11 de jan. de 2012

O questionamento da luta dos estudantes da USP para fora dos muros da universidade


 Os 73 presos políticos da USP ganhou repercussão nacional, tanto é que a Globo News já classifica tal fato político como um dos mais importantes de 2011. Tal eixo só demonstra a necessidade de defender tais presos políticos com uma campanha internacional, que ao contrario que dizem desde o PSTU a Liga Comunista (com suas respectivas diferenças)  não é uma política defensiva e sim como parte de defender o movimento de estudantes que vão entrar 2012 em greve porém é defender também  os moradores do Pinheirinhos que estão sendo ameaçados de reintegração de posse e se depender da postura de Eduardo Cury haverá um banho de sangue por conta da repressão policial que haverá contra os Moradores.
Um movimento assim como numa Guerra, possui recuos, refluxos e reencontros como parte do caminho que temos que percorrer para alcançar nossos objetivos estratégicos. Temos e é obrigação de levar em consideração que quando termina uma batalha, o exercito tem suas perdas materiais, morais, cansaços, fadigas que precisam ser respondido ao dar novamente uma outra batalha contra o exercito inimigo. A ocupação da reitoria da USP foi importantíssima, pois enquanto PSTU e PSOL estavam dispostos de levar até o final a sua política eleitoreira que poderia ter custado o fim do movimento para assim não atrapalhar as eleições do DCE pois antes de mais questionou quem controla a universidade, foi método para demonstrar força a reitoria tanto que faz a reitoria colocar 400 policiais dentro da universidade ao mostrar que a situação ficou fora do controle e prender 73 estudantes mostrando que os estudantes podem confiar na suas próprias forças para expulsar a PM no campus e deu continuidade a luta pela retirada da policia militar na USP que teve como continuidade a greve estudantil. Contudo a prisão dos 73 estudantes da USP como resposta a ocupação de reitoria, é uma ataque que se concretizar vai ser uma perda material que a burguesia vai querer impor como resposta para que justamente se concretize numa perda moral colocando que se os estudantes se organizar estes vão ser punidos, assim retrocedendo a luta. O fator moral é principal para que um exercito vença a guerra e impor assim a sua vontade ao inimigo, por isso é necessário que o Rodas e Geraldo Alckmin puna os ‘’73 da USP’’.
Em contraposição, se existe um exercito que tem perdas materiais e morais numa batalha vai existir outro que terá um outro que vai sair com ganhos morais e materiais fazendo com que em próxima batalhas  estes saem fortalecidos. Ou seja, quem vai sair fortalecido caso os 73 presos políticos forem preso de fato vai ser a Burguesia, Rodas e o governador Geraldo Alckmin mostrando que se podem punir os estudantes da USP imaginam o que poderão com o movimento operário, sem terras e os sem tetos. Esta luta não é de modo maneira uma luta que é defensiva, sim deve ser dada para servir de exemplo para outros lutadores que lutam no Brasil inteiro e que vivem condições muito mais adversas dos estudantes da USP.
Uma grande lição.
A grande lição que a luta pela não punição dos 73 estudantes da USP, deixa uma grande lição para todos os lutadores que lutam contra a repressão. È necessário enfraquecer a burguesia e suas estruturas político- jurídica, realizando uma ampla campanha para fechar um caminho da burguesia que é a repressão (não mantendo nenhuma ilusão no Estado burguês) e impondo a burguesia os nossos objetivos. Nesse sentido a luta contra a repressão tem que ser dada não somente na USP, mas em lugares como o Pinheirinhos em São José dos Campos que estão sofrendo ameaças de reintegração de posse e podem como já previsto ter um banho de sangue na região por conta da truculência da Policia Militar e dentre outros lugares
Com o refluxo tradicional por conta da férias, o Rodas já coloca suas asas de fora expulsando seis estudantes com base em decretado da ditadura militar, fecha o espaço de DCE e a policia mostra a sua cara racista e machista ao espancar um negro e uma menina na USP assim como ela faz na cracolândia ao dar tiro de bala na boca de uma menina negra. Nesse mesmo sentido, temos que ter sempre em mente que a mesma burguesia através do REItor Rodas  que ataca a USP é a mesma que através de Eduardo Cury  está atacando o Pinheirinhos impondo que seja derramado sangue na região para a construção de um condomínio de luxo. Neste sentido a luta dos 73 presos políticos da USP ligando – se contra a repressão a luta de todos oprimidos e forjando setores que se colocam prontamente ao lado das lutas dos trabalhadores e do povo pobre, contra a repressão e pela defesa de suas demandas.
A Policia racista na USP é a mesma policia racista nos morros

