Com a greve dos professores estaduais de mais 10 estados, com a ocupações de reitoria de diversas universidades do Brasil e a greve da USP e da UNIR abre a chave de uma discussão mais do que fundamental sobre a situação da educação no Brasil inteiro. Enquanto todos os setores da sociedade, indo dos diversos setores da burguesia até a setores organizado do proletariado que discutem na sua determinada maneira o problema da educação e por isso cabe necessária fazer a discussão da educação tendo uma posição clara para dar uma resposta a esta realidade que atinge milhões de jovens, principalmente os filhos do trabalhadores.
O desenvolvimento das forças produtivas chegou a um determinado nível de desenvolvimento, onde que junto que se abre uma forte contradição dentro da sociedade. Em outras palavras estamos falando da reestruturação produtiva capitalista onde flexibilizou as relações de trabalho, onde que o capital ganha um extrema força em relação ao trabalho, do desemprego estrutural, da retirada de direitos sociais e da privatização de empresas. Surge para o senso comum a idéia de que o setor privado seria mais eficiente do que o setor publico na qual o ultimo seria altamente burocratizado, fonte de privilégios e de desperdício. Para resolver a questão da educação para setores da burguesia que tem como porta voz a revista Veja, seria necessário privatizar as escolas, demitindo professores e tornando um ensino mais técnico ou seja este tem que estar atrelado cada vez mais ao capital.
Estas políticas resultaram num ensino totalmente precário, onde temos desde uma péssima condição estrutural nas maiorias da escolas onde em determinados lugares do Brasil temos escolas sem teto, uma mesma sala com varias series até na intensificação do trabalho para os professores, impondo que estes peguem varias aulas aumentando a sua jornada junto a ter que preparar as suas aulas gastando seu tempo livre. Para esta mesma Veja, é necessário cortar gastos e os professores são fruto deste desperdícios nas escolas ou seja para resolver esta questão de acordo com a revista porta voz da burguesia é necessário demitir uma massa de professores levando assim a intensificação do trabalho daqueles que praticam a sua profissão.
Vale a pena lembrar que é esta mesma Veja, que coloca os alunos da USP que ocuparam a reitoria como ‘’vândalos’’ privilegiados e que estes estão lutando por querem privilégios para fumar maconha. Neste sentido caberia lembrar que a sociedade mediada pelo capital é marcada por fortes contradições, ou seja refletindo o fato de que enquanto um filho do trabalhador encontra uma situação caótica na educação publica, um estudante que possui condição um pouco melhor e consegue pagar uma escola privada vai estar mais preparado por conseqüência do que o filho de um trabalhador. Estes mesmos setores possui o mesmo direito de poder ter uma educação gratuita, publica e de qualidade porém são os trabalhadores, os seus filhos que são excluídos deste direito.
Os trabalhadores são aqueles que produzem a riqueza, porém recebe a miséria. São aqueles que produzem concretamente material da sociedade, porém são os mesmos que tem seu trabalho alienado pois não controla o que produzido. Como são os trabalhadores que produzem, é um direito que estes terem acesso a vida ‘’espiritual’ e a controlarem significando que o conhecimento que é produzido tem que estar a serviço dos trabalhadores e do povo pobre e não do Capital e isto é algo que a Veja não quer pois justamente defende uma universidade a serviço do capital e quer conservar a ordem da maneira como ela, assim impedindo que estes tenham acesso a educação e que continuem sendo explorado gerando assim mais valia para a burguesia na qual representam.
Importante colocar que por trás da ideologia burguesa de esconder as contradições, tendo base a tese de que somos todos iguais então temos condições de competir igualmente um com o outro existe enormes contradições, principalmente hoje quando há um enorme avanços da forças produtivas. O crescimento econômico na qual foi uma das marcas do governo Lula foi sustentado através destas contradições e do trabalho precário, ou seja é este mesmo governo que colocou uma idéia falsa de que com o crescimento econômico ficaria mais fácil para esta ampla camada terem acesso a uma universidade e assim poder ter uma ascensão. A resposta do governo Lula foi políticas que significou investimento nas universidades privadas e precárias, para que um setor pequeno tenham acesso ao estudo porém estas universidades tem como objetivo criar mão de obra barata e precária para dar continuidade ao seu ‘’projeto de pais’’ sustentado sob bases de trabalho precário.
