29 de dez. de 2011

Reelembrar, o que a burguesia tentou nós fazer esquecer. Colocar como eixo estrategico para poder vencer, o que a burguesia menos quer

Com a reestruturação produtiva capitalista e o advento TOYOTISMO, uma discussão sobre se seria o fim da classe operaria ou se a classe que produz riqueza ainda tivesse existindo. Esta discussão que marcou desde o senso comum, passando pelo meio acadêmico até dentro do campus de setores da própria esquerda foi marcado num momento em que as contradições dentro da sociedade se agravaram, a classe trabalhadora teve que viver sobre o fantasma do desemprego e de seus salários rebaixados. Frente a tamanha miséria da sociedade, a alternativa da burguesia frente a um capitalismo degradado para frear a luta de classes foi fazer as conhecidas políticas de ‘’inclusão social’’ou pequenas políticas que se materializam desde das ‘’bolsas ou outros programas assistenciais’’. É uma prova da sua degradação do capitalismo e que ele só po de oferecer miséria e fome para a maioria da população, portanto ele que morra ou seja a época de revoluções nunca teve tão fortes.
Com as contradições entre as classes, suas correlação de força no nível nacional e internacional e as relação de estado e economia demonstram que a situação que a época de revoluções nunca esteve tão presente ou seja ao contrario que dizia os discípulos da Donzela de ferro ao falar que não existiria nenhuma alternativa hoje o capitalismo demonstra a necessidade de ter uma alternativa como demonstra os manifestantes dos Estados Unidos ao afirmar que o capitalismo quebrou e que é necessário instalar uma nova alternativa. Porém os indivíduos não fazem a historia como querem e sim pelo que foi herdado pelo passado ou seja a classe operaria nunca esteve tão atual como hoje neste período que se abriu.
Ao contrario do que diz a mídia burguesa para tentar esconder a realidade, ao falar que os manifestantes teriam se organizado na internet portanto marcaria o tempo de revoluções organizada pela internet. Porém esconde que a classe operaria no Egito, se organizou e se preparou nas greves e o apoio da juventude nestas greves foi um dos fatores predominantes que fez ela se organizasse e protagonizasse grandes batalhas, assim como a situação da ocupação da praça em Madri mudou quando os trabalhadores entraram em cena e assim a importância desta classe em outras batalhas como na Grécia e na França. Porque que a burguesia sabe que a classe operaria é a única classe que pode dar uma alternativa real ao sistema capitalista, assim acabando com a propriedade privada e os seus interesses.
1)      O fim da classe operaria, a burguesia também iria acabar ou seja viveríamos uma sociedade sem classe e assim teríamos uma sociedade justa. A classe operaria tem como principal tarefa expropriar a burguesia e assim acabar com a propriedade privada, ou seja somente assim se acabara com a desigualdade e assim com a sociedade dividida em classe. Sabemos que não foi isso que ocorreu, ou seja as contradições se agravaram demonstrando que vivemos numa sociedade dividida em classe e mesmo que muitos autores colocav am que não estávamos vivendo uma sociedade dividida em classe e sim uma sociedade de ‘’risco’’, falando dentro do modo de produção capitalista demonstravam que vivemos uma sociedade dividida em classe e a situação que vive os trabalhadores que corre o risco de perder o seu único meio de sobrevivência, de intensificação e de trabalho precário.  Esta realidade foi crucial para que a classe trabalhadora tivesse consenso em relação as suas condições do seu único meio de sobrevivência, pois tamanha desmoralização ideológica, derrotas subjetivas e objetiva impôs isto a classe que produz a riqueza
2)      O TOYOTISMO teve como uns dos fatores principais ideológicos, fazer com que os trabalhadores e os capitalistas dentro na quais existem interesses que não da para ser conciliados serem supostos parceiros e trabalhar para os interesses da empresa, ou seja para os interesses da burguesia. Por trás desta parceira, existe condições precárias de trabalho, intensificação do trabalho e baixos salários mostrando claramente que existe dentro deste suposto ‘’progresso’’ grandes contradições que não se p ode varrer dentro do tapete

3)       A reestruturação produtiva capitalista, o neoliberalismo  teve resistência por parte de grandes trabalhadores do mundo inteiro como greves no Japão pais onde que o sistema de produção capitalista TOYOTA nasceu e na Inglaterra com greves que duraram um ano.  A burguesia se sustenta nas derrotas destas greves e na profunda desmoralização que teve ao afirmar que a classe trabalhadora acabou, os trabalhadores viram que seus interesses não davam para ser conciliados dos interesses dos seus patrões que pretendia explorar e acumular mais.

4)      O Fato de existir uma imensa parte da sociedade, formada por uma grande maioria vivendo da sua força de trabalho.

5)      A classe operaria é aquela que produz a riqueza, porém só ganha uma miséria para a sua sobrevivência. Em termos bem simples, enquanto a burguesia lucra milhões daqueles que produzem a riqueza, dando este o misero salário do que ela produz para a sua sobrevivência assim dando condições para que ela trabalhe no dia seguinte e enquanto mais que a burguesia rouba a riqueza daqueles que produz, mais estas contradições crescem. Neste fato cabe a ser mencionado, o real motivo do porque que existe ‘’1 % que mandam e 99% que obedecem’’

6)      A necessidade de saber utilizar através do Marxismo, a necessidade de interpretar realidades concretas ou seja ao contrario que a burguesia coloca como o Marxismo uma teoria que consegue interpretar somente o século 19 para poder assim tentar deslegitimar as teorias de Marx e Engel. Ou seja é necessário partir de então ‘’nos baseamos em autores vivos e não aqueles que aqueles que já morreram’’, assim reduzindo uma discussão entre diversas concepções teóricas a uma discussão baixa e rasteira, mostrando quais são os artifícios em que a burguesia utiliza para deslegitimar obviamente os interesses inconciliáveis aos seus.  Com os conceitos utilizados pelo Marx e Engel, mesmo no século 19 conseguiremos interpretar a realidade tão como ela é hoje. Mesmo com que houvesse algumas mudanças dentro do mundo do trabalho, como a DIMINUIÇÃO RELATIVA do trabalho industrial em alguns países centrais (o que não significa que ele iria acabar, pelo contrario) e o crescimento do setor de serviço (na qual estes também são trabalhadores) termos marxistas  como trabalho abstrato e trabalho, não podem ser descartados simplesmente pela a vontade burguesa.

7)      O Trabalho como categoria singular é uma função social, ou seja ele atende á uma necessidade indispensável da natureza de transformação dos bens sociais. A reprodução biológica dos indivíduos fazem com que exista qualquer sociedade e isso só se faz possível pela transformação da natureza transformados em bens para a transformação social. Este complexo social que atende as necessidades primarias, de acordo com o Marx se chama trabalho. É ocupar de uma necessidade que é da vida social que as possibilidades e as necessidades produzidas tendem a reprodução social, a predominar a frente ás necessidades e possibilidades geradas por outras práxis da vida social.

8)      Dentro disso, o trabalho abstrato é o processo social pelo qual o capital para a sua auto-valorização não considera as diferenças ontológicas entre as diferentes práxis sociais reduzindo – as, todas, aquilo que é essencial : A produção de mais valia e as diferentes capacidade de realizar tal objetivo. No capitalismo que vivemos atualmente, o trabalho abstrato inclui quase tudo o intercambio orgânico com a natureza, e inclui uma enorme gama de práxis sociais que se articularam indiretamente com o metabolismo social

9) Os trabalhadores que realizam trabalho concreto, ou seja aqueles que fazem (cadeiras, mesas, carros) e tudo que diz aspecto ao mundo das mercadorias tem uma centralidade principal assim carregando um grande gama de setores de trabalho que por sua vez não realizam trabalho concreto, porém realizam trabalho abstrato influenciando no metabolismo social.

10) Por fim, é importante dizer que na Revolução Russa a classe operaria era uma pequeno setor comparado ao numero de camponeses que existiam na época, mas mesmo assim a centralidade não era nos camponeses e sim a classe operaria que deveria levar para dentro do furacão da revolução amplas camadas oprimidas da sociedade capitalista.

A aliança dos trabalhadores com os demais setores da sociedade.

Na etapa preparatória que se abre em países como o Brasil é necessário lutar por cada demanda da classe trabalhadora, assim através de uma luta permanente procurar demandas transitórias desta classe para assim ter demandas concretas que responda a realidade dos trabalhadores e do povo pobre como parte de um programa para poder vencer e derrubar o sistema de fome e miséria, assim conquistar todos os nossos direitos.  A juventude que começa se levantar, tem como principal tarefa ter uma influencia direta e assim ajudar pedagogicamente os trabalhadores e o povo pobre conquistar este objetivo. Não basta somente querer mudar o mundo, mas sem a aliança com a classe trabalhadora tal objetivo se torna basicamente impossível de ocorrer.

