central sindical onde o PSTU é setor majoritário tem um certo peso dentro dos professores sendo que é direção do SEPE-RJ e é oposição na APEOSP. Frente a este cenário, o PSTU que é setor majoritário da ANEL junto com o setor da oposição de esquerda da UNE na qual é formado pelos os diversos setores do PSOL votou um plebiscito somente para novembro.
Tal demanda do 10 % do PIB votada no congresso da ANEL é tática e sendo assim ela tem que estar ligado com algo mais estratégico que é o fim do vestibular, estatização de todas universidades privadas e expropriação dos grandes monopólios de ensino. O primeiro grande erro do PSTU é que este não enxerga tal demanda tática ligada com os objetivos estratégicos ou seja tal luta seria então apenas para os 10% do PIB da educação, algo que é muito pouco para atacar os lucros dos grandes capitalistas por isso não podemos nos restringir a algo que é mínimo.
Hoje o vestibular exclui a maioria da população que é formada por trabalhadores e seus filhos. A grande face desse problema é que uma minoria ínfima esta dentro das universidade, enquanto isso mais de 80 % da população brasileira está fora dos muros da universidades (Contando universidade publica e privada, mas se contar apenas as universidades publica, tal numero é menor). O vestibular é apenas um filtro racista e elitista que serve para excluir a grande maioria da população brasileira. Dentro desse principio é impossível não pensar que tal demanda dialoga com os anseios da população, principalmente aquela que está fora dos muros universidade e que tem todo direito de poder estudar.
Temos acordo com o PSTU em que o governo do PT investe muito mais nas universidades privadas do que na publicas e isso beneficia os tubarões da educação que lucram com do trabalho precário dos professores e funcionários e principalmente com as altas mensalidades dos estudantes. Partindo desse acordo comum, não é compreensível o PSTU não chamar a expropriação destes tubarões de ensino, pois a única classificação que podemos dar aos donos destas universidades privadas é de parasita, pois não tem nada a contribuir com uma educação de qualidade e eles não podem dar os rumos da educação através de uma cartilha capitalista.
Hoje as escolas e as universidades estão a serviço do capital e da burguesia, não é toa que os principais lemas destes ‘’centros de excelência’’ é que estão a serviço do mercado de trabalho. Partindo do acordo que é impossível estar acima das classes, as universidades e as escolas tem que estar a serviço da classe trabalhadora e do povo pobre e não dos  interesses dos grandes capitalistas. Partindo desse pressuposto temos que reivindicar que ela esteja aliado e a serviço dos setores que estão em luta, da emancipação humana e das suas necessidades reais e não para que meia dúzia de parasitários obtenha seus lucros, isso o PSTU tem acordo com tal demanda e por isso tem que dar passos concretos para que isso concretize.
É impossível não pensar que tal demanda não dialoga com os estudantes e principalmente com os trabalhadores e os seus filhos que estão fora da universidade. É pensando nesses setores, nos setores que não consegue pagar as suas universidades e que não sabem quando poderão conseguir o seu diploma e os setores das universidades publica que vêem o seu direito sendo constantemente ameaçado por causa das invasões das universidades privadas, ate em maneira geral pelo projeto de educação que a burguesia tem para a sociedade.
A falta de um plano político para tiramos da burguesia o que é nosso. Qual é a melhor maneira para conseguimos tal direito.
O PSTU que é setor majoritário da ANEL votou no congresso que iria realizar um plebiscito com a oposição de esquerda da UNE para novembro deste ano. Enquanto ocorria o seu congresso, professores estaduais de mais 10 estados entraram em greve refletindo a situação caótica que encontra o ensino publico brasileiro
Frente a tal cenário que se deu e as ultimas publicações do site, e dos seus militantes no FACEBOOK, é necessário abrir uma outra polemica em relação como iremos conseguir fazer com  que seja investido mais verbas para a educação. Tal discussão é necessária e fundamental para podermos avançar nessa questão em conjunto,pois qualquer erro colocado poderá ser o fracasso de uma campanha e a desmoralização de muitos militantes honestos que estão medido grandes esforços para conseguir tal objetivo.
O PSTU quando projeta um plebiscito para poder legitimar que invista 10 PIB na educação somente em novembro junto com a esquerda da UNE, isso serve apenas para poder legitimar seus acordos superestruturais com o PSOL. Tal modo que o PSTU  planejando este plebiscito para um futuro eqüidistante não dá pra ter certeza que tal votação ocorra e se rebaixa taticamente e estrategicamente para poder tentar dialogar tais setores do PSOL, sendo que apesar das divergências que eu tenho com PSTU ele se encontra a esquerda do PSOL e através das experiências políticas dos estudantes aliado com  os trabalhadores e das necessidades concretas destes setores, o PSTU tem que fazer aliança com o PSOL através da luta de classes colocando o seu programa, modo de organização e não calando as ‘’minorias’’ que constrói a ANEL, a partir daí fazendo luta política com a oposição de esquerda da UNE, divergindo em relação a programa, taticamente e em relação a modo de organização. Uma organização politica bastante delimitada como o PSOL, os próprios companheiros do PSTU concordam que não pode dar uma resposta aos problemas da educação.
