13 de out. de 2011

Como anda a PUC - SP

A burguesia com seu projeto neoliberal e com a restauração capitalista tem planos e um projeto para educação. Em relação a isso temos que entender que o ensino que nos é colocado hoje é fruto do seu tempo, este período que estamos passando hoje pode ser caracterizado desde uma ofensiva ideológica da burguesia para apagar na subjetividade da classe trabalhadora e da juventude o marxismo e a possibilidade de uma transformação concreta aonde os setores oprimidos da sociedade pudesse superar este sistema de fome e miséria e desde ataques concretos contra os setores oprimidos da sociedade como sucateamento de setores fundamentais para a sociedade (como saúde, educação e entre outros) e a reestruturação produtiva capitalista que tornou mais precárias as relaç� �es de trabalho impon do para grandes setores de trabalhadores cargas altíssima de jornadas de trabalho impondo uma grande carga de intensificação, aumentou o problema do desemprego estrutural e dividiu cada vez mais a classe trabalhadora em efetivos, terceirizados e temporário.

Frente a educação refletir o período histórico em que vivemos, podemos dizer que ela está cada vez mais atrelada ao capital. Em relação ao projeto de universidade está colocados para as particulares no Brasil, que a função seria formar mão de obra para o grande capital que está ligado ao projeto de elitização da universidade na qual exclui grandes parcelas da sociedade que é formada pela classe trabalhadora e seus filhos. Com intuito de formar mão de obra barata, sob a alegação que hoje é preciso se especializar cada vez mais houve um grande BOOM de universidades privadas nos anos 80 e 90 controlada pelos os grandes tubarões de ensino como o grupo A nheguera, universidades na quais o governo Lula investiu muito mais do que nas publicas, na qual o ensino p ublico, gratuito e de qualidade  deveria ser um direito para todos e hoje os trabalhadores, seus filhos e o povo pobre são excluídos da universidade pelo filtro racista e elitista que é o vestibular.

Historicamente a PUC foi uma universidade por ter uma tradição de luta contra a ditadura militar, aonde que abrigou intelectuais acadêmicos de esquerda como Florestan Fernandes, Mauricio Tranteberg e Octavio Ianni, por abrigar congressos como o da UNE em 1977 na qual foi reprimido duramente pela a ditadura militar a mando do coronel Erasmo Dias e por ter baixas mensalidades. O Processo neoliberal, atingiu a PUC na qual teve que entrar em concorrência com as universidades que foram criadas no período dos anos 80 e 90 e assim entrando num processo de sucateamento na qual resultou a um aumento abusivo das mensalidades, um grande índice de estudantes que fizeram divi das altíssimas, as condições de trabalho dos professores tornaram cada vez mais precárias, sucateamento dos cursos e uma div ida na qual o reitor Dirceu de Mello hoje esconde e que tem como resposta  para esta divida da PUC como declarou publicamente transformar a universidade numa FGV que é elitista e totalmente atrelada ao capital. Estes mesmos setores parasitários (igreja, bancos e burocracia acadêmica) que buscam dar esta solução para a universidade são os mesmos que lucram com esta divida.

Caracterizando a partir deste marco, em 2006 houve uma demissão massiva de professores e funcionários cujo as conseqüências foram a maximização dos professores e terceirização dos funcionários na qual se protagonizou uma greve na comunidade que na qual não conseguiu deter tal processo. Em 2007 com o projeto de redesenho institucional que visava aprofundar o caráter elitista e mercantil da universidade e sob o clima das ocupações de reitoria que ocorreram em várias universidades do Brasil ocorreu a ocupação de reitoria em 2007 na qual teve como resposta da reitora Maura junto com a fundação São Paulo (igreja da católica) a entrada da polícia novamen te no campus, protagonizando o lamentável episodio de 1977.  As conseqüência destas derrotas objetivam ente foi a intervenção da igreja católica que iria se materializar no CONSAD (órgão formado por dois padres da fundação São Paulo e o Reitor Dirceu de Mello), a concentração da divida da PUC em dois bancos (Banco Real, atual Santander e Banco Bradesco), a criação da SAE, sucateamento dos cursos (Na Ciências  Sociais foram retirada a licenciatura).

A DEBILIDADE DO CENTRISMO FRENTE A ELITIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE.