VIVA A LUTA HISTORICA DA CLASSE TRABALHADORA E DO POVO POBRE







27 de dez. de 2011

A realidade nós exige uma juventude revolucionaria, combativa e classista

Por Iuri Tonelo e Ana Carolina militantes do grupo Juventude ÁS RUAS 

Essa é a tarefa que ficou marcada para os mais de 100 estudantes que estiveram presentes na plenária impulsionada pela Juventude Às Ruas com os ativistas da greve da USP, no último domingo, 04/12. Nela estiveram presentes estudantes de São Paulo, da Unesp (Marília, Rio Claro e Franca), Campinas, PUC e USP; do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
A partir das discussões e reflexões que se abriram com o conflito de importância nacional que teve na USP, em que os estudantes travaram uma forte e importante campanha pela retirada da PM do campus e pela defesa dos 73 presos políticos no conflito, discutiu-se as lições e perspectivas de como avançar na conformação e consolidação de uma juventude revolucionária que começa a se constituir a partir dos processos reais da luta de classes em que viemos intervindo, buscando atuar dentro das universidades e colégios e se ligar as principais greves, como no último período buscamos fazer apoiando os trabalhadores dos Correios, Bancários, Unicamp etc.
Da USP ao Chile: as intervenções de abertura da plenária!
Nesse sentido, a plenária expressou desde suas intervenções iniciais a experiência da USP a luz da discussão sobre as lições da intervenção nesse processo: Gui, estudante independente da USP, partiu de detalhar os processos que ocorreram durante o conflito no último período, colocando a importância da auto-organização a partir do comando de greve com delegados revogáveis tirados nas assembleias de curso, que tem levado a uma experiência concreta de organização do movimento pela base, ressaltando ainda os entraves que tanto PSOL como PSTU estão colocando em relação a esta política de auto-organização; Caio, estudante independente da USP, relacionou a questão dos conflitos contra a entrada da PM no campus à discussão nacional, em que a polícia atua como agente da repressão estrutural num país dito “Brasil potência”, mas montado na precarização do trabalho e na pobreza urbana. Assim, partiu-se de questionar a polícia no campus para o questionamento do papel da repressão no país inteiro, sendo a mesma polícia que está reprimindo e assassinando a juventude, militarizando a pobreza com ocupações e intervenções militares nos, morros, favelas e periferias. Ainda tivemos a intervenção de Aline, que a partir da discussão da USP, colocou a experiência que tiveram na construção da Chapa Cícera, que leva o nome de uma moradora da favela São Remo, negra e pobre assassinada pela polícia e em sua memória a importância de se construir entidades militantes, que se coloquem na perspectiva de ser a voz das milhares de Cíceras dentro e fora das universidades.
Na abertura, contamos com a presença também para compor a mesa da companheira Bárbara Brito, militante do Partido de los Trabajadores Revolucionários (PTR -organização irmã da LER-QI no Chile). A intervenção de Bárbara se pautou diretamente no debate a partir da rica experiência do movimento estudantil chileno, no qual centenas de milhares de estudantes saíram às ruas para lutar por educação gratuita para todos. A partir da luta chilena, Barbara frisou importantes lições: a primeira é de que a discussão e o combate pela auto-organização foi uma experiência importante para estudantes chilenos (que chegaram a ocupar mais de 600 colégios durante o conflito), podendo tirar lições e fazer experiências concretas de auto-gestão, como o Colégio A-90; Bárbara Brito também relacionou essa questão com a necessidade de se combater a burocracia estudantil (que impede a auto-organização dos estudantes e a expressão da base dentro do movimento) e a necessidade de levar a luta do questionamento da privatização da educação contra os monopólios educacionais e empresários capitalistas que se utilizam da educação para aumentar cada vez mais seus lucros. Que para a juventude levar essa luta até a vitória era necessário se ligar aos trabalhadores, numa forte aliança operário-estudantil para vencer os capitalistas e a privatização da educação.
A parte inicial finalizou-se com a intervenção de Bruno Gilga, militante da LER-QI, que relacionando as lições do processo chileno com as diversas experiências que a juventude vem protagonizando no âmbito internacional, permitiu demonstrar como a luta dos estudantes da USP deve nos aparecer como uma escola de guerra para a construção de uma juventude revolucionária de milhares de jovens, que aprendam com os processos internacionais, intervenha de modo internacionalista nesses processos contribuindo com o avanço das lutas da juventude nos diversos países e possam protagonizar de modo cada vez mais intenso aqui no Brasil um questionamento profundo a universidade de classe, a burocracia acadêmica, ao filtro social que permeia as universidades - vestibular, aos gigantescos monopólios da educação no Brasil e, baseados no processo vigente, ao profundo questionamento dos aparelhos estatais de repressão, como a polícia militar, que vem reprimindo os ativistas e movimentos sociais. “Devemos construir uma juventude revolucionária de milhares, nacionalmente, a partir da fusão com os melhores setores de lutadores que surjam nos processos de mobilização”, reafirmava Gilga.
Aliança com setores do ME nacional, internacional e com trabalhadores!
A plenária também contou com importantes saudações: A companheira Camila, da Universidade Federal de Maringá, contou sobre o processo de ocupação naquela universidade parte de um cenário de ocupações e greves nas universidades pelo país inteiro, da luta que travaram e das lições para a necessidade da unificação do ME nacionalmente nas lutas.
Também tivemos importantíssimas saudações de companheiros dos metroviários (que trouxeram a solidariedade à luta da USP, a partir da disputa na categoria em criar um comitê de solidariedade e pela retirada dos inquéritos policiais dos 73 presos políticos); contou também com saudação de companheiros bancários, da agência 7 de Abril, a qual contou com a solidariedade ativa da Juventude Às Ruas nos piquetes e ato na importante greve que tiverem este ano; teve ainda presença e saudação de Marcelo Pablito, diretor do Sintusp, que interviu colocando questões estratégicas de como forjar um sindicalismo realmente revolucionário e, nesse sentido, como enxergar o papel estratégico da juventude e a da aliança operário-estudantil na perspectiva de levar os processos e mobilizações a vitória.. A plenária contou também com saudações internacionais da juventude do Partido de los Trabajadores Socialistas - de companheiros também processados por sua aliança com os trabalhadores no conflito da fábrica Kraft, de 2009 - e também a saudação da Liga de Trabajadores por el Socialismo (organizações da Argentina e do México, respectivamente, ambas organizações irmãs da LER-QI), na perspectiva da integração das juventudes desses países na conformação de um movimento estudantil internacionalista.
Com muitas intervenções do plenário, abriu-se um vivo debate das lições da USP, e de todas as universidades presentes. Entramos também em discussões sobre outros processos abertos, como a greve de trabalhadores da UNICAMP, apoiado especialmente pelos estudantes do IFCH-Unicamp e processos de luta como o da moradia de Franca por permanência estudantil e de como a luta contra a polícia é um exemplo do que temos que construir no Rio de Janeiro. A luta pela retirada dos processos contra os 73 presos políticos da USP, tomou parte em varias intervenções, ressaltando a importância da centralidade deste eixo em um momento onde assistimos uma investida contra o conjunto dos movimentos sociais em todo território nacional.
Nesta linha, coube a denúncia a política do PSOL e PSTU que seguem a dar nenhum peso para esta campanha, tentando desviar o debate para a questão da segurança do campus, caindo em um debate corporativo, sem questionar as raízes da repressão estatal e o papel que cumpre diariamente a PM no extermínio da juventude negra e pobre das periferias, morros e favelas.
Entre os diversos debates, chamamos a atenção para a rica discussão na plenária acerca da reivindicação do marxismo na conformação da juventude: com bastante debate, a plenária expressou diversos setores interessados em ligar as discussões sobre teoria revolucionária com os processos concretos de atuação. Nesse sentido, votamos a construção de um seminário de férias com o objetivo de levar adiante e aprofundar as discussões que se abriram sobre o marxismo e outras tradições teóricas do movimento operário. As lições que se pode tirar dos grandes processos revolucionários do século XX são uma condição para preparar uma juventude revolucionária à altura dos desafios do nosso tempo, e nessa perspectiva pretendemos aprofundar os debates sobre teoria revolucionária da plenária.
Uma juventude com uma estratégia revolucionária em meio a crise capitalista!
Fica cada vez mais clara a necessidade de superarmos, a partir dos processos em curso, a velha lógica de construção das burocracias de juventudes voltadas para eleições e aparatos: é necessário que construamos uma juventude que rompa com a conciliação e a passividade, construindo luta pelo questionamento da universidade de classe, elitista e racista, aprofundando o conteúdo estratégico da auto-organização e da luta contra a burocracia: isso se expressa de modo muito concreto na continuidade da luta na USP pela retirada da PM do campus e a retirada dos inquéritos contra os presos políticos, além dos diversos processos contra ativistas que vem sendo perseguidos pela reitoria, aprofundando o comando de greve e preparando uma forte juventude revolucionária para atuar desde as calouradas nas universidades e colégios no início de 2012. Nos marcos da crise econômica internacional e na ofensiva de ataques da burguesia para fazer com que a classe trabalhadora e a juventude paguem pela crise, queremos ser parte viva e linha de frente da juventude estudantil e proletária que se espelha nos exemplos mais avançados internacionalmente, como dos estudantes chilenos e que se prepara para fazer diferença na luta de classes ao lado dos trabalhadores.
A experiência nos processos iniciais de luta de classes, a partir da forte discussão em base a luta contra a PM na USP, nos leva a tarefa de criar uma juventude que relacione cada luta parcial sua numa perspectiva anticapitalista, pois sabemos que o capitalismo numa crise histórica não pode fornecer mais que miséria, pobreza e exploração. A juventude anseia pelo seu futuro: está realidade nos impõe nos forjarmos como uma juventude classista, combativa, internacionalista e revolucionária e queremos também aqui no Brasil, assim como no Chile, conformar uma “Juventude que vai por tudo”!
Chamamos a todxs a conhecer e construir a Juventude Às Ruas!
http://juventudeasruas.blogspot.com/ Visite o Blog da Juventude Ás Ruas !

