6 de set. de 2011

Nenhuma confiança na burocracia governista, nem nas correntes de centro esquerda e nem variantes da burguesia. Construir um partido revolucionario para proximo periodo é obrigação da esquerda brasileira que se diz marxista

Historicamente os trabalhadores brasileiros protagonizaram lutas heróicas por direitos, contra a carestia de vida e estiveram no centro em batalhas políticas como a luta contra a ditadura militar na qual a classe operaria protagonizou greves importantes que abalaram com o regime brasileiro naquele período. Sempre que os trabalhadores começaram a se organizar, a burguesia Brasileira sempre respondeu com fogo e chumbo e como resposta a classe dominante  protagonizou golpes para poder frear os levantes dos determinados períodos históricos.
No que se diz em relação a direção, programa e qual estratégia que os trabalhadores iriam usar para as suas lutas, houve uma enorme e determinante influencia a principio dos trabalhadores imigrantes que carregavam suas experiências de lutas que se misturavam com trabalhadores que eram mão de obra escrava ou que já estava no período de transição para a mão de obra livre. Já no período Vargas, se deu a idéia que era necessário superar o atraso econômico e social pelo desenvolvimento econômico e um dos pontos principais foi a proposta que o Capital e o Trabalho pode viver harmonicamente numa relação arbitrada por um Estado que seria, segundo o discurso na época um regulador e um protetor apresentando  se como um inventor da legislação social. Se no primeiro período os trabalhadores estavam organizado a partir da influencia do anarquismo e mais tarde, através da direção do Partido Comunista Brasileiro, mais tarde foi criado o PTB para poder frear o avanço dos trabalhadores.
Foi no período Vargas, em que os sindicatos viraram apêndice do Estado na qual passaram ser tutelado pelo ministério do trabalho na qual organizaria as CLT. De acordo com ministro do trabalho Lindolfo Collor ‘’Os sindicatos ou associação de classes vão ser pára-choque destas tendências antagônicas. O salário mínimo, os regimes e as horas de trabalho serão assunto de sua prerrogativa imediata, sob as vistas cautelosa do Estado’’. Ou seja os objetivos desse sindicalismo tutelado pelo Estado : Servir como interlocutores dos trabalhadores junto ao governo e vice – versa, funcionando dentro do Estado como órgãos públicos e portanto submetido as demais diretrizes governamentais. Também vale a p ena lem brar que, as direções que se oponha a o atrelamento do sindicatos ao Estado eram perseguidas politicamente ou eram pressionadas pelo Estado burguês para entregar a sua combatividade em trocas pelo benefícios que eram dado no período do Estado Vargas.
Além disso foi neste período que foi instituído o imposto sindical, numa forma de que o Estado coopta tais direções sindicais para atuarem ao seu favor e instituído a unicidade sindical (o monopólio de representação. Importante colocar que tal estrutura sindical herdeira de Getulio Vargas baseada na carta lavoro de Mussolini nunca foi mudada, a partir dessa estrutura que permitiu que a ditadura militar em 1964 retirasse  as direções que eram mais ‘’subversivas’’ e colocasse os interventores (ou dentro do movimento operário, os chamados pelegos).
Por sua vez, o PCB partido que aglutinava grandes setores do movimento operário não conseguia levantar um programa que desse uma resposta até o final em relação ao sindicatos  que retirasse o vinculo das entidades sindicais em relação ao Estado. O conhecido partidão estava atrelado a burocracia stalinista da união soviética, que serviu como um freio aos processos de luta que estavam ocorrendo neste período, não a toa que Stalin assinou um trato com os países capitalistas que dizia que países de domino soviético os estados unidos não podia intervir, mas países de domínio capitalista a URSS não poderia intervir. Já no final do segundo governo Vargas pós segunda guerra mundial, o Prestes capitula e co meça apoiar o governo com a justificava de lutar contra a direita e barrar o crescimento do fascismo.  A política de YALTA assinada por Stalin e os países imperialista fez com que o PCB ficasse num dilema entre apoiar as greves dos trabalhadores, ou seguir a política da URSS em apertar os cintos para frear tais luta sob alegação que era necessário deter o fascismo.