Na campanha pelo o investimento de 10% da educação, podemos destacar dois erros do PSTU
a)   Numa feira do livro em Santo Andre, houve a presença do ex presidente Lula e do atual ministro da educação HADDAD. Sabendo disso, a juventude do PSTU em Santo Andre foi ao encontro do ex presidente e entregou um manifesto para o Lula exigindo que invista 10% do PIB na educação. A resposta do Lula foi que Dilma iria investir uma parte do pré sal para a educação  
Como o próprio PSTU, tanto o ministro da educação da Dilma e o ex presidente Lula estão a serviço da burguesia e como burocratas estes se sentem confortáveis e prestigiados por servir a classe dominante. Pela a sua posição de classes dos dois que estavam na feira em Santo Andre não iriam obviamente sensibilizar com os problemas da juventude e pior o PSTU ao entregar tal manifestos para Lula e Haddad não questiona e nega a posição destes burocratas e apenas reafirma suas posições,
Durante os 8 anos de governo Lula, o pais foi marcado por ser ‘’o Brasil Potência’’ e o ‘’Brasil que iria caminhar para o futuro’’. Essa imagem de que o Brasil estaria progredindo, se deve ao crescimento econômico que se deu a partir da alta exploração dos trabalhadores (denunciado pelo os trabalhadores de Jirau que protagonizaram uma rebelião, por causa das péssimas condições de trabalho) e das enormes contradições sociais que a visão ‘’do Brasil Potencia’’ esconde. Um das coisas que o governo Lula fez bem, foi fazer que os trabalhadores e a juventude poderiam ‘’crescer na vida’’, ter poder aquisitivo e adquirir ‘’direitos’’ apenas com o crescimento econômico. Tal visão precisa ser combatida pela esquerda anti governista e o PSTU como o maior deste setor da esquerda precisa estar na linha de frente, pois sabemos que o mundo inteiro passa por um período de crise capitalista e este crescimento econômico dos últimos 8 anos do governo Lula tem data para acabar e a Dilma demonstrou que para salvar os capitalistas terá que cortar verba para a educação.
b)   Sobre em relação a Blitz da educação. Em diversas universidades, o ministro Haddad fez palestras sobre o PNE da educação e nisso o PSTU estava em todas as universidades na qual o ministro estava dando palestra entregando o mesmo manifesto para o ministro.
Mais uma vez, além de reforçar que o ministro está a serviço da burguesia e que não iria sensibilizar pelos os anseios da juventude, é estratégia de pressão levada as ultimas conseqüência. Isso só vai levar ao desgaste da força militante que o PSTU colocou a serviço desta campanha, fazendo com que tal objetivo não seja alcançado. Sabemos que quando há desgaste e cansaço, por causa de uma campanha que praticamente não está obtendo bons resultados pode ocorrer o risco de dispersar tal força e isso só vai favorecer o governo, pois abre caminho para que ela ataque a educação encontrando uma resistência que é totalmente débil.
Somente nas ruas aliado com os trabalhadores iremos conseguir os nossos direitos.
Todo nós sabemos que os direitos históricos dos trabalhadores e do povo pobre foram conquistado com muitas lutas que estes setores tiveram que travar, tais lutas que ultrapassam os calendário rotineiro da esquerda brasileira. Para seguir tal tradição herdada daquilo de melhor que a luta de classes nos ensinou historicamente, temos que entender o governo e os tubarões de ensino tem interesses opostos e inconciliáveis dos estudantes e dos trabalhadores, por isso vamos ter que bater de frente com tais setores que são nossos inimigos e que não poderão dar uma resposta para os interesses da juventude e da classe trabalhadora.
É nesse sentido que o PSTU sendo setor majoritário da ANEL, deve realizar cortes de rua, grandes mobilizações e aliar a juventude com a classe trabalhadora. A partir da CONLUTAS e da ANEL, o PSTU que possui diretórios acadêmicos, centros acadêmicos, DCES e tem um certo peso dentro de importantes sindicatos tem a enorme capacidade de conseguir realizar grandes mobilizações pelo o investimento do 10% do PIB para a educação.É por isso que dentro dos setores que o PSTU tem peso, ele deve chamar a Intersindical e a esquerda da UNE exigir que as centrais sindicais, a UNE e outros setores como o MST rompam com o governo e assim realizar grandes mobilizações que enfrentem diretamente com a Dilma e seus lacaios. É por isso que uma das grandes debilidades da ANEL foi não ter dado apoio concreto para as greves de professores que estavam ocorrendo no Brasil inteiro, por não perceber que tal demanda não vai ser conquistada com um plebiscito em novembro e sim se os estudantes aliar com os trabalhadores, setor importantíssimo da sociedade e o único que pode dar resposta aos anseios dos oprimidos.
Criar setores conscientes para futuros combates da luta de classes.