Democracia e Crise Capitalista

Durante os 30 anos da restauração burguesa, foi marcado ideologicamente como a consolidação da democracia ‘’como valor universal’’ assim como foi supostamente consolidado a vitoria do capitalismo e o caminho para o progresso onde se alcançaria um bem comum. Esta visão teve como sustentação, a saída da burguesia que deu para crise de 70 como tentativa de recuperar suas taxas de lucros e assim voltar ao determinado crescimento econômico. Porém chegamos ao determinado nível do desenvolvimento do capitalismo, onde que o sistema se mostra totalmente degradado afetando a própria democracia burguesa que demonstra ter fortes contradições.

O liberalismo econômico por sua vez, foi dado pela burguesia como a única alternativa democrática em contraposição ao Stalinismo e ao Nazismo do século XX e assim supostamente este período teve  como marco o fim de regime totalitários.  Ou seja perante as polarizações tanto pela esquerda e tanto pela direita que existiram no século XX, a burguesia para ter uma taxa maior de lucro tentou se localizar perante o cenário que demonstrava somente a sua situação degradante.

Com a saída da burguesia perante a crise estrutural que existia na época, primeira coisa que ela vez foi esconder as contradições do próprio sistema fazendo passar uma visão de que estava tudo caminhando para o progresso numa escala evolutiva. Porém mesmo que a burguesia tentasse esconder estas contradições, elas de um certa maneira existem se materializando no desemprego estrutural que atinge e ameaça milhares de pessoas no mundo inteiro, o trabalho precário, na perdas de direitos e no constante rebaixamento de salários.

Como toda poeira quando muito acumulada, sempre aparece e não tem nenhum tapete que consegue esconder estas contradições na qual que a burguesia tentou escondeu se agravaram até uma maneira que estas se estourasse e mostrasse bem claramente quando grandes setores de trabalhadores e do povo pobre já começam a se levantar.  Se em momento de crescimento econômico, a burguesia consegue a sua maneira sustentar a democracia burguesa em momentos de crise econômica ela já começam a descartar a democracia burguesia e para manter a propriedade privada e seus lucros pensam até em regimes totalitários. O que vale é a lógica de um autor liberal que disse preferir manter o liberalismo econômico, em vez da democracia.

Como toda democracia burguesa num estagio de degradação, temos claros sinais em que a burguesia não é capaz de esconder que existe degradação atrás de tanto progresso. Um dos claros sinais é a maneira repressiva que nas suas respectivas particularidade,  ela no mundo inteiro  vem tratando tanto os movimentos de trabalhadores e populares, o uso da força policial para poder dar uma resposta a questão da pobreza cujo o objetivo é sustentar os seus lucros.

Tais contradições que no período de restauração burguesa já eram frágeis, com a crise elas já estouraram fazendo com que os trabalhadores, a juventude e o povo pobre de acordo com a dinâmica de cada particularidade se levantasse fazendo assim acirrar a luta de classes. Já temos então uma crescente polarização, ou seja enquanto os trabalhadores e o povo pobre se levantam, em muitos países conseguimos ver um movimento reacionário como os atentados contra a juventude trabalhista na Noruega, o crescimento do Tea Party nos Estados Unidos e até mesmo no Brasil que já vive o fim do seu crescimento econômico movimentos nazistas se manifestando claramente e dando a sua cara tapa. Ou seja com a crise econômica capitalista, o acirramento da luta de classes fazendo com muitos trabalhadores e o povo pobre de muitos países já começasse a ter contado com sua oportunidade histórica de emancipação a sociedade se polariza tornando a democracia burguesia uma ilusão e fazendo com que existam duas saídas únicas como resposta : uma seria o socialismo como forma de emancipação humana, dada pelo proletariado e outra como saída reacionária o Fascismo. Para os lutadores que querem uma resposta a sociedade da barbárie, temos que saber lidar com esta realidade e partir dela dar uma saída a ela.

A relação dialética entre economia, relação entre os estados e a luta de classes já mudaram e com isso provando a atualidade do período de crises, guerras e revoluções. Enquanto temos países declarando guerras cambias, abrindo fronteiras protecionistas temos uma crise econômica que já esta fazendo muitos os países quebrarem e temos em muitos países a ascensão da luta de classes fazendo com que os trabalhadores e o povo pobre já tenham suas experiências. É um cenário que de acordo com a lógica capitalista, vai piorar abrindo uma enorme crise social na qual a democracia burguesia não vai responder fazendo com que se não tiver uma alternativa formada pelo os trabalhadores, a burguesia vai dar respostas trágicas. É a historia se repetindo mais uma vez, mostrando para os teóricos filisteus que a luta de classe não acabou.

THARIR : Um exemplo para a juventude que merece um  balanço e extrair grandes lições.

Os trabalhadores e o povo pobre do Egito, que estiveram numa luta histórica que contagiou de animo a juventude do mundo todo fazendo com que ela fosse referencia tanto para outras ocupações de praça como na Espanha e com uma proporcionalidade bem menor para os 15-O’s que ocorreram no mundo todo. Diante a este referencia na qual não se pode de modo algum ser ignorada é mais do que necessário perante a este exemplo, extrair lições e balanço para poder avançar com uma estratégia capaz de romper com este sistema de fome e miséria impedindo através com uma estratégia que pregue a independência de classe dos trabalhadores e do povo pobre uma resposta e um desastre por parte da burguesia.

Enquanto a burguesia colocou que a ocupação da praça THARIR no Egito, foi um movimento para pedir a volta da democracia liberal em contraposição ao regime do ditador MUBARAK a primeira experiência que os trabalhadores e o povo pobre egípcio tiveram é que a junta militar não atendeu seus anseios e a única coisa que ela foi capaz e de continuar o terror que antes era provocado pela ditadura de MUBARAK. Ou seja, estas contradições que existem dentro da sociedade de classe não podem passar de uma questão formal tendo que ser analisada concretamente, ou seja longe de acabar estas contradições aumentaram mostrando para os trabalhadores e o povo pobre que a junta militar não foi uma alternativa para seus anseios.


Outro ponto é que a burguesia como classe conservadora, não pode dar uma resposta aos anseios dos trabalhadores e o povo pobre do Egito e nenhum lugar do mundo. Analisando de acordo com a particularidade do Egito, a sua posição mundial perante ao imperialismo e o desenvolvimento de sua burguesia torna uma ‘’suposta volta da democracia liberal’’ como falavam a burguesia praticamente impossível. Isso não quer dizer que é um fator natural que o povo egípcio tenha que viver sob ditaduras sanguinárias e que não mereçam sua emancipação, pelo contrario é preciso por um fim a esta burguesia que super explora os trabalhadores do Egito, sob tutela de ditaduras burguesas sanguinárias e apesar de ter caminhos tortuosos como toda luta histórica tem, estes mostram um grande  exemplo pois somente declarando concretamente guerra contra o capital, os que ganham com a nossa opressão e a burguesia que iremos conseguir obter os nossos anseios.


26 de dez. de 2011

Qual é a estrategia para arrancar o que é nosso. Continuação da polêmica sobre concepção de democracia