Os trabalhadores mais uma vez estavam se organizando em torno de questões que variam desde contra a carestia de vida até por aumentos salariais e alguns direitos democráticos. Entre o período dos anos 50 até o golpe militar podemos ver um crescimentos de greves, criação de organismos sindicais na qual os trabalhadores ganharam grande visibilidade na opinião publica. Além disso os números de centrais sindicais cresceram, os trabalhadores começaram ver a importância do sindicato e isso se expressou no crescimento de  numero de filiados..
Anos antes do golpe militar, os três principais sindicatos do Rio de Janeiro tinha 75% da categoria filiada sendo 25.929 sócios em aproximadamente 35 mil bancários, 17 mil ferroviários para 20 mil trabalhadores na base. As suas direções eram majoritariamente composta por católicos que se uniram nos círculos operários, pelos renovadores, os ‘’nacionalistas’’ que se juntava stalinistas e trabalhistas e aqueles que se proclamavam ‘’democráticos ‘’, que se identificava pelo anterior controle de cúpula nos sindicatos. No terceiro congresso sindical nacional, foram aprovadas as teses  dos sindicalistas ligados ao PCB/PTB foram aprovadas por maior signif icativa de d elegados, e os encaminhamento para nova central avançaram com uma constituição de uma comissão permanente.
Essa direção cristalizada em 1961, quando os antigos dirigentes foram afastado a CNTI em eleições de chapa encabeçada por Clodsmit Riani de oposição, tomou a direção do grupo liderado por  Deocleciano de Holanda Cavalcanti. As propostas da oposição eram seguinte a)13 salário,b) participação nos lucros da empresa, c) salário família, d) direito de greve, e) cumprimento da Lei Orgânica da Previdência Social, f) autonomia sindical e g) férias de 30 dias. Complementando a mudanças nas direções, se deu o IV encontro sindical realizado em São Paulo, em agosto de 1962. Com a participação de 3.500 delegados, representando 586 entidades sindicais, o encontro a provo a Criação de um comando Geral dos Trabalhadores, composto de dois representantes de cada federação não confederada ou de cada Confederação e, no caso de qualquer Confederação recusar a participar do novo organismo, caberia a seus filiados, federações ou sindicato indicar um representante do seu setor. De acordo com Giovanni Alves, a estrutura varguista durante o longo de sua historia não fora muito modificado, neste caso podemos ver a unicidade sindical (monopólio da representação) não sendo questionada, nem sequer superada. Como estamos vivendo um período de levante da classe operária, caberia travar luta política com estes setores levantando um programa que dialogasse com esses anseios dos trabalhadores que estavam em luta neste período. Cabe colocar que o PCB não tinha esse programa, pois estava atrelado aos interesses do PCUS que tinha assinado o acordo de YALTA e por isso mantinha e levantava  uma postura conciliatória entre as classes.
As greves tinha uma grande repercussão nacional, seja pelo seu poder de mobilização ou por suas demandas que estava ligado com os principais acontecimentos internacional como se impedir a posse do político conservador Auro Andrade e pela composição de um gabinete ‘’nacionalista’’ ou de setembro neste ano pelo plebiscito que assumiram greves gerais atingindo trabalhadores de diversa categoria. Se fossemos nesse período levantar por uma política de independência de classe, deveríamos levantar por uma assembléia constituinte soberana formada por trabalhadores e o povo pobre sem nenhuma intervenção de nenhum setor da burguesia.
As greves reuniram diversas categorias em torno de pautas comuns, como a dos 1953, ainda continuariam a estourar. Entre os movimentos com características de ‘’greves de massas’’, alcançou grande destaque a paralisação de 700 mil operários em São Paulo, no ano de 1963. Foram também os tempos áureos das greves de categorias, algumas delas nacionais como a greve dos bancários. Já no transporte aéreos de junho, a greve fora motivada pela demissão do comandante Paulo Melo Bastos presidente da Federação dos Trabalhadores em transporte Aéreos, membro que defendia a estatização do setor de transportes aéreos pela criação da Aerobrás como solução para o atraso tecnológico.
Dentre as greves que aconteciam como no Rio de Janeiro de categorias de metalúrgicos, bancários, têxteis, operários navais entre outras tinham ‘’comissão sindical’’ ou ‘’comissões de empresas’’ como um importante instrumento de mobilização. Quando as diretorias apostavam em negociações e evitavam fazer greves, elas ocorriam de formas autônomas convocando paralisações freqüente. Foi o caso dos metalúrgicos cariocas, que não fizeram greves gerais da categoria neste período mas vivenciaram pelo menos 20 paralisação por empresa entre 1953 e 1964 graças a este conselho sindical.