A burguesia brasileira carrega dentro dela os resquícios e da escravidão, onde que ao substituir a mão da obra escrava pela mão de obra livre assalariada fez com que os negros sucumbisse perante a ‘’ordem competitiva’’ quando largou o negro ‘’a sua própria sorte’’ impondo condições de miséria aos ex – escravos e para justificar a situação do negros se sustentando no racismo para legitimar sua política de acumular cada vez mais. Se ‘’o Brasil Potência que avança’’ é sustentado por trabalho precário, a repressão policial  nos morros contra os negros assim cumprindo o seu objetivo para que isso aconteça impondo condições de vida precárias ao individuo. A burguesia brasileira que surgiu dos antigos senhores de escravos e como classe dominante se sustenta no racismo para poder acumular para  assim ‘’ficar cada vez mais ricas’’. A policia como defensora da propriedade privada e dos interesses da burguesia, defende com armas espancando e matando o povo negro.
O que ocorreu na USP mostra que a luta pela retirada da PM no campus não pode apenas se delimitar na USP e sim ecoar pelos quatros cantos nos morros, onde que a juventude negra é massacrada todos os dias pela a policia. Se na USP centro da pequena burguesia, a policia foi capaz de apontar uma arma na cara um dos poucos estudantes negros, imagina o que ela iria fazer caso este estudante negro estivesse lá. O Brasil ‘’que avança’’ é o pais que tem maior numero de auto de resistência (assassinados a queima roupa, a famosa lógica ‘’atira para depois saber quem’’). A realidade é mãe da verdade, o que demonstra que tal política é necessária para poder se enfrentar contra o ‘’projeto de pais’’.
Mas não precisamos ir até a Cracolândia ou num morro do Rio de Janeiro ou qualquer lugar do pais, embora seja necessário mas podemos ir até mesmo ao lado da USP na São Remo quando a mesma policia que está na universidade assassinou uma trabalhadora terceirizada da universidade. A Terceirização que sustenta o crescimento econômico, pois intensifica o trabalho com péssimas condições  materiais para trabalhar (acontecendo que , rebaixa os salários, jornadas altíssimas de trabalho) é um traço de continuação mostrando como mostra os dados e a realidade que um grande setor que ocupa estes postos de trabalho são negros, assim como é formado por mulheres e grandes setores da juventude.
Além de um estudante ser agredido pela a policia na USP, o caso de racismo não é exclusivamente na maior universidade da America Latina e sim reflete em outras universidades como na PUC onde um trabalhador negro estudante de Serviço Social, foi expulso de uma sala porque estava descansando após uma longa jornada de trabalho e todas universidades do Brasil. Isso mostra o caráter elitista, racista da universidade que exclui os trabalhadores e o povo pobre, pois o sistema capitalista  reserva a eles postos de trabalho cada vez mais precários e a única maneira que estes podem ‘’entrar’’ na universidade é através de uma empresa terceirizada. A mesma policia que agrediu Nicolas, vai na São Remo matar a Cícera e vai na Crocalândia atirar bala de borracha na boca de uma menina garante esta estrutura racista e elitista para os capitalistas.
Rodas, relembra da ditadura ... afinal ele nasceu nessa época
Rodas expulsa estudantes com base no decreto da ditadura militar, persegue estudantes e trabalhadores ameaçando de expulsão, chama reintegração de posse para o DCE e acaba como o Núcleo de Consciência Negra na qual a própria reitoria chamada de barracão,  numa tentativa de destruir espaços de organização dos estudantes, está num ataque  contra o SINTUSP  cujo o objetivo é destruir o sindicato dos trabalhadores pois de acordo com o próprio Rodas ‘’utiliza de métodos atrasados e pensa que estamos na ditadura militar’’ (de fato a estrutura de poder na USP é um resquício da ditadura militar). Este mesmo reitor, nasceu nos porões da ditadura período em que se torturava, perseguia e matava militantes como Olavo Hansen, Merlino e dentre outros como os guerrilheiros mortos no Araguaia, que foi juiz de defesa do Estado que matou o filho de Zuzu Angel. Com a anistia ampla, geral e irrestrita que anistiou os torturadores, os militares não foram punidos e muito deles ocupando cargos mostrando que a democracia burguesa tem traços da ditadura militar. Tal currículo do Rodas faz com que ele tenha ‘’competência’’ ao administrar uma universidade que esta a serviço do capital e um dos seus principais objetivos é declarar guerra permanentemente contra aqueles que se voltam contra o projeto privatista e elitista de ensino.
Se os grandes acontecimentos da  historia tem ocorrem duas vezes, uma vez considerado tragédia e outra farsa. Foi na época da ditadura militar em que se colocava policia na universidade para perseguir os estudantes que lutavam contra o regime autoritário, impedindo que este se organizassem como na USP causando a morte de Alexandre Vannuchi Leme que leva o nome do atual DCE, ou na PUC na invasão de 1977. Desde 2007 estamos vendo constantes invasões policias como na PUC e na FSA, na USP em 2009 e o acordo da REItoria USP com a ditadura militar, porém temos é mais necessário questionar os métodos que a policia usava na ditadura militar contra militantes (e que usam até hoje, como demonstrou a prisão dos 73 presos políticos onde uma militante foi espancada) usam contra os trabalhadores, o povo pobre e a juventude negra que morra nos morros.




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