Gramsci escrevia a comparação de pequena política, que na qual seria políticas de corredor,  política parlamentares, lutar por pequenos objetivos ao contrario da grande política que é reivindicar mudanças radicais dentro da sociedade ou seja significar lutar por objetivos grandes, por demandas que abalam os interesses da burguesia.  Sem duvidas nenhuma, o que está ocorrendo tanto na Espanha, no Egito, no Chile, na Grécia e na Inglaterra dizem certamente  ao aspecto da grande política e não no âmbito da pequena política.
Para isto é necessário ter um programa que pregue claramente a independência de classe, que tal programa será forjado pelo calor da luta de classes que corresponda concretamente os interesses da classe trabalhadora e do povo pobre e oprimido. É necessário que tal programa tenha que responder todas as necessidades democráticas dos trabalhadores e do povo pobre e oprimido, que vai desde ao direito a liberdade sexual até ao direito ao pão coisas de fato que são negadas pelo sistema mediado pelo o capital.
É normal que após a restauração burguesa e as ideologias do fim da luta de classe, das revoluções e  das negação das experiências de  lutas históricas da classe operaria que com após um ano de grandes lutas que se mantém ainda muita confusão se expressando nas reivindicações justas, honestas e legitimas, a falta de assimilação destas lutas no futuro. Por isso se faz necessário o debate democrático político, que os setores mais de vanguarda instruam aportando e fazendo avançar pedagogicamente nestas lutas denunciando e colocando claramente seus ricos, quem é quem nessa luta com um programa que pregue a independência de classe dos trabalhadores  e que através da experiências poderá saber quem estará certo o u não na sua política e nas reivindicações. Foi através da experiência conturbada, sangrenta e violenta que fez com que  o povo do Egito que mantinha ilusões na junta militar se revoltasse e assim continuasse esta luta.  Não renegar estas experiências, que mesmo tendo a sua especificidade são importantíssimas na constituição de um programa claro de um partido revolucionário.
Importante lembrar que apropria concepção de democracia participativa, nos remete ao que autor Robert Dahl queria chegar com o seu famoso livro chamado Poliarquia. O autor parte do pressuposto de que a democracia é uma continua responsabilidade do governo, perante as preferência de seus cidadãos comuns considerado como iguais e que através de um sistema hipotético ou em estado de coisa delimitador dá para perceber com que vários sistema da para aproximar deste limite teórico.  Ou seja para um governo continuar ser responsivo, todos os indivíduos devem ter oportunidades plenas de 1) – Formular suas preferências, 2) De expressar suas preferência a  seus concidadãos, 3) Ter a preferência considerada perante a conduta do governo.  De acordo com o autor, se o individuo tem Liberdade de formar e aderir a organizações,  Liberdade de expressão, direito ao voto, o direito de se eleger a cargos políticos, Fontes alternativas de informações, eleições livres e idôneas, instituição para fazer com que as políticas governamentais dependam de eleições e de outras manifestações de preferência e também o direito de ter contestação popular.
Ou seja quando um regime grandes estes direitos de acordo com o autor, o regime caminha a sistema participativo e através de uma escala poderíamos saber quando que o regime é participativo ou não. Portanto de acordo com o Dahl, existiria oligarquia competitiva onde predomina a concepção de que um regime precisaria ser competitivo, ter hegemonia fechadas onde o individuo não tem nenhum direito democrático, hegemonia inclusa onde o individuo tem o direito de participar e poliarquia que significaria uma democratização completa.
Primeiro que tais regras democráticas antes de mais nada passa apenas de um mero formalismo, pois sabemos que na prática a realidade é outra e com isso sem romper com a lógica do sistema capitalista elas não podem ser concretizada.  Primeiro ponto é que a igualdade dentro da norma burguesa, significa na pratica igualdade jurídica ou seja um individuo é igual ao outro pois assim ele terá condições iguais pra vender sua força de trabalho, coisa que na pratica sabemos que o burguês tem os meios de produção e o proletariado tem sua força de trabalho ou seja o que faz estas condições serem desiguais. Para além disso é impossível haver uma igualdade, sendo que a própria sociedade está dividido em classe o que faz as condições na pratica serem desiguais.
Quando diz que estes ‘’cidadãos’’ devem ter preferência iguais perante as suas formulações, ou seja tanto a burguesia e o proletariado irão supostamente ter este direito ao fazer isso. Porém se esquecem que estas classes tem interesses que não podem ser conciliados, ou seja ao formular estas questões para atingir a um utópico e suposto ‘’bem comum ou um verdadeiro interesse geral da nação’’ isto iria se expressar praticamente fazendo com que os interesses dos trabalhadores e do povo pobre não seja distorcidos ou não aceitos. As aspirações democráticas dos trabalhadores e do povo pobre são legitimas, porém sem a concepção da independência de classe elas nunca serão atingidas de fato.
Para além disso, outras concepções precisaria ser discutidas para poder se avançar de fato e uma delas seria sobre a questão da liberdade de expressão. Sabemos que todos os direitos democráticos foram obtido porque tiveram luta, mesmo que a direção tenha sido freio nestas lutas e que elas não poderiam ser avançadas ou seja as liberdades democráticas mesmo que poucas e que muitas vezes só estejam de fato no papel foram conquistado não porque a classe dominante, o Estado foram altruísta e deram de boa vontade e sim porque tiveram luta. Porém estes direitos que foram obtidos com luta, eles também pode ser retirado pela esta mesma classe dominante. Em momentos de crise, onde que as contradições se acirram e os trabalhadores e o povo pobre que foram uma grande imensa maioria da sociedade vê  privado materialmente por questões para a sua sobrevivência e quer avançar e com isso a burguesia sente que poderá perder seu posto de classe dominante ela se utiliza de meios repressivos para ‘’deter os ânimos’’.  
Para além disso, é importante extrair algumas lições da historia e uma delas é entender que enquanto países como o Estados Unidos se utilizavam de alguns direitos Welfare State (importante dizer que mesmo assim na época do Welfare State, os negros e os imigrantes eram perseguidos)  em países como a Alemanha, Brasil e Itália estavam vivendo sob regimes fascistas. Ou seja nesse sentido é necessário analisar o desenvolvimento de cada pais, as suas particularidades e a sua posição dentro da ‘’economia capitalista mundial ‘’. Um grande exemplo disto é que enquanto historicamente a burguesia francesa cumpriu um papel progressista na historia, a burguesia brasileira já nasceu reacionária deste o inicio.  Mas estas liberdades perduram num período de crescimento econômico, porém em momentos de crise onde que a burguesia precisa dar uma saída para a situação estas liberdades acabam.  Se os trabalhadores e o povo pobre da Grécia, dos Estados Unidos estão se levando é por que um dos fatores determinantes que fez isto é a crise capitalista.
Outro ponto, de se pensar é que como vamos pensar liberdade de imprensa dentro do sistema capitalista sendo que o próprio termo liberdade significa liberdade de comercio e de concorrência e não liberdade de fato.  Primeiro que vivemos numa época imperialista com concentração de poucos monopólios, justo porque esta liberdade de concorrência resultou nesta etapa do capitalismo que bem poucos controlassem os meios de produção.  Os meios de comunicação são propriedade privadas, estes produzem a mercadoria que visam obter lucro com ela e estão tendo da lógica do monopólios, pois no caso do Brasil é uma meia dúzia que controlam os meios de comunicação e estes monopólios só tem pequenas diferenças pontuais que não mudam o seu conteúdo principal que praticamente o mesmo. Ou seja, quando existe uma fonte alternativa ela necessariamente tem que enfrentar o aparato destes monopólios, que basicamente sucumbe as fontes alternativas através da concorrência.  
Sobre a questão das eleições, formalmente é colocado que todos podem concorrer um cargo e que o individuo que terá mais competência consegue se eleger. É necessário questionar que competência é esta para assumir o Estado, sendo que ele por sua vez é da burguesia ou seja é preciso ter competência para assumir o Estado burguês que é um órgão de dominação de classe, portanto é preciso ter competência para a dominação de classe. Outro ponto é que como todos tem condições iguais para concorrer, questionamos  o porque  que o candidato da burguesia conta com o dinheiros de grandes empresário assim tendo todo aparato (como maior tempo na TV,  por trás para conseguir se eleger sendo com que o candidato que os empresários consegue investir mais é o candidato que é eleito.  
Sobre os direitos democráticos e a burguesia
A burguesia é incapaz de conseguir ir até o final no que diz no aspecto aos direitos democráticos, mesmo os mais elementares dos trabalhadores e do povo pobre. Como classe conservadora e reacionária ela nem pode fazer isso, como próprio nome diz ela pretende conservar as coisas como ela são ou até mesmo voltar atrás no que diz aspecto com alguns direitos obtidos ou seja como o neoliberalismo comprovou bem isso significa retirar. É preciso então iniciar uma discussão sobre estratégia, ou seja como que vamos conseguir arrancar todos estes  direitos mais do que justos e legítimos na qual a maioria da população formada pelos os trabalhadores e o povo pobre não tem.
Antes de mais nada, é impossível obter todos estes direitos democráticos  dentro do próprio sistema capitalista pois não caminhamos através de sistemas evolucionistas até a democracia plena e absoluta onde todos possam obter todos os direitos. Com isso não significa que deixaremos de lutar por eles, pois ele possui uma importância fundamentais e isto só coloca a necessidade de lutar por direitos concretos para os trabalhadores e o povo pobre na qual a burguesia não consegue corresponder pois atingiria diretamente os seus lucros. Temos que lutar e pensar estrategicamente e taticamente como iremos arrancar, declarando guerra a burguesia com uma estratégia para poder vencer.  Como diria Gramsci, pensamos na grande política, em grandes batalhas e objetivos para conseguir o que arrancaram e ir além.