Estas mobilizações tiveram o seu caráter desviado, pelas as relações que os dirigentes sindicais tinha coma alguns políticos. Jango foi eleito vice presidente pelo PTB, tendo como presidente João Goulart com uma campanha de moralização da política . Nos primeiros meses Janio não apenas enfrentou oposição do PSD e PTB que eram maioria do congresso, assim de setores da UDN que estavam descontentes com a sua política externa ‘’independente’’. Jango não assumiria imediatamente pois os ministros militares tomariam o controle do governo e como resposta o presidente que tinha proximidade com os dirigentes sindicais realizou a campanha pela ‘’legalidade’’, na qual o movimento sindical teve uma grande importância.

Na conjuntura dada naquele período histórico e devido a linha política dada pela suas direções políticas, a participação dos trabalhadores eram cada vez mais expressivas eram cada vez mais expressivas. Em 1945, 15 % dos trabalhadores eram eleitores, em 1964 esse contingente abarcava 25 % da população. Isso refletiu ao crescimento do PTB que vésperas ao golpe militar, contava com 28 % um ponto percentual a menos do PSD e varias cadeiras a mais do que a UDN que passou a ser a terceira força no Congresso.
Jango foi um dos que mais ‘’abriram’’ espaço político para os sindicatos nos últimos meses de seu governo quando a tentativa de dialogo com os setores mais a direitas estava fardada ao fracasso, mas dentro da lógica trabalhista de frear a luta de classes oferecendo algumas concessões para acabar com as greves gerais e grandes mobilizações populares. O presidente sempre prestigiou a UST na qual era formado por uma cúpula pelega
Enquanto havia uma radicalização política das massas nos primeiros meses de 1964, as direções sindicais apostaram na pressão para Jango iniciar as reformas políticas. Com uma política aventureira, a CGT em março quando a articulação golpista era claramente percebida articulou estratégias para a resistência de um golpe militar. Contava com uma greve geral, somada a força dos militares de baixa patente e do ‘’dispositivo milita’’do presidente para ‘’impedir’’ o avanço do golpe. Cabe bem lembrar ao mesmo tempo que era aventureira, de um outro lado era oportunista pois ainda fazia as massas manter ilusão no Jango.
Para os marxistas, é necessário fazer um balanço das lutas dos trabalhadores. Caso queremos avançar na luta de classes, a esquerda brasileira tem que aprender a lidar com balanços.
A esquerda Brasileira hoje precisa aprender pois tem como obrigação fazer balanços das lutas do passado para não repetir os mesmos erros e poder avançar nos próximos desafios da luta de classes. Como os setores da esquerda hoje que formam  PSTU, PSOL e frações que ainda estão no PT viveram o período final da ditadura militar para a democracia burguesa pactuada são centristas e como tais ainda permanece a visão alegre (de qualquer coisa já foi uma grande vitoria ou conquista), enxergam a democracia pactuada pós ditadura militar como uma grande conquista dos trabalhadores e não freado pela burguesia.  Porém cabe bem lembrar que na poca a convergência socialista (hoje PSTU) batia nas costas e chamava a direção social democrata da articulação de companheiros, se caso esta corrente quisesse fazer um balanço serio marxista desse período seria fundamental uma auto critica de sua atuação, algo que o centristas se recusam a fazer pois negam perante a sua base que erram.
Podemos iniciar o balanço das lutas antes 64, com alguns pressupostos que precisarão ser aprofundados logo mais a seguir : 1) É necessário discutir a criação do PTB como contenção dos movimentos de massas e a partir daí discutir a importância de uma política que preze pela independência da classe trabalhadora, 2 ) O Papel stalinista contra revolucionário que teve o PCB neste período, 3) Qual foram o papel delas perante o golpe. Quando teve o racha do PCB na qual se originou o PPS, estes setores que ainda permaneceram no PCB que dizem fazer uma auto critica a atuação histórica do partido reivindicam o papel contra revolucionário que cumpriu Luis Carlos Prestes na historia do movimento operário brasileiro. É se contrapondo a estas demais variáveis na qual deve uma esquerda d e princípios com o Marxismo deve se forjar junto na luta de classes com os setores mais combativos.