Como o PSTU possui a concepção de separar as demandas táticas, das estratégias, ele não forma setores conscientes que irão fortalecer no futuro a luta por estas demandas históricas. Frente aos processos de luta com a primavera árabe, na Espanha, na Inglaterra, na Grécia e no Chile onde que estão se expressando desde setores da burguesia, setores reformistas e até autonomistas. A esquerda brasileira tem como obrigação neste final de crescimento econômico,, de se preparar desde já aliando com setores mais combativos e explorados de trabalhadores para dar as devidas respostas a altura aos próximos desafios da luta de classe.





21 de ago. de 2011

Uma democracia que nem sequer quer escutar as necessidades dos trabalhadores e do povo pobre

Revolta em Londres

Dois  fatos marcaram estas ultimas semanas que se passaram. Um destes fatos  foi a prisão de mais 870 estudantes chilenos que estão lutando por uma educação publica, gratuita e de qualidade e o segundo fato foi a grande rebelião dos jovens ingleses que se revoltaram por causa da morte de um jovem negro e pelas péssimas condições de vida. Nestes dois casos a burguesia mostra a sua verdadeira face contra a juventude, reprimindo as manifestações prendendo mais de 900 manifestante no Chile e 800 na Inglaterra e criminalizando os movimentos e isso é indo desde os portas vozes da burguesia mundial e as declarações de juízes e do primeiro ministro mostrando que a sua resposta vai ser a repressão do Estado burguês para garantir os lucros da burguesia.
Analisando o caso da Inglaterra, toda mídia burguesa mundial junto com o judiciário da Inglaterra fazem uma campanha reacionária contra a juventude inglesa. O modo que a classe dominante e as classes dirigentes tratam tais manifestações mostra que a burguesia além de oferecer desemprego, fome e miséria para a juventude pobre oferece também a repressão. Esta polarização que está se dando no caso da Inglaterra não é um caso isolado e mostra que ultima instancia é essa a resposta que a burguesia vai dar aos próximos levantes dos trabalhadores e do povo pobre.
No Chile, as coisas não são muito diferentes da Inglaterra. Nas manifestações das semanas passadas, ocorreram 900 prisões de estudantes e dentro destes presos muitos são torturados e outros estão até desaparecidos.  Tal método usado hoje no Chile e na Inglaterra lembra muito bem o período da ditadura militar quando o Estado utilizava destas mesmas praticas para poder garantir a ordem e novamente nos remete a questão sobre a democracia e qual alternativa que iremos dar as mazelas da sociedade.