25 de dez. de 2011

Uma discussão inicial e necessaria sobre a democracia

No mundo todo, a juventude junto com os trabalhadores estão questionando de forma ainda inicial e mesmo que ainda exista muita confusão o sistema capitalista e também o modelo de democracia burguesa existente considerado por muito como única e universal.  Com a crise capitalista que abre inúmeras contradições, desmascara um regime que em países como a Espanha um quarto da população formada pela sua grande maioria por jovens, não tem nenhuma perspectiva de arrumar emprego por conta do desemprego estrutural.
Após 30 anos, onde que a burguesia através do seu aparato ideológico nos colocou que o capitalismo tinha vencido e não se pode ter nenhuma mudança estrutural tentou apagar a palavra revolução na subjetividade dos explorados vê milhares reivindicando e lutando por mudanças estruturais e questionando a raiz de todos os problemas e males sociais no mundo todo. Em cada país como no Egito, no Chile, na Espanha, na Grécia e na Inglaterra com a sua especificidade se lutam questionando o lucro como a luta dos estudantes do Chile por uma educação gratuita e de qualidade, o fato de ter ‘’99 % que obedecem e 1% que mandam’’, a retirada  de direitos sociais e também a democracia ‘’universal’’ burguesa.
Com a primavera árabe, a luta contra a miséria, a fome e as contradições que o capitalismo impõe naquela região levantando uma revolta e um questionamento na Tunísia por conta de um vendedor de cachorro quente ter colocado fogo no seu próprio corpo porque o  Estado tinha confiscado o seu único meio de sobrevivência, a luta mais do que honesta contra os seus ditadores que massacram os trabalhadores e o povo que levantam qualquer questionamento contra o regime foi o estopim para centenas da juventude e do povo pobre começarem a refletir e começarem a reivindicar mudanças. Depois foi a Espanha tomando como exemplo a ocupação da Praça Tharir no Egito, ocupa ram a Praça de Madri e começaram a reivindicar como os indignados e a juventude sem medo.
Depois foi na Grécia que os trabalhadores junto com a juventude se levantam através de greves gerais, contra os ataques por conta da crise capitalista que está afetando os trabalhadores e o povo pobre e que se depender da burguesia estes ataques vão se  aprofundar cada vez mais, no país ‘’expoente’’ do neoliberalismo de Margaret, onde a juventude desempregada largada na mão do ‘’veredito do mercado’’ e da repressão policial colocam fogo em prédios de importância como o quartel do exercito e a juventude Chilena que se levantam e montam barricadas contra o modelo educacional de Pinochet reivindicando um direito básico e elementar que é a educa ão publica, gratuita de qualidade e para todos.
É impossível ser sectário com este sentimento que influencia a juventude do mundo inteiro e virar as costas para o que esta acontecendo, mesmo que também não podemos de modo algum embelezar o que está acontecendo no mundo como faz a LIT-QI  (Corrente internacional que o PSTU faz parte)  que nas quedas dos ditadores colocam como uma revolução vitoriosa das massas, mesmo que depois a realidade prova ao contrario.  Com certeza a realidade hoje obriga a fazer balanços ricos e valiosos que não iria caber neste texto mesmo sendo importante fazer, pois com certeza os exemplos mesmo com a suas debilidades vai servir de muito a classe operaria e o povo pobre a constituir uma estr atégia para poder derrubar este sistema de fome e miséria, assim como as lutas históricas deve cumprir este papel nas lutas atuais.
Também não podemos cair na mistificação, confusão e fragmentação que a burguesia impõe para interpretar a realidade de uma maneira que não conseguir dar uma resposta radical aos novos tempos que se abrem. A discussão nesse sentido passam por interesses, interesses que são de classes, inconciliáveis e caso a burguesia queira de fato demonstrar o que está realmente acontecendo por conseqüência ela teria que cavar uma cova e enterrar ela mesma algo que uma classe conservadora que possui os meios de produção não teria a intenção de fazer.
Um dos questionamentos , dentre vários é sobre a questão do modelo atual de democracia, tido por muitos teóricos como universal (ela é única, nunca existiu um outro modelo de democracia na historia e nem vai existir). Estes milhares partem de um questionamento correto e justo, porém este questionamento tem que ser enxergado como um pressuposto e não como um fim estratégico. Questionam a democracia schumpeteriana que reduz o individuo apenas a votar durante quatro a quatro anos sem poder sequer mandar uma carta ao presidente questionando de determinados problemas concretos, pois esta grande maioria não pode comandar pois não existe capacidade para realizar tal tarefa e isto seria papel de uma minori a iluminada. Reivindicam a participação e o direito de ter voz e voto nas principais decisões que diz aspecto a sua vida, não que uma pequena minoria decidam por eles sem com que ‘’99% da população’’ nem saibam o que está de fato sendo discutido de fato. 
É de fato, quando alguém levanta algum questionamento ou partem para uma alguma ação mais radicalizada um dos argumentos mais famosos que utilizam é : ‘’Vocês não deveria pensar em fazer política, pois é algo que não é de sua competência por isso o seu único papel deveria ser estudar e trabalhar’’. De fato é bem complicado em se pensar democracia, quando pensamos que esse termo hoje significa uma meia dúzia de pessoas que sentam numa mesa e decidam quais são as medidas que irão tomar para o ‘’bem comum’’. (Termo que quando pensamos uma sociedade dividida em classes com interesses inconciliáveis se torna uma abstração).
Como disse acima, não podemos embelezar esse questionamento sem ver suas debilidade e a partir disso um balanço para ter uma estratégia para vencer e assim derrubar este sistema de fome e miséria. Quando pensamos em democracia temos que pensar em um determinado período histórico, ver se a democracia hoje é valida para outros períodos históricos como na Grécia que se fala também de democracia, o modo de produção, as relações entre as classes, democracia para qual classe e os autores que a pensaram historicamente.
Se a democracia hoje é pensada como uma pequena porção de representantes de diversos setores da burguesia sentaram num parlamento para decidir e por em pratica a sua política de dominação, é porque a sociedade é dividida em classe com interesses inconciliáveis e por isso o Estado é da classe dominante ou seja hoje ele é da burguesia. O fato de termos ‘’1% que manda e 99% que obedece’’ é porque temos uma divisão do trabalho onde uma pequena minoria parasitaria  é dona dos meios de produção roubando assim da riqueza daqueles que é alienados dos meios de produção que produzem a riqueza porém só ganha um salário de fome.
Para isto, primeiro a estratégia tem que ser pensada sobre o prisma da independência de classe ou seja que o proletariado e o povo pobre tem interesses opostos e inconciliáveis com a burguesia e vice e versa, por isso qualquer ação deve ser pensada através deste prisma. Temos que combater o fato de que a burguesia compra os seus parlamentares, ou até mesmo os parlamentares fazem parte de uma classe que é a classe burguesa. Por isso que estes dizem representantes da ‘’nação e do bem comum’’,  pois querem legitimar seus interesses como se fossem os interesses de ‘’todos’’ e por isso decidem a política de Estado atrás dos panos sem com que a ma ioria da sociedade formada por trabalhadores e o povo pobre saibam o que está sendo debatido pois o individuo fala em nome do outro sendo que tem interesses opostos e que não podem ser jamais conciliados ao seus.
Os homens não fazem a historia como querem e sim pelas circunstancias herdada pelo passado, ou seja assim como a burguesia fez apagar na memória dos trabalhadores e do povo pobre a palavra revolução, disse que não era mais necessário a organização para reivindicar os nossos direitos legítimos é a mesma que fez apagar na memória qualquer ação que tenha como principio a independência de classe. Pensar numa democracia que o trabalhador e não cumpra um papel apenas de voto e sim que eles tenham um poder de voz e voto sem questionar a sociedade dividida em classe lutando pela  abolição destas classes e partir do pressuposto que para conseguir este objetivo estratégico é necessario a tomada do Estado burguês, é achar que o trabalhador e o burguês estão em pé de igualdade e assim ignorar que o dono dos meios de produção possa comprar um parlamentar e mudar uma situação ao seu favor, sendo que um trabalhador só tem a sua mão de obra para a sua sobrevivência.
O único meio de conquistar a democracia operaria, a democracia que represente de fato os oprimidos e que eles possam decidir o rumo de suas vidas é somente através da guerra contra a burguesia e impor a nossa vontade. Somente deste modo iremos arrancar este direito, assim como o direito ao trabalho, a educação publica, gratuita e de qualidade e muitos outros que nos é negado e retirado pela classe dominante que não tem nada a oferecer para a sociedade, somente fome, miséria, morte e violência.
Polêmica com o PT e o PC do B : A democracia no Brasil cresce e amadurece?
Muitos teóricos do atual governo, parlamentares ou defensores de tal mantém uma postura evolucionista e gradualista em que a democracia hoje com o governo do PT estaria evoluindo e caminhando para a democracia plena e pior muitos ainda confirmam a pleno pulmões que o Brasil estaria caminhando para a democracia ''participativa'' onde supostamente através de dentro da ordem podera - se ter participação popular e todos poderiam  decidir  os rumos politicos do Brasil comentando assim um crime duplo : De um lado mantendo uma ilusão de que como citei antes nesse texto, que os trabalhadores e o povo pobre e a burguesia irão participar em condições de pé de igualdade e que é possivel obter transformações profundas atraves de mudanças graduais por dentro da ordem (importante deixar bem claro que reivindicar a democracia participativa não é algo que mude a sociedade radicalmente).  É normal ver muito malabarismo sofista para poder legitimar os interesses da burguesia, na qual o PT e o PC do B administram através do Estado porém com os novos tempos que se abrem, temos que declarar guerra contra esta visão e principalmente aqueles que defendem os interesses da burguesia utilizando destes argum entos.
O governo Lula durante o seu primeiro mandato, deu continuidade em muitas políticas do FHC principalmente aquelas que atingiram os direitos trabalhistas que foi sumariamente retirados pelo neoliberalismo e outros como a reforma da previdência e os ataques ao setor públicos visando a sua privatização. Caberia perguntar aos governistas, que democracia é essa que retira direitos sociais legítimos e elementares dos trabalhadores e do povo pobre? Ao retirar estes direitos o governo do PT cumpre um papel reacionário, e ainda é mais reacionários que estes mesmos falem em democracia sendo que este modo de regime existe como é hoje, porque mesmo que sendo freados pela suas direções existiram lutas ou seja quando os governistas reivindicam que a democracia está sendo consolidada estes querem que os trabalhadores esqueçam de suas lutas e para quem está administrando os interesses do Estado burguês é muito cômodo, vantajoso se utilizar destes discursos sofistas.
Sob o ponto de vista da Luta de Classes é que o bicho pega contra os governistas e aqueles que defendem o PT e o PC do B. O ‘’projeto de país que avança’’ do governo Lula é marcado por fortes contradições e sustentado por trabalho precário como demonstrou os trabalhadores de Jirau que se rebelaram contra as péssimas condições de trabalho que lhe era impostas. Lula soube frear muito bem a luta de classes com os chamados ‘’programas de inclusão social’’ e através das burocracias sindicais e estudantis assim escondendo as contradições dentro da sociedade e mostrando a visão do ‘’Brasil potência’’. Porém caberia perguntar para estes governistas? Num momento de crise e de a cirramento da Luta de Classes com o governo Dilma, qual vai ser a resposta? Não vamos manter nenhuma ilusão perante isso, vai ser a repressão na qual a burguesia reacionária brasileira está acostumada. Vale lembrar que enquanto os governistas falam em democracia consolidada no Brasil, os índios da tribo Kaiowa são exterminados, há 73 presos políticos da USP e os estudantes da UNIR são ameaçados de morte pelo governo PMDB principal aliado de Dilma.
Caberia a perguntar aos governistas, qual seria a posição deles em relação a ter muitos deputados, senadores que apoiavam a ditadura militar tendo livre transito nos corredores do planalto central. Seria porque houve um pacto geral e irrestrito que anistiou os torturadores que participou da transição lenta, gradual e pacifica da ditadura a democracia burguesa? Ou porque o PT e o PC do B ter tido na pratica como eixo estratégico a luta pela democracia burguesa, ter participado da direitas já e mesmo ter sido contra ao inicio, ter assinado a constituição burguesa de 1988 como estes mesmos afirmavam na época. Ou seja a democracia consolidada que os governistas reivindicam, ainda tem fortes traços de continuidade da ditadura militar o que torna criminoso aqueles que falam que a democracia já esta consolidada.
Uma afronta aqueles que lutaram e morreram na luta contra a ditadura militar, sendo que muitos destes foram na época militantes honestos destes partidos que apesar das estratégias muitas das vezes equivocadas como no caso da guerrilha, merecem ser lembrados. Foi um tapa na cara do operário combativo do ABC que parou a fabrica que trabalhava para lutar contra a ditadura militar. Esta foi uma experiência importante da classe operaria e que merecem seu balanço e que demonstra a necessidade de construir um partido revolucionário e operário internacionalista.
A mascara dos governistas literalmente cai, quando os governistas se esquecem ou faz questão de não mencionar para esconder de propósitos os seus interesses quando há uma profunda repressão sistemática contra o povo pobre e negro nos morros para assim obter mão de obra barata e precária e ‘’mantendo no lugar onde é para estes ficarem’’. Esta é a política da Dilma e foi do Lula ao instalar as UPP no Rio de Janeiro e querem expandir ao resto do país, demonstrando qual é a postura histórica da burguesia Brasileira perante os negros. Isto seria um fator ‘’democrático’’ que os governistas reivindicam tanto?.
O governo Lula no período de crescimento econômico, fez com que os trabalhadores e o povo pobre tivessem a ilusão de que apenas com o crescimento econômico se poderiam conseguir direitos. Contra esta farsa que está com seus dias contados quando a crise capitalista chegar no Brasil, temos que lutar por um programa revolucionário que corresponda todas necessidades reais e concretas do povo pobre e que se contraponha veementemente ao este projeto de pais e a única maneira que podemos fazer isso é lutando e tendo como exemplo as lutas históricas e deste novo período.