Com a pressão da reitora Maura Veras ocorreu um fato político em 2007 que foi a entrada da polícia após 30 anos. Devido a esta pressão, uma parcela do movimento estudantil e de professores tendo como frente Arberx não deu a resposta perante a este acontecimento assim declarando derrota a esta luta, desmoralizando os estudantes fazendo com que estes tivesse a ilusão que não é possível uma transformação radical de sua universidade e assim abrindo espaço para a sua elitização. Depois disso, esta parte do movimento estudantil não conseguiu responder a elitização com táticas e uma estratégia que desse para impedir esta questão, assim adaptando a subjeti vidade dos estudantes que estavam indo cada vez mais a direita.

Frente a objetivos PSTU e PSOL conquistaram um numero maior de aparato (o CACS, o CA Benevides paixão e depois o CA 22 de agosto e o CA da psico) para poder se auto construir não tendo uma perspectiva de forjar estudantes para próximas lutas futuras e se adaptando a passividade do momento, e muitas das vezes combatendo outras correntes que propõe uma unidade com métodos democráticos (isso implica colocar criticas, divergências, programas distintos e fazer que ambas se expressem) chamando de parasita (o que pressupõe que é preciso eliminar-lo) e não combatendo a reitoria como foi feito pelo próprio PSTU numa das reuniões quando se era possível se forjar uma chapa combativa que tivesse programa e que combatesse a reitoria.

Frente ao clima de derrotismo e com o discurso da burocracia acadêmica que forjou a subjetividade de muitos estudantes, com o refluxo e a passividade e prática de setores do movimento estudantil que legitimou a retórica autonomista que fez grande setores de estudantes afastasse do movimento estudantil. Se não houve nenhuma luta, nem que seja parcial para forjar estes estudantes e muitos menos nem se cogitou um combate ideológico contra este pensamento e aos professores. Perante esta atual delimitada prática política  que só deu força a reitoria, estes mesmos setores formado pelo PSTU e pelo PSOL com a interpretação alegre da realidade era incapa z de fazer uma auto-critica e nesse sentido colocando o movimento estudantil na lama.

Em 2010, estes mesmos setores realizaram uma campanha esvaziada e super estrutural que tinha como um dos principais eixos a campanha redução da mensalidades e super estrutural e burocrática. Tal campanha não tinha dialogo nenhum com a base e tais conversas era realizadas através dos espaços burocráticos do CCA que muitas das vezes tinha como composição de mais ou menos 10 pessoas. Foi neste exato período que cursos como da Geografia, Jornalismo e Serviço Social entraram em greve com pautas especificas, mas em relação ao próprio movimento não existiu nenhuma política de unificação que travasse o combate contra a reitoria. O Balanço do ano foi, após d e um ano na passividade a reitoria que na audiência publica deixou bem clara que não pode atender as reiv indicações dos estudantes e começou a discutir se era preciso ter ou não metro na PUC e disse que não será possível diminuir a mensalidade e que pode aumentar. Foi o que ocorreu.

Frente a pressão da reitoria e a pressão da base, o movimento estudantil resolveu ocupar a reitoria numa ação aventureira e sem nenhum preparo para isso. Com a pressão da reitoria junto com a igreja de colocar a policia (tanto poderia acontecer ou não) e frente as eleições do DCE na USP que iriam ocorrer na mesma semana, o movimento estudantil não leva a ocupação até o final e desocupa a reitoria num seguinte poder de barganha : Desocupar a reitoria pra só assim negociar com a reitoria, mas frente a esta negociação o que se ganhou só foi migalhas deixando bem clara a política da reitoria: negociar migalhas numa mão com um porrete numa outra.

Perante a isso, o resultado dessa política aventureira trouxe mais desmoralização aos estudantes criando a ilusão que não é possível ter mudanças na universidade e que a luta não é o melhor caminho não é a luta e sim o dialogo. A negociação de portas fechadas com a reitoria continuou no ano seguinte, sem que o movimento estudantil travasse nenhuma luta contra a reitoria e as ‘’conquistas’’ na qual o movimento estudantil tanto chama foi a política da reitoria em dar migalhas para não ter luta.

