27 de dez. de 2011

Democracia e Crise Capitalista

Durante os 30 anos da restauração burguesa, foi marcado ideologicamente como a consolidação da democracia ‘’como valor universal’’ assim como foi supostamente consolidado a vitoria do capitalismo e o caminho para o progresso onde se alcançaria um bem comum. Esta visão teve como sustentação, a saída da burguesia que deu para crise de 70 como tentativa de recuperar suas taxas de lucros e assim voltar ao determinado crescimento econômico. Porém chegamos ao determinado nível do desenvolvimento do capitalismo, onde que o sistema se mostra totalmente degradado afetando a própria democracia burguesa que demonstra ter fortes contradições.

O liberalismo econômico por sua vez, foi dado pela burguesia como a única alternativa democrática em contraposição ao Stalinismo e ao Nazismo do século XX e assim supostamente este período teve  como marco o fim de regime totalitários.  Ou seja perante as polarizações tanto pela esquerda e tanto pela direita que existiram no século XX, a burguesia para ter uma taxa maior de lucro tentou se localizar perante o cenário que demonstrava somente a sua situação degradante.

Com a saída da burguesia perante a crise estrutural que existia na época, primeira coisa que ela vez foi esconder as contradições do próprio sistema fazendo passar uma visão de que estava tudo caminhando para o progresso numa escala evolutiva. Porém mesmo que a burguesia tentasse esconder estas contradições, elas de um certa maneira existem se materializando no desemprego estrutural que atinge e ameaça milhares de pessoas no mundo inteiro, o trabalho precário, na perdas de direitos e no constante rebaixamento de salários.

Como toda poeira quando muito acumulada, sempre aparece e não tem nenhum tapete que consegue esconder estas contradições na qual que a burguesia tentou escondeu se agravaram até uma maneira que estas se estourasse e mostrasse bem claramente quando grandes setores de trabalhadores e do povo pobre já começam a se levantar.  Se em momento de crescimento econômico, a burguesia consegue a sua maneira sustentar a democracia burguesa em momentos de crise econômica ela já começam a descartar a democracia burguesia e para manter a propriedade privada e seus lucros pensam até em regimes totalitários. O que vale é a lógica de um autor liberal que disse preferir manter o liberalismo econômico, em vez da democracia.

Como toda democracia burguesa num estagio de degradação, temos claros sinais em que a burguesia não é capaz de esconder que existe degradação atrás de tanto progresso. Um dos claros sinais é a maneira repressiva que nas suas respectivas particularidade,  ela no mundo inteiro  vem tratando tanto os movimentos de trabalhadores e populares, o uso da força policial para poder dar uma resposta a questão da pobreza cujo o objetivo é sustentar os seus lucros.

Tais contradições que no período de restauração burguesa já eram frágeis, com a crise elas já estouraram fazendo com que os trabalhadores, a juventude e o povo pobre de acordo com a dinâmica de cada particularidade se levantasse fazendo assim acirrar a luta de classes. Já temos então uma crescente polarização, ou seja enquanto os trabalhadores e o povo pobre se levantam, em muitos países conseguimos ver um movimento reacionário como os atentados contra a juventude trabalhista na Noruega, o crescimento do Tea Party nos Estados Unidos e até mesmo no Brasil que já vive o fim do seu crescimento econômico movimentos nazistas se manifestando claramente e dando a sua cara tapa. Ou seja com a crise econômica capitalista, o acirramento da luta de classes fazendo com muitos trabalhadores e o povo pobre de muitos países já começasse a ter contado com sua oportunidade histórica de emancipação a sociedade se polariza tornando a democracia burguesia uma ilusão e fazendo com que existam duas saídas únicas como resposta : uma seria o socialismo como forma de emancipação humana, dada pelo proletariado e outra como saída reacionária o Fascismo. Para os lutadores que querem uma resposta a sociedade da barbárie, temos que saber lidar com esta realidade e partir dela dar uma saída a ela.

A relação dialética entre economia, relação entre os estados e a luta de classes já mudaram e com isso provando a atualidade do período de crises, guerras e revoluções. Enquanto temos países declarando guerras cambias, abrindo fronteiras protecionistas temos uma crise econômica que já esta fazendo muitos os países quebrarem e temos em muitos países a ascensão da luta de classes fazendo com que os trabalhadores e o povo pobre já tenham suas experiências. É um cenário que de acordo com a lógica capitalista, vai piorar abrindo uma enorme crise social na qual a democracia burguesia não vai responder fazendo com que se não tiver uma alternativa formada pelo os trabalhadores, a burguesia vai dar respostas trágicas. É a historia se repetindo mais uma vez, mostrando para os teóricos filisteus que a luta de classe não acabou.

THARIR : Um exemplo para a juventude que merece um  balanço e extrair grandes lições.

Os trabalhadores e o povo pobre do Egito, que estiveram numa luta histórica que contagiou de animo a juventude do mundo todo fazendo com que ela fosse referencia tanto para outras ocupações de praça como na Espanha e com uma proporcionalidade bem menor para os 15-O’s que ocorreram no mundo todo. Diante a este referencia na qual não se pode de modo algum ser ignorada é mais do que necessário perante a este exemplo, extrair lições e balanço para poder avançar com uma estratégia capaz de romper com este sistema de fome e miséria impedindo através com uma estratégia que pregue a independência de classe dos trabalhadores e do povo pobre uma resposta e um desastre por parte da burguesia.

Enquanto a burguesia colocou que a ocupação da praça THARIR no Egito, foi um movimento para pedir a volta da democracia liberal em contraposição ao regime do ditador MUBARAK a primeira experiência que os trabalhadores e o povo pobre egípcio tiveram é que a junta militar não atendeu seus anseios e a única coisa que ela foi capaz e de continuar o terror que antes era provocado pela ditadura de MUBARAK. Ou seja, estas contradições que existem dentro da sociedade de classe não podem passar de uma questão formal tendo que ser analisada concretamente, ou seja longe de acabar estas contradições aumentaram mostrando para os trabalhadores e o povo pobre que a junta militar não foi uma alternativa para seus anseios.


Outro ponto é que a burguesia como classe conservadora, não pode dar uma resposta aos anseios dos trabalhadores e o povo pobre do Egito e nenhum lugar do mundo. Analisando de acordo com a particularidade do Egito, a sua posição mundial perante ao imperialismo e o desenvolvimento de sua burguesia torna uma ‘’suposta volta da democracia liberal’’ como falavam a burguesia praticamente impossível. Isso não quer dizer que é um fator natural que o povo egípcio tenha que viver sob ditaduras sanguinárias e que não mereçam sua emancipação, pelo contrario é preciso por um fim a esta burguesia que super explora os trabalhadores do Egito, sob tutela de ditaduras burguesas sanguinárias e apesar de ter caminhos tortuosos como toda luta histórica tem, estes mostram um grande  exemplo pois somente declarando concretamente guerra contra o capital, os que ganham com a nossa opressão e a burguesia que iremos conseguir obter os nossos anseios.


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