Que Democracia é essa ?
Muitos pensadores representantes da burguesia, falam que entre a democracia e o liberalismo econômico vão preferir sem pensar duas vezes o liberalismo econômico mesmo que isso implicar numa ditadura.  Muitos teóricos que elaboram a democracia se opõe com clareza contra os direitos políticos e sociais dos trabalhadores e do povo pobre e um exemplo disso é o Toqueville que dizia a legislação trabalhista votada na França no período de 1848 é um passo para o socialismo no país e isso ameaçaria a democracia. Em países mais conservadores do mundo, a burguesia que vê qualquer lei votada que traga algum beneficio social para os trabalhadores logo é acusado de socialista e mesmo que a votou represente um determinado setor da burguesia e um exemplo claro são Estados Unidos, quando os republicanos acusam os democratas de serem socialistas e estarem contraindo as leis de mercado por votar algumas leis sociais como a questão da Saúde.
Pegando o caso da Inglaterra um dos principais países expoente do neoliberalismo, pais da Margaret Tchater que dizia que o problema do desemprego estrutural que assombra a juventude pobre hoje e fez com que ela se rebelasse é culpa da falta de competência do individuo que não consegue responder as ‘’exigências do mercado’’. É em busca de um ‘’mercado mais competitivo’’ na qual muitos teóricos da burguesia querem, legitima o desemprego estrutural na qual assombra a juventude pobre de Londres e do mundo inteiro.
Após anos terem que agüentar uma vida opressiva devido a tal ‘’mercado competitivo’’, a juventude inglesa se revolta colocando fogo nas ruas. Frente a isso a burguesia inglesa e mundial  considera tal levante legitimo dos oprimidos como tirânicas e para deter tal tirania das massas é preciso uma ‘’tirania democrática’’ para salvar a sua democracia e assim manter as contradições entre as classes e por sua conseqüência a ordem burguesa
Para a burguesia, estes que se rebelam na Inglaterra e no Chile não possui vontade própria e com isso não tem o direito democrático de se expressar. Esta burguesia não reconhece os interesses dos dominados, pois são opostos e inconciliável dos seus e para legitimar a sua vontade ela distorce estes interesses colocando o que a classe dominante quer como os interesses de uma coisa abstrata chamada Estado Nação.  Assim como nas ditaduras militar que legitimavam a repressão do Estado, porque era necessário colocar ordem na nação se utilizam deste mesmo pretexto para poder reprimir as manifestações da juventude chilena e a inglesa, chegando ao cumulo na Inglaterra do Estado oferecer recompensas a quem achar e entregar para a policia os manifestantes.
Mais uma vez é necessário entrar no debate sobre a questão sobre a democracia. Para fazer uma analise seria e honesta sobre a democracia é preciso primeiramente analisar sobre o prisma das relações entre as classes, do modo de produção, do determinado período histórico, de qual classe pertence o Estado, e democracia para qual classe?. Hoje com o aprofundamento da crise capitalista e como os levantes dos trabalhadores e do povo pobre, a burguesia vai precisar retirar direitos, demitir para reestruturar o seu sistema para salvar da crise econômica para continuar obtendo seu lucro através da exploração da mais valia dos trabalhadores e com as condições de vida cada vez mais precárias do povo pobre e para que isso aconteça é necessário para a classe dominante dialogar menos e reprimir mais. Ou seja com o aprofundamento da crise econômica, com os levantes da Grécia, do mundo árabe , na Espanha, na Inglaterra e no Chile que irão se aprofundar e com o crescimento da extrema direita que se reflete no Tea Party dos Estados Unidos, o atentado terrorista contra a juventude trabalhista e a candidatura do partido de extrema direita na Alemanha na qual se organiza muitos quadros do fascismo alemão mostra quanto é tal frágil a nossa democracia e a necessidade de uma alternativa que resolva os problemas dos trabalhadores e do povo pobre pela raiz.