Um golpe militar contra a classe operaria. Novas oportunidades irão surgir, mas as direções vão estar de costas para elas.
No que se diz em relação a organização dos trabalhadores, devido a CLT implementada na época de Getulio Vargas abriu caminho espaço para o ministério do trabalho intervir nas entidades sindicais, destituindo diretorias eleitas e substituindo por interventores (que dentro do movimento operário eram conhecidas como pelegas). Quando logo ocorreu o golpe, o governo militar mandou intervir nas direções sindicais (383 sindicatos, 45 federações e 4 confederações). Foram cassados os direitos políticos e foram instaurados inquéritos policiais criaram para aqueles que conseguiram escapar uma alternativa para a clandestinidade ou exílio.
A repressão aos sindicatos mostrou bem o caráter da ditadura. Esta articulação de militares com empresários ligados ao grande capital nacional e estrangeiros apoiada pelos latifundiários e políticos conservadores se deu para poder conter a organização de trabalhadores no campo e na cidade. Por outro lado, a crise econômica, que só fazia crescer desde o governo de JK foi combatida pela ditadura cujo o principal remédio era o arrocho salarial. Para isto o papel que os interventores cumpriram nos sindicatos, em legitimar estes ataques e por isso que era fundamental controlar as entidades sindicais.
O impacto do golpe sobre os sindicatos foi violentíssimo, causando total dispersão entre os trabalhadores fazendo com que fosse necessário uma década para que o movimento operário se reorganizasse. Enquanto isso, existiam setores da esquerda que preferiu aderir ao método da guerrilha e partiram para luta armada como no caso da guerrilha do Araguaia organizada pelo PC do B (a principio racha maoísta do PCB) e foram derrotados pelos militares.
Porém mesmo nesse período, houve resistência por parte dos trabalhadores contra a exploração e á ditadura militar propriamente dito. Nesse sentido, os interventores da ditadura militar tiveram atuação de policia, ao denunciar, perseguir e entregar para a ditadura militar os ativistas combativos operários que se colocavam contra a ditadura brasileira. Muitos destes ativistas como os operários e trotskistas Olavo Hansen e Merlino que eram operários foram mortos torturados pela ditadura militar brasileira.
No período de 1964 a 1967, os sindicatos estavam completamente amordaçados pela intervenção do Estados e a perseguição dos seus militantes mais conhecidos. Porém em 1967, o ministério do trabalho começou a ter um discurso de ‘’liberalização progressiva’’ das atividades sindicais e a partir daí começou a ter eleições, porém estas que eram organizadas eram fraudadas, os oponentes que disputavam contra os interventores eram perseguidos e eram poucos conhecidos, sendo mais identificados com a comissões de locais de trabalho e com os partidos de esquerda. Mobilizações e greves numa conjunta de avanço a oposição a ditadura militar, foram consideradas uma ameaça ao regime e novas cassações e intervenções ocorreram, esvaziando novamente a representatividade das entidades
Os sindicatos cumpriam uma função completamente assistencialista e nesse sentido o governo integrava ao sistema oficial e a assistência social. Funcionavam como balcões de serviço, os sindicatos tinham como tarefa dar algumas migalhas que eram oferecido pela ditadura militar e tentaram veicular tais concessões como se fosse ‘’conquistas’’ da ditadura militar. Os trabalhadores não aceitavam e de muitas vezes de forma clandestina se organizava em locais de trabalho em movimento de empresas mantendo acesa, apesar que todas delimitações a ação sindical. Foi neste período que se deu a revolta contra as condições de vida no meio urbano, tendo em destaque os quebras – quebra de trens nas aeras periféricas do RJ e SP.
Foi nos anos 1978, que inaugurou uma onda de greves que teve o seu estopim o ABC paulista e se espalharam para o Brasil inteiro, houve também uma fase de afirmação das organizações coletivas dos trabalhadores no cenário político e social, iniciando uma nova etapa nas relações de trabalho e na dinâmica da política brasileira.
