25 de jan. de 2012

A democracia do porrete faz o espirito do General Cavaignac assombrar o mundo dos vivos

Em 1848 foi o ano em que a burguesia encontra o seu auge, porém começa também entrar na sua decadência plena.  No mesmo tempo, o proletariado como novo sujeito começa a entrar na historia. De acordo com o próprio Marx no livro do Manifesto Comunista, a burguesia criou sua própria cova ou seja dentro desse processo em que a burguesia se consolida como classe dominante e dona dos meios de produção nasce dentro dela o proletariado que só tem a sua força de trabalho para vender para ela, sendo assim a única classe progressista e criadora que pode dar fim a miséria e a fome que o capitalismo impõe até hoje.
Foi neste mesmo ano que ocorreram importantes lutas que serviram de primeira experiência para o movimento operário.  Em fevereiro em 1848 na França, o proletariado junto com setores da oposição burguesa tinha se levantado contra a aristocracia atrelado ao sistema financeiro repetindo a revolução francesa de 1789. Mas como proletariado e burguesa tem interesses inconciliáveis, quando este setor da burguesia assumiu o controle do Estado traiu o proletariado, que respondeu com as jornadas de Junho que foi duramente reprimida pela a policia e do Estado causando assim um verdadeiro massacre.
Não cabe entrar  aqui na riquíssima experiência  deste período e muito menos o que aconteceu, mas sim os sujeitos que participaram desta historia. (mais especificamente no general Cavaignac que comandou a repressão contra o movimento operário na época). O General Cavaignac comandou as forças de repressão contra o movimento operário e ajudou a deportar os trabalhadores que lutaram nas jornadas de julho e a sua atuação fez com que ele se candidatasse para disputar as eleições e ganhasse um cargo de líder frente as comissões militares do Estado numa época onde a frança entrava em estado de sitio.
Podemos extrair uma lição que dá para entender muitos acontecimentos atuais. É certo que neste período histórico não podemos passar um pano no papel reacionário que o sobrinho de Napoleão cumpriu naquele período, mas Cavaignac demonstrou ser o individuo ideal e ‘’competente’’ para administrar o Estado burguês e exercer a dominação de classe e a sua atuação no massacre do levante operário em Junho fez com que a burguesia sentisse confiança nele para poder administrar os seus negócios.  Mesmo que exista especificidades entre a época de Cavaignac na França e hoje no Brasil, a lógica da burguesia de colocar assassinos da classe operaria para controlar seus negócios continua e isso se expressa claramente na USP, no Pinheirinhos e na Cracôlandia.
A ditadura militar vive no Rodas e os seus lacaios na USP
Com a lei da anistia ampla, geral e irrestrita como parte do pacto de pelo alto fez com que os torturadores da ditadura militar não fossem punidos. A assembléia constituinte que votou a constituição de 1988 foi a mostra disso, pois enquanto existiam deputados eleitos que estavam presente, os deputados biônicos da ditadura militar que não terminaram o seu mandato participaram e votaram no processo constituinte demonstrando claramente que existe resquícios da ditadura militar ainda hoje no Brasil. Um dos exemplos bem claro é USP, onde o Reitor Rodas foi advogado que defendeu o Estado no episodio do assassinato do Filho de ZUZU ANGEL pelos os militares e tendo sua expressão mais gritante no CRUSP onde continua um decreto de 1977 que diz quem fazer  atividade política  dentro da moradia será eliminado e através deste decreto 6 estudantes foram expulso.
Bem como diria Marx, a tradição de todas gerações mortas oprime o cérebro dos vivos ou seja Cavaignac vive na USP. A ditadura militar foi a saída que a burguesia brasileira deu perante o acirramento da luta de classes  onde que a burguesia não consegue conter os levantes da  época e resolver declarar guerra permanente ao proletariado.  O golpe militar que ocorreu no Brasil em 1964 foi um ataque a classe operaria e a todos aqueles que lutam na época e foi o momento onde que se teve perseguição política, onde que o Estado reforçou a sua intervenção nos sindicatos dos trabalhadores destituindo suas direções tradicionais e colocando pessoas nomeadas através do Ministério do Trabalho, torturas e assassinatos.
A burguesia sabe que para ela concretizar o seu projeto privatista e elitista para a USP, ela terá que passar em cima da resistência dos trabalhadores, professores e funcionários e ela precisa de alguém ideal e competente para cumprir esta função e o Rodas é a pessoa ideal. A sua competência para a burguesia precisa ser demonstrado na pratica e ele faz isso implementando o PROADE, perseguindo e ameaçando de expulsão dirigentes sindicais e estudantes, assina o convenio com a policia militar para poder reprimir a organização de estudantes e trabalhadores, tenta explodir o Sindicato dos Trabalhadores da USP, fecha a sede do DCE e chama a policia para desocupar a reitoria resultando na prisão política de 73 estudantes e trabalhadores.
Além da USP, a Ditadura vive na Cracôlandia.
A prisão dos 73 presos políticos da USP e dos manifestantes que luta contra o aumento da passagem de ônibus no Estado do Píaui demonstra a face da ditadura militar nefasta que existe até hoje no Brasil. Os relatos de tortura humilhação que as mulheres eram submetidas, desde a espancamentos,  policiais passando o cassetetes no corpo das presas e até caso do Piaui onde as mulheres eram obrigadas a tirar a roupa na frente dos policiais homens. Os estes  mesmos ‘’competentes’’ da burguesia que sustenta a miséria dos trabalhadores e do povo pobre, utilizam desta mesma pratica nos morros onde é o lugar que a policia mais pratica ‘’auto de resistência’’ (fazendo a policia brasileira ser conhecida no mundo inteiro como a policia que atira e depois pergunta quem é), tortura e assassinatos contra os trabalhadores e a juventude negra. Estes métodos não são diferentes na Cracôlandia, onde organizações de direitos humanos denunciam a policia militar de ter atirado bala de borracha na boca de uma menina.
Eleições de São José dos Campos ... O espírito podre de cavaignac vive no PSDB.
Em São José dos Campos, assim como toda as cidades do Brasil haverão eleições para prefeito e vereador. O PSDB que está a 16 anos na região disputa as eleições municipais com o PT e possui chances de ficar 20 anos no cargo da prefeitura (uma vez que existe grandes chances do ex prefeito Emanuel voltar a se reeleger). Embora já tenha se passado 8 anos do mandato do Eduardo Cury, a ação truculenta policial no bairro do Pinheirinhos cumpre um papel chave nas eleições em São José dos Campos a favor dos tucanos para poder reeleger um próximo candidato.
Estamos vivendo um momento onde que a crise econômica capitalista se aproxima cada vez mais no Brasil e a burguesia já está atenta perante esta problemática e terá que dar uma saída para ela. Por sua vez, São José dos Campos é um grande pólo industrial do pais e com isso concentra uma grande quantidade de operários.  Historicamente a burguesia sabe que teve grandes lutas operarias que não são contatas e isso faz com que ela saiba que existe uma enorme bomba em suas mãos que pode estourar a qualquer momento.  Tendo base num setor da população da cidade que é favorável a reintegração de posse da policia, a  ação do Eduardo Cury no Pinheirinhos serve para toda  burguesia  ver que o PSDB será ‘’competente’’ para administrar os seus negócios em São José dos Campos passando assim a confiança que a classe dominante precisa  num provável momento de crise.  
ESTAMOS VENDO A MAIS UMA AULA DE DEMOCRACIA DO ALCKMIN ! A DEMOCRACIA DO PORRETE FAZ O ESPIRITO PODRE CAVAINGAC ASSOMBRAR O MUNDO DOS VIVOS !

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