Uma alternativa concreta para aqueles que estão em luta hoje.
Com a queda do muro de Berlim e os fracassos dos regimes Stalinistas considerados pela a burguesia como o ‘’socialismo real’’, a classe dominante fez questão de apagar na cabeça do povo pobre uma alternativa na qual pudesse se emancipar e sair dessa reprodução de vida miserável. Frente a discursos que não haveria uma alternativa frente ao capitalismo ou que é necessário criar novas utopias, ocorreram os ataques neoliberais como a retirada de direitos, desmonte do setor publico para beneficiar o privado e a reestruturação produtiva capitalista que tornou as relações de trabalho cada vez mais precárias e a correlação de forças desfavorável ao trabalho e beneficiando claramente o capital. Tal fantasma do passado ta sendo um entrave a estas mobilizações que estão ocorrendo e que irão por fim.
Frente a isso encontramos as organizações stalinistas e reformistas conciliatórias numa postura defensiva e dando guinadas a direita até serem porta vozes do capital, não conseguindo organizar os trabalhadores e o povo pobre frente ao capitalismo e ao regime neoliberal, um sentimento ceticismo e passividade social fruto de derrotas e a reestruturação produtiva que esvaziou os sindicatos e partidos políticos de esquerda. Frente a isso tais organizações assumiram uma postura totalmente passiva e submissa ao capital abandonando por completo a luta de classes e tomando postura de serem apêndices do capital. O grande exemplo são os diversos sindicatos do mundo inteiro que abandonaram e esqueceram a luta de classes e hoje estão agindo junto ao patronato ajudando a promover os trabalhadores para postos mais altos de trabalho sendo assim parte de uma estrutura burocrática das empresas hoje. Frente a tal cenário cabe hoje a esquerda que reivindica revolucionaria e socialista fazer balanço das lutas anteriores, fazerem luta política contra tais correntes que se venderam ao capital, resgatar a independência de classe e ter um programa que corresponda a realidade concreta dos trabalhadores e do povo pobre.
Podemos inúmeras citar diversos problemas como desde fome, desemprego, sucateamento da educação, da saúde, privatizações, relações de trabalho cada vez mais precárias, problema de moradia e de violência urbana, para a construção de uma nova moral para as relações entre família, amigos, amorosa, para o cotidiano diário,em relação a cultura e a arte, questões do feminismo e LGBTT e de outros setores como os negros, indígenas, dos quilombos e dos camponeses. Tais problemas são concretos e que oprimem toda as suas potencialidades para os trabalhadores e o povo pobre fazendo com que não tenham uma vida plena de sentido com isso estes anseios precisam ser respondidos a altura pela as organizações que ainda tem um projeto de emancipação da sociedade e que tenha como objetivo estratégico acabar com todas as mazelas do capital pela raiz. Hoje se faz mais do que necessário ter uma necessidade de um programa que abarque todas estas questões.
Por fim é necessário travar cada luta e ter-las como objetivo tático para alcançar o objetivo estratégico e histórico dos trabalhadores, lutar concretamente por cada demanda imediata avançando e preparando para as demandas históricas estratégicas e é mais do que necessário obter vitorias ou em caso de derrotas tirar lições para superar os erros e assim avançar na luta de classes pois só assim iremos enfraquecer a burguesia. Não podemos cair no erro do PSTU que se rebaixa programaticamente para tentar dialogar com as massas, assim adaptando a sua subjetividade e separando as demandas táticas das demandas estratégicas colocando elas num futuro distante. O PSTU precisa entender que tais demandas são apresentadas como se fosse algo impossível e que a principio população pobre não vai compreender e assim lutar por estas questões são o que exatamente responde a realidade concreta pela raiz dos trabalhadores e do povo pobre e para lutar pela estas questões é necessário se aliar com os setores mais combativos dos trabalhadores e do povo pobre.