Ou seja a competição, a concorrência, o individualismo, o cada um por si um dos pilares que move o sistema capitalista se reflete no âmbito escolar assim como reflete em outras esferas da vida. Ou seja como temos o objetivo estratégico de superar o capitalismo, temos como obrigação combater desde já o pensamento burguês o que necessariamente passa por um combate contra a competitividade, a concorrência, o individualismo e o cada um por si ligando com a luta de mudar a base de produção e por conseqüência um novo pensamento que esteja ligado a esta nova base de produção. É um objetivo estratégico que não propõe a corrente de pensamento de concorda que exista contradições dentro deste processo, porém acreditam na utopia de que é possível conseguir através de políticas de Estado condições iguais para que concorram entre si. Esta contradição e desigualdade é produzida pelo próprio sistema capitalista, ou seja se não lutarmos para ter como objetivo romper pela raiz com o este sistema de fome miséria
A burguesia vale bem lembrar esconde estas contradições, colocando o grave problema estrutural em que vive as escolas e universidade como algo que apenas precisa melhorado, porém de fato estes problemas são pelo fato de que a universidade e as escolas estão a serviço do capital. Temos que lutar contra este projeto, se contrapondo ao projeto de universidade dos trabalhadores e do povo oprimido que é o único que responde as necessidades da maioria da população e pode por um fim ao caos que vive a educação no país.
O investimento que o governo Lula em áreas como a educação foi menos de 6%, pois a maioria do orçamento que vai para pagar dividas. Porém estes 6% não é investido na educação publica e sim no setor privado para a educação justamente para gerar mão de obra precária e barata para o grande capital. É necessário se contrapor as demandas deste ‘’projeto de país’’, por demandas concretas como o Fim do vestibular, estatização das universidades privadas, expropriar os tubarões de ensino sem indenização, abertura do livros de contas das universidades assim como coloque como pauta o não sucateamento do ensino publico, que se oponha veementemente contra a super exploração dos professores e trabalhadores juntando efetivos, temporários, terceirizados, estagiários e substitutos.
Frente a isso seria obrigação da ANEL e da CSP CONLUTAS realizar um encontro nacional com estes setores em luta, defendendo cada reivindicação especifica e estas questões que unam estes setores em luta por uma campanha nacional que tenha estes eixos políticos. Porém tanto o PSTU que é setor majoritário da ANEL e da CONLUTAS, tanto a Esquerda da UNE que tem setor majoritários as correntes internas do PSOL, se delimitaram numa campanha pelo 10% do PIB marcando um plebiscito em novembro alheio a estes processos de luta sobre a questão da educação fazendo com os lutadores daquele período vissem navios.
São estes mesmos que supostamente estão preocupado em criticar o governo do PT, a burocracia sindical e a burocracia estudantil encarnada na UNE porém não fazem nada para se contrapor a estes setores tanto é que o PC do B estão encampando a campanha pelos 10% do PIB para a educação. Para combater as demandas do ‘’projeto de país’’ é necessário uma alternativa revolucionaria que tenha demandas reais e concretas que corresponda a necessidade dos trabalhadores e do povo pobre, porém com a política de realizar o plebiscito pelos 10% da educação isto não acontece, até porque tanto reitores como Dirceu de Mello e o futuro candidato do PT a prefeitura de São Paulo declaram favoráveis aos 10% do PIB.
É correto dizer que é necessário combater a burocracia estudantil, como os estudantes mais combativos chilenos que só querem uma educação gratuita e de qualidade fazem contra a burocracia encarnada no Partido Comunista Chileno e na Camila Vallejo. O ‘’projeto de país’’ do governo Lula refletem nas universidades e nas escolas e a UNE é correia que transmissão para legitimar os interesses da burguesia dentro dos estudantes, ou seja com a mesma política dos 10 % do PIB para a educação e muito menos se ligando com o PSOL e se constituindo como uma nova burocracia estudantil na USP, traindo os estudantes para conseguir o DCE que o PSTU vai combater de fato a UNE.
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