Importante colocar que aqueles foram postos no sindicatos pelos militares não eram figuras distantes do meio sindical. Foram recolocados aqueles antigos dirigentes, desalojados dos cargos da direção da entidades pelas vitorias sindicais do PCB e do PTB dos anos que antecederam o golpe militar. Muitos destes dirigentes tinham vinculo com os círculos operários católicos e com entidades ligadas ao sindicalismo estadunidense. Estes que se uniram em torno da maquina sindical para se apresentar como ponto de apoio da ditadura militar e caçar seus antigos adversários e ativistas operários taxados como subversivos.
Os resultados destas ações fizeram com que os sindicatos esvaziasse, perdendo o contingente mais expressivo de associados que haviam conquistados anos anteriores ao golpe. Este era o objetivo dos interventores, pois foram os próprios militares que colocaram lá. Havia um desprezo desde as reivindicação de categorias econômicas e do plano político, dedicando apenas ampliar o setor assistencial e o patrimônio físico dos sindicatos valendo das grandes parcelas gordas vindas do imposto sindical. Tanto que eram estes que faziam coro com a própria ditadura militar quando mais para frente os trabalhadores entravam em greve e vendo que não tinham controle da situação tratava a sua base como perigosa e fecha até os sindicatos, deixando os trabalhadores apenas com os seus organismo de auto organização.
Na primeira fase, os interventores não conseguiriam calar as vozes dos operários ativistas mais combativos, nem tampouco apagar da memória das categorias os avanços significativos do período anterior ao golpe o que ficaria provado com a vitoria das chapas oposicionistas, tão logo novas eleições foram convocadas. Nesse sentido vale a pena lembrar que o trotskismo era muito fraco nesta época ou quase inexistente, é nesse sentido não se tinha nada para contrapor a política de conciliação do PCB e do PTB.
Em 1968, foi criado mesmo de forma quase inexistente o movimento anti arrocho formado por setores sindicais contrario a política sindical da ditadura. Os dirigentes sindicais que estavam a frente desse processo eram herdeiros dos comunistas em geral se aliando com os trabalhistas que tinha como objetivo mobilizar os trabalhadores para poder resistir a ditadura mas pedindo apelo á calma, moderação e a paciência pois tinham medo de perder seus postos de dirigentes de sindicatos oficiais na qual era tão valorizados na época. Neste sentido acabam se encastelando e se adaptando o que a ditadura militar mandava. Na conferencia nacional dos dirigentes sindicais , essa política se refletiria no manifesto. Além de manter uma postura defensiva em relação a questão dos sindicatos, o PCB legitima na época ao participar de um fórum de dirigentes sindicais (sendo que a maioria dos dirigentes eram que  os interventores que a ditadura colocou) em vez dos lugares aonde que o PCB estava, fazer com que os cargos fossem rotativos e se ligar com os setores mais combativos de trabalhadores que estavam sendo perseguido pela ditadura.
Em Osasco, em julho, e em Contagem MG alguns meses antes duas greves de trabalhadores metalúrgico fechariam este circulo de mobilização. A greve de Contagem pegou os patrões e governantes de surpresa, o que dificultou a repressão mas em Osasco o uso da força foi devastador, anunciando uma nova fase de cassações e desmobilização da ação sindical.
Já na metade dos anos 70, a política econômica da ditadura militar já havia demonstrado as debilidades. A divida externa já havia se multiplicado por cinco, batendo a casa dos 20 milhões de dólares sendo que 10 anos mais tarde este valor já chegava bem perto dos 100 bilhões de dólares. A divida é fundamental para pode entender o ‘’milagre’’, pois a taxa de crescimento anual do PIB caíram na segunda metade dos anos 1970 e na década de 1980 iniciando assim a recessão. Em 1982, o crescimento do PIB chegou a níveis baixíssimo registrando uma taxa de 1,1%.
Neste período a ditadura tentou se apoiar como base de apoio os sindicatos reforçando o seu lado assistencial pela injeção de recursos do governo, via financiamento e doações, e forçado pela conjuntura da crise da saúde publica e fim dos institutos de aposentadorias e pensões. De acordo com o próprio discurso do Médici : ‘’lembra – se cada trabalhador de que o suor de sua fronte a não é apenas mais o sinal vivo de engrandecimento pátria. É ainda o penhor de que ele se enobrece, a cada jornada de trabalho, como participante do produto nacional, crescendo e subindo na escala social á medida que vai subindo e crescendo o Brasil. Assinarei agora, um decreto executivo que visa valorizar a ação sindical , combinando – a com a política da previdência a fim de dinamizar a assistência ao trabalhador, em todas as suas modalidades. Fixando diretrizes e linha de ação,  que imprimem organicidade e eficiência aos diversos setores do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. O decreto disciplinara a aplicação de recursos e meios, de que dispomos, para proporcionar aos sindicatos uma sede condigna com a escola, ambulatório, clube esportivo e de reunião para o associado e a sua família’’.