2 de ago. de 2011

Um debate serio sobre a corrupção se faz necessario.



Lula e FHC. Adversarios politicos? Aliados de classe

A saída do Palocci da casa civil
Com os últimos casos de corrupção na qual derrubou dois ministros do governo Dilma, abre com urgência uma discussão séria e honesta sobre tal questão. Mesmo fazendo uma discussão  honesta e séria, tal analises feitas assim como as outras nunca poderá ser neutra , pois defende um ponto de vista de uma determinada classe, porém é necessário então tem buscar uma alternativa que busca solucionar tal problema pela raiz e isso só poder ser feito pela classe trabalhadora.
 Os jornais que são porta –vozes da burguesia, mostram cotidianamente  noticias sobre corrupção de prefeitos, deputados, senadores, vereadores e demais representantes da burguesia. Ambos jornais pedem transparência, coerência, que a ‘’maquina publica tem que ser eficiente’’, o governo tem que ser ético e buscam demais soluções como pontos da cartilha neoliberal que na verdade só passa de um pretexto para poder atacar os trabalhadores e o povo pobre. Porém são estes mesmos setores supostamente denunciam a corrupção se ligam aqueles que estão acusando, recebendo assim grandes fatias de dinheiros e benefícios assim mostrando antes de mais nada a sua incapacidade de combater a corrupção.
Importante colocar que o Estado é o órgão que hoje organiza os negócios da burguesia, e a sua existência significa que estamos numa sociedade dividida em classes e a sua função é para manter tal sociedade dividida assim e isso se dá porque o estado hoje é burguês. Tais burocratas que se organizam através desse grande aparato burocrático estão a serviço da burguesia e isso se deve porque historicamente a burguesia fez a sua revolução e conquistou o estado e então se consolidou e então permanecendo até hoje sob o seu comando.
A grande questão que para entender a corrupção é que hoje, temos que entender que  os meios de produção pertence a burguesia que cumpre uma função de parasita extraindo mais valia dos trabalhadores estes que na qual são os verdadeiros produtores. Tal dinheiro extraído vai uma parcela é dada para parlamento burguês ou para os partidos políticos que votem e defendam políticas para o seu próprio beneficio ou seja os casos de corrupção, de enriquecimento de políticos tem como sua raiz a exploração do homem pelo homem e que tem ser combatida através deste prisma apresentado pois somente a classe trabalhadora pode dar uma saída a tal problema que existe hoje. A partir de então estas mesmas propostas que são votadas para favorecer a burguesia, esta classe utiliza como pretexto para favorecer os interesses da nação.
Com isso não podemos cair na falácia que o estado precisa ser competente, pois somente assim a corrupção pode acabar. Ou seja como o estado hoje é burguês e representa as relação de dominação de classe e a sociedade dividida entre aqueles que tem os meios de produção e aqueles que só tem a sua força de trabalho, o competente serve para gerar melhor estas tais relações ou seja não acabando nem de longe com o tal problema e na real dando mais ênfase para que a corrupção continue ou seja não sendo uma alternativa para aqueles que queiram realmente de fato lutar com tal problema.
Jirau mostra o que tem por trás do Brasil Potência

PSDB e PT : Juntos na mesma barricada, favorecendo a burguesia  e recebendo privilégios sob a custa da exploração dos trabalhadores.