2 de dez. de 2011

Algumas reflexões sobre a questão da educação

Com a greve dos professores estaduais de mais 10 estados, com a ocupações de reitoria de diversas universidades do Brasil e a greve da USP e da UNIR abre a chave de uma discussão mais do que fundamental sobre a situação da  educação no Brasil inteiro.  Enquanto todos os setores da sociedade, indo dos diversos setores da burguesia até a setores organizado do proletariado que discutem na sua determinada maneira o problema da educação e por isso cabe necessária fazer a discussão da educação tendo uma posição clara para dar uma resposta a esta realidade que atinge milhões de jovens, principalmente os filhos do trabalhadores.
O desenvolvimento das forças produtivas chegou a um determinado nível de desenvolvimento, onde que junto que se abre uma forte contradição dentro da sociedade. Em outras palavras estamos falando da reestruturação produtiva capitalista onde flexibilizou as relações de trabalho, onde que o capital ganha um extrema força em relação ao trabalho, do desemprego estrutural, da retirada de direitos sociais e da privatização de empresas.  Surge  para o senso comum a idéia de que o setor privado seria mais eficiente do que o setor publico na qual o ultimo seria altamente burocratizado, fonte de privilégios e de desperdício.  Para resolver a questão da educação para setores da burguesia que tem como porta voz a revista Veja, seria necessário privatizar as escolas, demitindo professores e tornando um ensino mais técnico ou seja este tem que estar atrelado cada vez mais ao capital.
Estas políticas resultaram num ensino totalmente precário, onde temos desde uma péssima condição estrutural nas maiorias da escolas onde em determinados lugares do Brasil temos escolas sem teto, uma mesma sala com varias series até na intensificação do trabalho para os professores, impondo que estes peguem varias aulas aumentando a sua jornada junto a ter que preparar as suas aulas gastando seu tempo livre.  Para esta mesma Veja, é necessário cortar gastos e os professores são fruto deste desperdícios nas escolas ou seja para resolver esta questão de acordo com a revista porta voz da burguesia é necessário demitir uma massa de professores levando assim a intensificação do trabalho daqueles que praticam a sua profissão.
Vale a pena lembrar que é esta mesma Veja, que coloca os alunos da USP que ocuparam a reitoria como ‘’vândalos’’ privilegiados e que estes estão lutando por querem privilégios para fumar maconha.  Neste sentido caberia lembrar que a sociedade mediada pelo capital é marcada por fortes contradições, ou seja refletindo o fato de que enquanto um filho do trabalhador encontra uma situação caótica na educação publica, um estudante que possui condição um pouco melhor e consegue pagar uma escola privada vai estar mais preparado por conseqüência do que o filho de um trabalhador. Estes mesmos setores possui o mesmo direito de poder ter uma educação gratuita, publica e de qualidade porém são os trabalhadores, os seus filhos que são excluídos deste direito.
Os trabalhadores são aqueles que produzem a riqueza, porém recebe a miséria. São aqueles que produzem concretamente material da sociedade, porém são os mesmos que tem seu trabalho alienado pois não controla o que produzido.  Como são os trabalhadores que produzem,  é um direito que estes terem acesso a vida ‘’espiritual’ e a controlarem significando que o conhecimento que é produzido tem que estar a serviço dos trabalhadores e do povo pobre e não do Capital e isto é algo que a Veja não quer pois justamente defende uma universidade a serviço do capital e quer conservar a ordem da maneira como ela,  assim impedindo que estes tenham acesso a educação e que continuem sendo explorado gerando assim mais valia para a burguesia na qual representam.
Importante colocar que por trás da ideologia burguesa de esconder as contradições,  tendo base a tese de que somos todos iguais então temos condições de competir igualmente um com o outro existe enormes contradições, principalmente hoje quando há um enorme avanços da forças produtivas.  O crescimento econômico na qual foi uma das marcas do governo Lula foi sustentado através destas contradições e do trabalho precário, ou seja é este mesmo governo que colocou uma idéia falsa de que com o crescimento econômico ficaria mais fácil para esta ampla camada terem acesso a uma universidade e assim poder ter uma ascensão.  A resposta do governo Lula foi políticas  que significou investimento  nas universidades privadas e precárias, para que um setor pequeno tenham acesso ao estudo porém estas universidades tem como objetivo criar mão de obra barata e precária para dar continuidade ao seu ‘’projeto de pais’’ sustentado sob bases de trabalho precário.
Ou seja a competição, a concorrência, o individualismo, o cada um por si um dos pilares que move o sistema capitalista se reflete no âmbito escolar assim como reflete em outras esferas da vida.  Ou seja como temos o  objetivo estratégico de superar o capitalismo, temos como obrigação combater desde já o pensamento burguês o que necessariamente passa por um combate contra a competitividade, a concorrência, o individualismo e o cada um por si ligando com a luta de mudar a base de produção e por conseqüência um novo pensamento que esteja ligado a esta nova base de produção.  É um objetivo estratégico que não propõe a corrente de pensamento de concorda que exista contradições dentro deste processo, porém acreditam na utopia de  que é possível conseguir através de políticas de Estado condições iguais para que concorram entre si. Esta contradição e desigualdade é produzida pelo próprio sistema capitalista, ou seja se não lutarmos para ter como objetivo romper pela raiz com o este sistema de fome miséria
A burguesia vale bem lembrar esconde estas contradições, colocando o grave problema estrutural em que vive as escolas e universidade como algo que apenas precisa melhorado, porém de fato estes problemas são pelo fato de que a universidade e as escolas estão a serviço do capital. Temos que lutar contra este projeto, se contrapondo ao projeto de universidade dos trabalhadores e do povo oprimido que é o único que responde as necessidades da maioria da população e pode por um fim ao caos que vive a educação no país.

