29 de jul. de 2011

Vamos fazer na PUC, o que fizeram no egito

Praça Tharir : Egito


As contradições da PUC se refletem no dia-a-dia da universidade, crescendo cada vez mais, tornando a vida acadêmica dentro da universidade cada vez mais complicada. Por mais que a igreja queira colocar para a maioria da comunidade que ela tem que ter orgulho de ser PUC, os interesses dos bancos, da reitoria e da própria igreja são opostos e inconciliáveis aos interesses dos estudantes, professores e funcionários.
 Enquanto o reitor anda de motorista particular uma boa parte dos estudantes tem que vir de metrô lotado e cansados para aula, pois saíram do serviço. Enquanto existe uma burocracia acadêmica que ganha muito bem, os professores são maximizados e enquanto os bancos enriquecem com a dívida da PUC, os funcionários são terceirizados e os estudantes não conseguem pagar o seu curso ou não estão certos se vão terminá-lo devido a dívida que impede o aluno de continuar seus estudos.
 Essa minoria, alheia aos interesses da universidade, lucram resultando tais contradições. E, enquanto isso, há um total desprezo com os estudantes, com os funcionários e os professores. A cada estudante que sai do setor de negociação sem conseguir parcelar a sua dívida, a cada professor que acaba sua jornada cansado e cada funcionário terceirizado que come com as baratas há um sentimento de ódio e indignação à esta minoria que oprime a maioria da comunidade puquiana.
 Ainda dizem terem méritos por terem chegado aonde chegaram e dizem isso como se fosse algo natural, mas o “mérito” destes foi “ter crescido na vida” através do suor, sangue e exploração dos trabalhadores (justo aqueles que são excluídos da PUC pelo vestibular e a sua alta mensalidade). É um absurdo estes mesmos setores se colocarem como iguais aos setores explorados da universidade.
 Quando pregam para nós a todo e qualquer custo que precisamos ter orgulho de ser PUC ou quando falam que é um orgulho para todos a universidade ser considerada a segunda maior privada do país, só esconde tal dominação que aumenta cada vez mais as contradições dentro da universidade e faz a vida acadêmica cada vez mais difícil. É necessário ter indignação, raiva e ódio dos nossos opressores, pois são dignos apenas deste sentimento e é necessário mudar esta situação difícil tomando o exemplo dos egípcios, gregos e espanhóis que sonham com uma vida melhor e para isso lutam incansavelmente para conquistar tal objetivo.
Pátio da Cruz : PUC - SP
 O Texto será publicado em setembro no PUCViva (na 2 semana)

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