Existem duas visões dicotômicas que são senso comum em grande parte da nossa sociedade brasileira. Esta visão se deve, pois estes partidos foram o único que se alternaram no poder e que disputaram para as ultimas cincos eleições para presidente e outros cargos. A primeira visão é a tucana que antes do Lula subir ao poder, o Estado era gerado por gente competentes, éticas e que aceitavam a oposição petista que tinha um ‘’outro plano para a sociedade’’ mas que quando houve a alternação, o PT largou todo o seu ‘’projeto político’’ por causa do poder e a visão petista é baseada que muitos destes casos não foram provados e que isso é uma tentativa da direita em querer desestabilizar o regime pois não aceitam as regras do jogo democrático.
Dentro de uma sociedade que existem contradição que reflete no fato dela estar dividida em classe, não podemos cair em tal visão pois na real representa a visão dos setores da burguesia que vêem seus interesses representados nestes partidos. Podemos dizer que é necessário defender uma terceira visão que na qual seria a dos trabalhadores na qual consegue dar uma saída e uma alternativa pela raiz a este regime sujo e corrupto que representa os interesses da burguesia.
No período em que o FHC foi eleito presidente da republica, houve corrupção pois um período em que foi privatizado grandes empresas e flexibilizado as leis trabalhistas. Para que a burguesia conseguisse aprovar esta tais propostas foi dado rios de dinheiros a custa da exploração dos trabalhadores para os parlamentares, favorecimentos para provar tais leis que favorecessem a burguesia, assim como no governo de Lula onde o Brasil estava no auge do seu crescimento econômico sustentado pela super exploração de trabalhadores, onde os ricos ficaram mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Lula sempre falou em que o seu governo os ricos nunca se tornaram tão ricos, ou seja a burguesia se sentiu muito bem representada e mesmo no período que estourou o caso do MENSALÃO, a burguesia não cogitava de querer dar golpe, ou pedir a cabeça do presidente. Principalmente que as burocracias sindicais como a CUT, CTB e a Força atreladas ao máximo com o governo serviram  como um freio para qualquer tipo de mobilização dos trabalhadores e isso foi uns dos principais pontos que a burguesia garantiu seus imensos lucros.
Os trabalhadores não podem ter esta visão dicotômica, onde que apresentam apenas duas visões que interessam a dois diferentes setores da burguesia. Para que primeiros analisamos qual postura em que a classe operaria deve tomar, temos que analisar o fato de existirem contradições da sociedade que vai resultar o fato dela estar dividida em classe, os interesses inconciliáveis da burguesia e do proletariado e posicionar a favor dos trabalhadores e contra a burguesia.
PT e o PSDB podem ter as suas divergências no planalto, acusar um ou outro de anti ético ou corrupto, porém na luta de classes ambos que estão discutindo na bancada parlamentar estão no lado da burguesia contra o proletariado. Perante isso os trabalhadores e as classes populares deve ter em mente que eles estão no outro lado trincheira, pois vão estar defendendo interesses que são contrários a outros partidos. Perante a isso, os partidos de esquerda no Brasil devem se contrapor a estes partidos e mostrar ser uma alternativa aos trabalhadores e ao povo pobre e organizar estes setores para enfrentar contra os seus exploradores, pois só assim iremos acabar de uma vez por todas com a corrupção e isso só vai ser possível indo pela raiz do problema.

Não vamos conseguir acabar com a corrupção desta maneira ...
Terceirizadas da USP se rebelam contra o Brasil potência