O investimento que o governo Lula em áreas como a educação foi menos de 6%, pois a maioria do orçamento que vai para pagar dividas. Porém estes 6% não é investido na educação publica e sim no setor privado para a educação justamente para gerar mão de obra precária e barata para o grande capital.  É necessário se contrapor as demandas deste ‘’projeto de país’’, por demandas concretas como o Fim do vestibular, estatização das universidades privadas, expropriar os tubarões de ensino sem indenização, abertura do livros de contas das universidades assim como coloque como pauta o não sucateamento do ensino publico, que se oponha veementemente contra a super exploração dos professores e trabalhadores juntando efetivos, temporários, terceirizados, estagiários e substitutos.
Frente a isso seria obrigação da ANEL e da CSP CONLUTAS realizar um encontro nacional com estes setores em luta, defendendo cada reivindicação especifica e estas questões que unam estes setores em luta por uma campanha nacional que tenha estes eixos políticos. Porém tanto o PSTU que é setor majoritário da ANEL e da CONLUTAS, tanto a Esquerda da UNE que tem setor majoritários as correntes internas do PSOL, se delimitaram numa campanha pelo 10% do PIB marcando um plebiscito em novembro alheio a estes processos de luta sobre a questão da educação fazendo com os lutadores daquele período vissem navios.
São estes mesmos que supostamente estão preocupado em criticar o governo do PT, a burocracia sindical e a burocracia estudantil encarnada na UNE porém não fazem nada para se contrapor a estes setores tanto é que o PC do B estão encampando a campanha pelos 10% do PIB para a educação. Para combater as demandas do ‘’projeto de país’’ é necessário uma alternativa revolucionaria que tenha demandas reais e concretas que corresponda a necessidade dos trabalhadores e do povo pobre, porém com a política de realizar o plebiscito pelos 10% da educação isto não acontece, até porque tanto reitores como Dirceu de Mello e o futuro candidato do PT a prefeitura de São Paulo declaram favoráveis aos 10% do PIB.
É correto dizer que é necessário combater a burocracia estudantil, como os estudantes mais combativos chilenos que só querem uma educação gratuita e de qualidade fazem contra a burocracia encarnada no Partido Comunista Chileno e na Camila Vallejo. O ‘’projeto de país’’ do governo Lula refletem nas universidades e nas escolas e a UNE é correia que transmissão para legitimar os interesses da burguesia dentro dos estudantes, ou seja com a mesma  política dos 10 % do PIB para a educação e muito menos se ligando com o PSOL e se constituindo como uma nova burocracia estudantil na USP, traindo os estudantes para conseguir o DCE que o PSTU vai combater de fato a UNE.


29 de nov. de 2011

Sobre a segurança e o papel da policia



A mobilização dos estudantes da USP está provocou um debate na sociedade  sobre a questão da segurança e qual é o papel da policia militar. A importância do debate é fundamental, pois é mais do que necessário responder problemas que são concretos na sociedade brasileiro e como responderemos estes problemas e quem pode resolver. É importante colocar que como toda analise não é neutra e perante esta questão, a importância de ter um posicionamento bem claro e desmistificar o senso comum presente na qual tem respostas conservadora preservando problemas que existem na sociedade brasileira como a questão da segurança e a questão das forças repressivas do Estado burguês.

A grande polêmica em torno da luta dos estudantes da USP é que a policia tem que estar presente na universidade ou se ela tem que ser retirada de lá. Aos que defendem que a policia militar está na USP para fazer a segurança dos estudantes, pois depois que o estudante da FEA foi assassinado e até mesmo antes a USP era insegura e outros defendem que a policia está presente na USP para reprimir estudantes, professores e funcionários que se mobilizam contra o modelo de universidade e o projeto privatista do Rodas. Dentro desta questão eu fico com aqueles que acham a policia militar, assim como a guarda de segurança está a serviço de proteger o projeto privatista de Rodas que visa atrelar mais a universidade com o capital.

A existência do Estado é fruto da sociedade dividida em classes, cujo os interesses são inconciliáveis cumprindo a função de preservar a sociedade. Ou seja o Estado sempre vai pertencer a uma classe dominante que vai exercer a sua função de dominação contra uma outra classe. A cada período histórico, o Estado pertenceu a uma classe dominante e hoje o Estado pertence a burguesia. Dentro desse Estado existe um corpo burocrático que está a serviço da burguesia e dentro desse corpo está o aparato repressivo do Estado. Ou seja a policia militar, assim como outros setores da policia assim como exercito são as armas do Estado burguês que é utilizada a serviço para reprimir e frear a luta dos dominados.

De acordo com John Locke, o Estado tinha como obrigação de defender direitos naturais do homem e dentro destes direitos naturais estaria o direito de propriedade do homem. Uma delegacia da policia militar de Cruzeiro, tem uma placa escrita que o Estado tem como obrigação em defender a ‘’integridade’’ do individuo relembrando o autor inglês liberal. Historicamente quando a burguesia era revolucionaria, ela tinha como objetivo de romper os privilégios da classe dominante do antigo regime para substituir pelos seus. Ou seja desde do termo  ‘’liberdade (de comercio), igualdade (ambos são iguais para competição) e fraternidade’’ até a concepção de propriedade que Locke cumpre um papel de legitimar os interesses da burguesia fazendo com que ela se constitua como classe dominante (inclusive no âmbito jurídico e ideológico) para poder legitimar a sua dominação.

O aparato repressivo do Estado, para ser legitimado perante a classe trabalhadora e o povo pobre teria uma suposta função a cumprir na sociedade. Se apoiando na miséria e nas contradições reais na sociedade mediada pelo capital, o aparato repressivo do Estado utilizando de discursos ideológico de que o homem é mesquinho, ruim, egoísta e que é necessário proteger a vida e integridade das pessoas o aparato repressivo ganha legitimidade e função, sendo supostamente o papel que ela tem que cumprir encobrindo assim o sua verdadeira função em atuar sempre em defesa aos interesses da classe dominante burguesa e da sua dominação de classe. De acordo com o senso comum, a policia serviria para prender e até matar ‘’bandidos e marginais’ que ameaçam a integridade da família de bem.

Se partimos do raciocínio mecânico de que a violência existe e a policia também, é que cada vez que a policia atua a violência não acaba mas piora, poderíamos chegar no pressuposto de que a policia não serve para acabar com o problema da violência. É correto achar que é necessário resolver tal questão pela raiz, mas como questão social é tratado como caso de policia a analise é meramente deslegitimada pela ideologia burguesa que não tem interesse e nem pode resolver esta questão pela raiz. A sociedade capitalista burguesa é marcada por enormes contradições, pois enquanto temos uma minoria que se utiliza desta riqueza, temos uma maioria que produz ela mas ganha somente um salário miserável para ela poder continuar reproduzindo a sua vida para o capitalismo continuar tendo o seu c aminho. Para além disso temos um exercito industrial de reserva, que hoje se converte num problema de desemprego estrutural onde pessoas não tem nenhuma chances de ser explorado. Lembrando que quando o proletariado vende a sua força de trabalha, ele se aliena ou seja o que produz não lhe pertence e passam a coisificar o que é produzido e as pessoas. Junta esta condição objetiva, com a subjetiva de que quando alguém não tem o mínimo de condição de sobrevivência (ou absolutamente nada) e começa a ter desanimo, sem alternativas e dai surge o que o senso comum denomina de criminoso.

A burguesia para legitimar que problema social é caso de policia, utiliza –se do imediatismo para legitimar a repressão. O que passa valer é o seguinte pensamento :  ‘’O problema da violência pode até ter suas raízes estruturais, porém a emancipação humana eqüidistante e enquanto falo de um sistema justo, alguém pode me assaltar ou me roubar’’. É desafio daqueles que se reivindicam de esquerda se contrapor ao imediatismo, como isso é necessário lutar e se organizar por demandas democrática desde redução da jornada de trabalho sem reduzir o salário para que todos trabalhem, um plano de obras que contem casas, escolas e hospitais sob o controle de sindicatos e organizações popula res, onde que as pessoas tem o direito de se tratar psicologicamente combatendo a concepção de que ‘’ela precisa reintegrar ao sistema’’ e que a culpa é individual pois o individuo possui algum tipo de patologia, pois existe o problema é culpa deste sistema de fome e miséria e tem que ser publico, gratuito e de qualidade onde seja financiando sobre a expropriação dos principais monopólios que querem conservar o problema da violência na qual a juventude e os trabalhadores tem que viver dia – a – dia e educação gratuita, de qualidade e para todos ligando com a perspectiva da abolição da sociedade de classes. Sem condição de vida material e digna para sobrevivência se torna impossível assim conseguir acabar com o problema da violência em qualquer lugar do mundo

A USP reproduz estas contradições, quando exclui a população pobre de poder ter o direito de estudar e usar suas instituições e muito menos de poder estudar dentro dela. A grande maioria dos trabalhadores terceirizados da USP, moram nas favelas do lado da universidade que são cercadas através de muros e são  constantemente reprimidos para assim garantir de mão de obra barata para a universidade e em outros lugares (como ocorreu na morte de Cicera, trabalhadora terceirizada da São Remo)  pela mesma policia que supostamente está na USP para fazer a segurança da universidade. A USP elitista exclui a maioria da população pobre, onde que estes enxergam a universidade como uma bolha alheia a realidade do povo p obre, pois é a universidade onde menos 1% da população pode entrar nela para poder estudar.

O Estado burguês e a policia são pilares que mantêm estes sistema de fome e miséria, sendo assim da manutenção das desigualdades estruturais fruto do sistema capitalista ou seja são totalmente incapazes de responder o problema da violência, pois como iremos pensar esta questão sendo que é o mesmo Estado que tem políticas que visam o desemprego estrutural onde indivíduos tem a mínima condição para voltar a ser explorados. O mesmo Rodas que pretende militarizar a USP é o mesmo que está demitindo 270 funcionários, implementando o PROADE causando mais demissões, terceirizando postos de trabalho causando inúmeros acidentes de trabalho como a morte de José Ferreira (trabalhador de 21 anos de idade), que morreu ao despencar de um prédio  ou outros acidentes de trabalho ocorridos e para os estudantes e trabalhadores que perseguidos por lutar contra o modelo atual de universidade.