As greves por categorias e a chegada de grupos de esquerda ás direções sindicais eram impossíveis dado ao alcance da repressão, os ativistas não desistiram do trabalho de organização dos trabalhadores na empresa. Deste trabalho de super exploração vivenciada na carne dos trabalho que produziram o ‘’milagre econômico’’ surgiram diversos movimentos grevistas de pequena duração e com motivação em geral ligadas a atrasos de pagamento ou acidentes nas plantas industriais. Se pegar os levantamentos destes meados dos anos 70, davam conta de cerca de duas dezenas de movimentos como greve e operação tartaruga em diversas empresas nos anos 1973 e 1974. Na Ford de São Bernardo, por exemplo em 1967 a 1 969 f oram realizadas varias greves de fome e uma greve geral em 1968, organizadas no local de trabalho por operários e duramente reprimidas pela empresa.
Quem conseguiu fazer uma síntese destas lutas ‘’subterrânea’’ contra a ditadura e a estrutura sindical foi a OSMSP (oposição sindical metalúrgicas de São Paulo), que criada em fins dos anos 1960, ao longo de toda década de 1970 enfrentou grupos acomodados á proposta sindical da ditadura, no sindicato, e a intransigência patronal, nas fabricas. Importante colocar que se encontrava um vazio político na ausência reais de referencias sindicais e política, além do que havia uma profunda decepção política na política de conciliação de classes naquele momento. O MDB, o partido da oposição consentida não podia representar e dar uma resposta aos trabalhadores pois representava a burguesia e na luta de clas se operaria tinha que esbarrar em interesses que eram opostos ao seus e por isso não poderia unir com esse setor e nenhum da  burguesia. Tal ausência poderíamos colocar é o que faltou, foi um partido revolucionário que conseguisse aglutinar setores da classe operaria que estava lutando contra a ditadura militar
Neste processo é que foi organizado o PT, um partido que estava na contramão do assim chamado ‘’bloco soviético’’ e da política ideológica dos partidos e sindicatos ‘’comunista’’ pois  de acordo com o próprio partido não queria repetir os mesmos erros. Por sua vez o PT se considerava ‘’Socialista Democrático’ ou seja deixar a reboque os sindicatos e os movimentos sociais ao parlamento burguês, lógica inversa do que queria Lênin ao colocar que a obrigação do partido revolucionário é fazer com que as massas percam confiança do parlamento e partisse para ação extra parlamentar. Importante colocar mesmo colocando criticas ao MDB, fez com qu e o p arti do apoiasse esse setor da burguesia em muitos momentos e levando a reboque correntes trotskistas como a convergência socialista que não tinha acumulo de experiência a chamar voto aos candidatos da burguesia que eram representados pelo MDB
O PT surge num momento onde está colocado a classe trabalhadora se radicaliza nas suas lutas e onde que as forças diversas como os trotskistas, sindicalistas, sociais democratas e setores da igreja católica  se articularam dentro de um partido. Importante colocar que devido ao nível de luta que a classe trabalhadora estava enfrentando e seu processo de radicalização, a direção social democrata do PT chamada Articulação mesmo no papel e de uma maneira totalmente confusa (pois, reivindicava que os sindicatos e os movimentos sociais ficasse a reboque do parlamento) e no papel reivindicava o socialismo e a independência de classe. Porém o PT não seguia a sua carta de princípios, pois muitas vezes chamava aliança com o MDB ou nas próprias eleições que chamava voto para o partido da oposição burguesa.