Tem aqueles que dizem que o problema da corrupção se dá pelo fato do povo não saber escolher os seus representantes. Com isso a alternativa reacionária daqueles que defendem tal ponto de vista, é acabar com o sufrágio universal e deixar para aqueles que são verdadeiramente instruídos (o que nesse sentido seria os ricos) e tirar o direito de voto da população pobre, pois ela seria analfabeta e com isso não sabe votar e assim elegendo assim os mesmos políticos corruptos.
Curiosamente são estes mesmos que não defendem a ida da população na rua para querer melhores condições de vida, pois entendem que política é para quem entendem do assunto e com isso o seu papel se resume apenas em votar e ir para casa. A grande questão é que deixam para que o judiciário punir aqueles que tem punir, mas é incapaz de ver que o papel desse órgão é legitimar a dominação de classe assim como vimos não buscando uma meio para poder lutar  pelo o fim da corrupção, mas legitimando que tirem um direito político do povo pobre.
Ao contrario de teorias que dizem que os trabalhadores e o povo pobre não sentem vontade, eles tem o seu interesses e para isto tem que bater de frente com os interesses da burguesia. Porém os donos dos meios de produção para poder legitimar o seu interesse diante aos trabalhadores e o povo pobre, colocam como se fossem interesses da nação e assim distorcendo os interesses reais dos trabalhadores. Mas quando os trabalhadores saem para as ruas, ele é tachado desde vândalos ou ser tirânico indo ameaçando a ‘’democracia’’.
A Burguesia como classe, ela é parasitaria e com isso corrupta.
São colocados duas formas de enriquecer hoje na sociedade burguesa, uma forma é a ilícita e outra é através do seu ‘’mérito’’. A primeira forma é considerada ilegal e com isso repudiada, porém a segunda é considerada legitima pois você acham que houve um esforço seu para conseguir chegar onde foi chegado e tal visão legitima toda obtenção de lucro formando assim as contradições dentro da sociedade capitalista.
Como classe possui os meios de produção a burguesia é parasitaria, pois ela lucra extraindo mais valia dos trabalhadores na qual produzem toda a riqueza. É no sentido de se aproveitar, se beneficiar e enriquecer cada vez mais é que a burguesia pela sua própria condição é corrupta e com isso qualquer combate contra a corrupção tem que estar ligado com combate da exploração do homem pelo homem. Nisso podemos questionar as todas vezes que votam a flexibilização dos direitos da trabalhista, o aumento da jornada de trabalho, a falta de investimento na educação e na saúde para investir no setor privado como caso de corrupção na qual a mídia burguesa totalmente desconsidera pois também é favorecida.
Quais são as respostas que poderemos dar em relação a corrupção. Uma discussão necessária com o PSOL.

Quando estourou o caso de corrupção de enriquecimento  e que resultou a queda do ministro da casa civil Antonio Palocci, o PSOL através de Chico Alencar líder da sua bancada disse que o Palocci saiu e a primeira e a nova primeira ministra teria que assumir. Tal deputado vai além quando exige transparência e espírito republicano nos projetos e continuando que Palocci misturou os negócios privados com o publico, se você perde tal fronteira a contradição vai se avolumando, falta fotossíntese. Ou seja o PSOL tenta procurar alguma luz para salvar o regime democrático burguês, não percebendo que estas crises são intrínsecas.
Para o líder do PSOL tal caso se deve por causa dos galhos podres do governo, e não de um regime que se sustenta através do trabalho semi - escravo. São pessoas como Palocci que permite o enriquecimento de grandes empresas, através de um esquema supra partidário onde esta envolvido diversos setores da burguesia e os principais grupos do partido.
Frente a isso é necessário uma alternativa vinda dos trabalhadores para c ombater a corrupção, pois só estes através com os seus métodos conseguem combater atacando o lucro da burguesia concretamente e assim conseguir frear o enriquecimento. Porque os deputados do PSOL não utilizam a tribuna parlamentar pra poder denunciar e colocar a serviço para os trabalhadores de Jirau denunciando o trabalho semi escravidão que é base de sustento do ‘’Brasil potência’’ e assim base de sustento dos esquemas de corrupção que ocorreram no governo petista. Ou seja preferem métodos que acordo que regulem os acordos do governo com monopólios como fizeram no rio no caso de corrupção de Sergio Cabral.
O PSOL demonstra cada vez mais um partido adaptado que não consegue dar uma alternativa concreta aos anseios da juventude e da classe trabalhadora. Tal partido demonstra que não rompeu com o petismo quando deixa a reboque os movimentos que tem influencia dos seus parlamentares, fazendo criar ilusões que uma alternativa por dentro do sistema é possivel nós setores onde que esse partido tem influencia