Desde a concepção sobre a policia a demanda elitista de uma segurança treinada em direitos humanos: Uma polêmica com o PSTU e o PSOL

O PSTU e o PSOL desde o inicio, tem dado como eixo na mobilização dos estudantes da USP,  uma segurança capacitada em direitos humanos com nenhum questionamento de estrutura de poder da universidade. Enquanto estes setores fazem erradamente esta discussão da segurança, existem 73 presos políticos por conta da ultima ocupação de reitoria recebendo inquérito policial por conta da ultima ocupação de reitoria que foi desocupada por mais de 400 policiais. Alckmin e Rodas pretende punir estes lutadores para servir como exemplo para que não tenha mobilizações como esta, pois só assim irão conseguir implementar o projeto privatista que visam tanto a USP e para outras universidades. Lembrando também que se os 73 presos políticos forem punidos, o que será do MST, do movimento sem teto, dos índios Kaiowa que sofrem uma repressão muito maior do Estado burguês. Estas correntes tem que ter a obrigação política em entender tal situação e ter uma políticas  para esta questão.

Esta política do PSOL e do PSTU visam as eleições do DCE – USP ano que vem e a concepção de organizações que estes partidos tem. Para estes é necessário ganhar o máximo de Centros Acadêmicos, Sindicatos, DCE’S, DA possíveis e para isso rebaixam a sua política para não se chocar com a consciência dos trabalhadores e o povo pobre. Estes não possuem nenhuma concepção de preparação para momentos revolucionários, sendo que em momentos de possibilidade históricas para a revolução socialistas conseqüentemente irão dar um giro aventureiro e colocar todo seu aparato mais a ‘’esquerda’’.
Encontramos uma serie de problemas quando o PSTU e o PSOL reivindicam uma segurança capacitada em direitos humanos. O primeiro grande problema é que se trata de uma demanda elitista, pois reforça a lógica de que ‘’não querer que as pessoas da cidade baixa freqüentando o mesmo lugar que eu freqüento’’ excluindo os trabalhadores e o povo pobre de terem o seu direito de poder estudar. É importante colocar que essa lógica é eleitoreira, pois tem como objetivo destas organizações não se chocarem com a subjetividade estudantil para assim garantir os seus aparatos para o ano que vem, lembrando sempre que no ano que vem haverá eleições para o DCE da USP e está tendo as eleições para os centros acadêmicos como no CEUPS.
Para além disso, sabemos que a universidade hoje está voltado aos interesses do capital ou seja está a serviço da burguesia.  A segurança faz parte do corpo burocrático da universidade e como corpo burocrático está a serviço desta estrutura de universidade, onde temos que ter como objetivo estratégico de destruir a estrutura de universidade atual e implementar uma nova que esteja a serviço dos trabalhadores  e do pobre.  Mas como o PSTU tem costume de separar as demandas táticas da estratégica,  a organização se torna totalmente débil em lutar por uma universidade que se ja aberta para todos e que esteja a serviço dos trabalhadores e o povo pobre,  na qual a universidade que está a serviço do capital exclui.

Sobre o caráter da policia.
A nossa luta tem que estar ligada pela anulação dos inquéritos dos 73 presos políticos da USP, porém tem uma discussão dentro da esquerda que se torna necessária com a USP mas principalmente com o provável acirramento da luta de classes no Brasil futuro e como vamos enfrentar o ‘’projeto de país’’ que tem justamente  um dos seus pilares na repressão.  O PSOL através do candidato Marcelo Freixo apóia diretamente a instalação das UPP’S no Rio de Janeiro como uma policia mais ‘’humana’’ e o PSTU acredita que as greves e as demandas de policiais e bombeiros (parte do aparato repressivo do Estado) são progressistas.
Importante relembrar que a mobilização dos estudantes questionam indiretamente o ‘’projeto de país’’ que utiliza a repressão nos morros para conseguir mão de obra barata. Para além dos muros da USP, como iremos responder a realidade do povo pobre dos morros que são constantemente humilhados e assassinado pela policia? Como vamos impedir que mais Ciceras morram para conseguir mão de obra barata e precária?  No momento de crise econômica como iremos enfrentar a repressão? Para responder estas e outras é preciso ter uma caracterização e uma política correta e por isso abre a necessidade de novamente voltar nesta questão.
O PSOL tendo a frente o deputado Marcelo Freixo, defende a instalação das UPP nos morros do Rio de Janeiro como supostamente ser uma policia ‘’mais humana’’ diferente dos que são as policias militares e o BOPE no Rio de Janeiro.  Porém  a realidade é mãe da verdade e esta mesma UPP que o PSOL  e o deputado Freixo defende é a mesma que UPP que massacra também a população pobre no Rio fazendo com que ela tivesse uma experiência dolorosa e clara : A UPP é igual como outra policia qualquer e prova disso é que enquanto Freixo pedia mais UPP, a população dos morros cariocas pedia pela retirada das UPP.
O grande problema é que desde a Veja, o governador do Rio junto com a Dilma defende a instalação das UPP nos morros do Rio de Janeiro e mais como parte do projeto de pais nos morros do Brasil inteiro.  Ou seja a burguesia viu que é um projeto eficiente e que ela vai ser beneficiada, porém cabe perguntar ao PSOL se a burguesia tem interesses opostos e inconciliáveis do proletariado se não é criminoso apoiar um mesmo projeto onde estes setores da burguesia também apoiam
O apoio do PSOL as UPP alimenta a ilusão de que a policia existe para defender a sociedade e caso existe algum erro na policia, é algo particular e que precisa ser apenas reformado.  A política do PSOL e do Marcelo Freixo vai ao contrario do  papel dos revolucionários, pois uma das tarefas para a esquerda revolucionaria é fazer com que os trabalhadores percam a ilusão no aparato repressivo do Estado, pois ele está a serviço da burguesia para manter as contradições de classe sendo assim mantendo a fome e a miséria.
Outra visão da qual temos que combater é a visão do PSTU com o seu apoio a greve de policias e a necessidade de uma policia eleita. Ou seja para o PSTU, quando os policiais reivindicam melhores salários ou até mesmo melhores condições de trabalho como ocorreu no motim dos bombeiros no Rio de Janeiro, é uma demanda progressista que vai contra aos interesses da burguesia e não seguindo a tradição da comuna de paris, o PSTU pede que os delegados policiais sejam eleitos através da fabrica e dos bairros operários e populares.
O PSTU tem acordo que a policia faz parte do corpo burocrático do Estado burguês e com isso está a serviço de defender a propriedade privada, mas porém entra em contradição pois quando afirmam que os policiais são membros da classe trabalhadora ‘’os trabalhadores da segurança’’. A policia como parte do aparato burocrático do Estado, ela vai estar a serviço dos interesses da burguesia para manter a divisão de classe dentro da sociedade ou seja desde ai ela não pode ser considerada membro da classe trabalhadora mesmo que com o advento do neoliberalismo, os policiais ganhem baixos salários e tenham condições de trabalho precárias em alguns casos. Porém é necessário analisar em longo prazo, pois num momento de acirramento da luta de classes a burguesia precisa investir no aparato repressivo do Estado burguês para poder reprimir os trabalhadores e o povo pobre.
Ou seja em longo prazo, para a burguesia é maravilhoso que se invista na policia aumentando os seus salários (afinal quem não exerce melhor a sua função) e melhores condições de trabalho (com melhores armas, a policia pode reprimir melhor). No motim dos bombeiros onde o PSTU reivindicou a PEC 300 que visava aumentar tanto o salario dos bombeiros e policiais para mais de 3000 reais, teve apoio de figuras como o meganha e do Filho do Bolsonaro, onde que através da CONLUTAS e da ANEL procurou dialogar com o Dieclo do PRTB. Caberia fazer a seguinte pergunta para o PSTU, seria uma mera politica oportunista da burguesia ou porque estes enxergam como que a reivindicação da PEC 300 pode ser bom para a burguesia num futuro onde que a luta de classes se acirrar.
Temos acordo que a policia sobe o morro para reprimir e matar a população pobre e negra para conseguir mão de obra e precária e manter a ‘’ordem’’ e não para ‘’combater o trafico’’ ou para ‘’poder acabar com a violência ‘’ (uma vez que a policia é violenta). Esta mesma população pobre e negra que um dia vai se voltar contra a policia por conta de tanta opressão que estes sofrem, por isso temos que reivindicar uma estratégia que tenha independência de classe e para isso temos que retornar a comuna de paris quando os comunnards aboliram o aparato repressivo do Estado e não reivindicar melhores condições de repressão para a policia pois só vai desarmar estes que são oprimidos diariamente pela policia. Tanto é que logo após a greve dos Bombeiros, este mesmos invadiram o morro da mangueira junto com a policia.
Por fim vale esclarecer que a função do policial é reprimir os trabalhadores e o povo pobre, o seu instrumento de trabalho é o cassetete e a arma. Como podemos colocar que o trabalho constitui a materialidade do homem (partindo que a realidade concreta determina a existência e a subjetividade do individuo) ou seja ao contrario de um trabalhador da construção que produz casas, do metalúrgico da automobilística que faz o carro a policia reprimi e esta realidade portanto faz com que ela  seja reacionária tanto em sua pratica, tanto na sua subjetividade (ao contrario do que diz o PSTU, que quando a policia atua ela não sabe o que está fazendo). Sabemos que há uma crise de desemprego estrutural fazendo com que muitos indivíduos que não tem emprego, tentam procurar uma chance de trabalho na policia porém a CSP – CONLUTAS central sindical dirigida pelo PSTU deveria fazer uma ampla campanha pela redução da jornada de trabalho, sem reduzir o salario para que todos possam trabalhar pois só assim iremos combater o fato de que o trabalhador que entre para policia, deixa de ser trabalhador e passa a integrar as fileiras do Estado burguês.