Nesse período, outras questões estava ocorrendo na universidade como o julgamento de uma estudante de direito por causa da ocupação de 2010, o anuncio da reitoria que iria fechar salas e o caso do Roberto e da Alessandra ex alunos da PUC e hoje professores estaduais e dirigentes da oposição da APEOSP estão prestes a perder seu caso e terem todos seus bens penhorados por conta de uma divida gigantesca e impossível de pagar. Estas lutas que não são dadas, só fortaleceram a reitoria. A pratica política do movimento estudantil da PUC ta sendo diferente da moral dos estudantes, enquanto estes lutam por uma educação gratuita o movimento estudantil negocia de po rtas fechadas com a reitoria.

Um das principais causas que hoje o movimento estudantil da PUC se encontra destruído é por causa desta pratica política das correntes centristas como o PSTU e o PSOL. A juventude que está organizando e tem vontade política de dar uma resposta frente ao novo período que se abre, tem que discutir a atuação do movimento estudantil da PUC no ultimo período e chegar numa síntese como contribuição de um programa para vencer, pois não podemos as derrotas desmoralize os estudantes e com isso percamos um ponto tão importante como a PUC e assim como podemos perder outros pontos se as correntes centristas continuarem com esta prática política

Frente ao cenário que se abre

Dirceu de Mello se elege como o reitor, com o discurso que policia nunca entraria em sua gestão e que as portas da reitoria estariam sempre abertas para qualquer dialogo com os outros setores da comunidade. Este discurso se torna demagógico quando a crise econômica da PUC vem a tona, na qual por parte dos bancos e da igreja se abre uma necessidade de um reitor que consiga frear estas lutas nem mesmo se for possível adotar medidas repressivas como colocar a policia na PUC. Este mesmo reitor virou as costas e fez nada a favor dos estudantes que estavam sendo punido por ocupar a reitoria em 2007.

Mesmo que tenha se elitizando, as contradições da PUC hoje são frágeis e uma hora ou outra vão estourar. Demonstrou ser frágil quando a reitoria fechou salas da Psicologia alegando que não teria gente ou a media do direito (curso base do atual reitor) aumentou para sete ou quando ele decretou o fechamento das salas que tenham menos 25 alunos e quando o CONSAD (órgão formado por dois padres e o reitor ) está tornando as condições dos professores mais precárias até fazer com que eles ganhem hora aulas. Em relação aos funcionários, o mesmo problema que fez as trabalhadoras da União se rebelarem é gritante na PUC. Grande quadro de funcionários são terc eirizados como setores do Bandejão, segurança e limpeza e isso mostra que esta reitoria são projeto de t ornar as condições de trabalho cada vez mais precárias dos funcionários e dos professores que em 2006 viu uma boa parte do quadro serem demitidos e aqueles que ficaram estão encarregados para suprir aqueles que professores que tiveram seu direito de trabalhar retirado.

O projeto de elitização que está em processo avançado na PUC, vai ser levado até o final pela esta reitoria e os ataques que estão por vim demonstra que a reitoria, a Fundação São Paulo e os bancos querem transformar a universidade numa FGV. Um dos pontos claros foi o fato do reitor fechar a PUC para a festa da cultura CANABICA, que iria em torno de 6000 pessoas de acordo com o facebook. A resposta da reitoria foi fechar a PUC ameaçando colocar a policia dentro e proibindo que os estudantes realizam as festas baseado num decreto e aplicando sindicância e inquérito policiais contra aqueles que organizaram a festa. Tudo isso em nome de um projeto que visa tra nsformar a PUC numa FGV elitista e racista.

Novamente, o movimento estudantil (CSOL e alguns setores independentes ) negocia migalhas com a reitoria sobre esta questão sendo que a reitoria na própria negociação disse que é impossível de chegar num acordo e que é preciso ter um acordo de cavaleiros. Se a realidade é a mãe da verdades de acordo com a ultimas experiência podemos previr o que pode vim desta negociação que nem está em jogo a defesa concreta e conseqüente dos estudantes que a reitoria que punir e não vai abrir a mão tão facilmente assim.

Importante colocar que os estudantes tem interesse inconciliáveis com a reitoria, a fundação São Paulo e os bancos. Mesmo não tendo política para responder a necessidade concreta dos estudantes e a realidade, demonstrou –se em algumas oportunidades que é possível voltar a ter movimento novamente na PUC, voltando a tradição de luta que a PUC sempre teve.











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