13 de out. de 2011

A Greve dos bancarios se aproxima de momentos decisivos

Nota dos  trabalhadores do Piquete da Agência Sete de Abril da CEF

Nós, trabalhadores reunidos no Piquete da Agência Sete de Abril da CEF, clamamos pela força de todos os bancários e bancárias presentes para lutarmos juntos e tomarmos a luta em nossas mãos a partir da base, a começar das nossas assembleias.
Não podemos aceitar que a direção do Sindicato continue efetuando manobras para encobrir um esquema em que só as direções falam, e os trabalhadores da base não podem sequer se expressar.
Nesse momento, a pressão do governo e da Justiça é enorme para que os trabalhadores dos Correios encerrem sua heróica greve de 22 dias, sem alcançar nenhuma conquista. A derrota deles implica em condições muito mais difíceis para a nossa luta dobrar o pulso da Fenaban e do governo Dilma.
Já a vitória deles nos fortalecerá e moralizará nosso enfrentamento com os banqueiros, que roubam bilhões da população a cada ano e ainda são salvos pelos governos nas crises, enquanto nós deixamos nosso suor, saúde e lágrimas em troca de salários que mal dão para sobreviver, ou então, no “melhor” dos casos, nos tornamos “escravos” das funções comissionadas para tentar dar uma vida digna às nossas famílias.
Temos que unificar politicamente nossas lutas, ampliando ao mesmo tempo nossa própria greve, para impedir a privatização dos Correios e de todos os serviços públicos, e reverter a terceirização em todos os bancos (via correspondentes, lotéricos, tele-atendimento, etc.), que representa a superexploração de milhares de trabalhadores, e ainda na Caixa e no BB funcionam como uma forma velada de privatização.
É a melhor forma de estarmos mais fortes para pôr fim às metas e ao assédio moral. E também para reverter o arrocho salarial da categoria, impondo um novo patamar para as reivindicações salariais de todos os trabalhadores que parta do Piso Salarial do DIEESE, de R$ 2297,00.
Até agora a Fenaban e o governo tentam nos vencer pelo desgaste. Essa estratégia patronal pode ser vitoriosa porque a direção da CUT no Sindicato não preparou uma greve séria. A “guerra pela imagem” é importante, mas os principais serviços bancários, os que realmente garantem o funcionamento do sistema, precisam ser paralisados, assim como as principais agências e centros. Os banqueiros não vão ceder se a greve não avançar e se radicalizar.
Para isso será preciso superar o imobilismo e a falta de firmeza das direções governistas da CUT e da CTB. Isso passa por conquistar uma verdadeira democracia nas assembleias. Mas também significa garantir que a base tenha o controle da greve a partir das unidades de trabalho, com piquetes de greve combativos, que organizem e coordenem os ativistas da categoria, e com representantes eleitos na base para participar de todas as negociações, formando comitês de greve por região e centros importantes composto de delegados eleitos nos piquetes. Temos que redobrar o espírito de luta e avançar para novas medidas de força da greve, como poderia ser uma paralisação total das unidades na região da Av. Paulista.
Só assim poderemos levar nossa luta até o final, alcançar todas as nossas reivindicações e garantir nosso direito de greve com o pagamento de todos os dias parados, impedindo que a direção do nosso Sindicato, assim como a direção dos Ecetistas, troque nossa luta por migalhas.
PIQUETE DA AG. SETE DE ABRIL
Com a participação de trabalhadores das Ag. Paulista, Sé, Jaguaré, Villa-Lobos, GILOG, GIREC, CITDI e Caixa Cultural Sé.

Um comentário:

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