Com o processo de reorganização sindical, havia duas propostas em jogo e que se começou a refletir no CNTI (Congresso Nacional dos Trabalhadores da Industria), onde tinha um setor da oposição social democrata formada por Lula, Bittar, Olivio Dutra, e alguns membros do partido comunista que depois formaram um bloco junto com os pelegos da ditadura. No CONCLAT, estes dois setores estavam se enfrentando em torno de duas estratégias distinta, enquanto a ala que tinha se tornando lidares sindicais na época da ditadura tinha se alinhado com setores da oposição sindical através do ENTOES (Encontro dos Trabalhadores em oposição a estrutura sindical) e tinha enfrentando a outra ala que se chamava unidade sindical que p rivi legiava alianças com setores desgastados como Joaquim Andrade (conhecido como pelego Joaquinzão). Importante colocar que dentro desses debates, era o momento de expressar todos os trabalhadores que estavam em luta naquele período mas isso não ocorreu.
A CUT surgiu através de uma comissão eleita PRO – CUT se dividiu em torno de construir ou não uma entidade sindical. A postura da unidade – sindical na qual era maioria em torno do congresso foi adiamento do congresso para não dividir o movimento, enquanto a ala que unia o ‘’novo sindicalismo’’ não aceitou e marcou para o congresso em agosto de 83, mesmo com boicote da ala da unidade sindical. Em questões programáticas a ala do ‘’novo sindicalismo’’ e a unidade sindical tinham varias divergências entre na quais : 1) questão do Estado, 2) relação entre capital e trabalho, 3) em concepção sindical. 
A Classe trabalhadora protagonizou lutas importantes e podia ir além. Para isto mais uma vez é necessário fazer um balanço deste período

A classe trabalhadora nesse período protagonizou lutas importantes, greves e entrou no cenário como classe principal como sujeito principal da sociedade e capaz de guiar outros setores, porém mais uma vez ela foi freada pela suas direções que pactuaram com os militares e setores da burguesia democrática, a democracia burguesa. Isso se refletiu nas direitas já que olhavam a democracia burguesa como a única possível, ou no pacto com os militares na qual não foram punidos e a assembléia constituinte e a sua composição majoritária (isso depoimentos de Plínio de Arruda Sampaio comprova) era de partidos da burguesia. A grande questão inicial é assim como devemos questionar qual foi o papel do PCB historicamente, tem os que questionar qual foi o papel do PT nesse momento de levante de massas e como ele contribuiu para ser um freio nas luta dos trabalhadores e do povo pobre.
A esquerda hoje está perdendo uma grande oportunidade de se reorganizar. O grande problema que a historia ensina de uma maneira cruel : Na luta de classes temos apenas duas opções  : matar a burguesia ou ela nos matar, lutemos para que a primeira opção se concretize.
Depois da transição para a democracia burguesia, o PT que já tinha uma concepção de conciliação de classes o partido foi dando uma guinada a direita. Isso mostrou que nas quantidade de cadeiras que o partido ganhou, desde vereadores, deputados e até prefeitura e a concepção de programa pois mesmo que seja no papel o partido dos trabalhadores reivindicava que a sociedade estava dividida em classe com interesses antagônicos, foi trocada pela palavra cidadão ou seja onde todos são iguais perante a lei e não existe interesses de classes inconciliáveis.
Importante colocar que dentro do PT, mesmo a articulação dando a linha política para o partido existiam correntes internas que se reivindicava trotskistas ou socialistas. Dentro destas correntes estavam a convergência socialista que hoje iria dar no PSTU e estava setores do PSOL e a causa operaria que hoje transformaria no PCO. Dentro da visão destas correntes colocavam que a ala social democrata da Articulação Sindical como aliados e mesmo após ter a convergência ter sido expulsa do PT, o PSTU fez aliança com o PT para as eleições de 1994 e apoiou Lula no segundo turno das eleições de 2002 na qual ele se elegeu para presidente. Já os setores que iriam formar  o PSOL e o PCB eram da base do governo nos dois primeiros anos de governo Lula e só romperam por causa de escândalo de corrupção.
Historicamente é importante lembrar que as direções que eram chamadas de esquerda como o PCB e o PT no Brasil, não tinha uma concepção de independência de classe e sim conciliatória. Importante destacar que quando falamos de esquerda temos que excluir alguns setores que atuaram e atuam dentro movimento operário, pois existiam muitos outros dirigentes sindicais vindo do sindicalismo católico ou o sindicalismo dos Estados Unidos que atuavam dentro do movimento operário brasileiro que eram agentes da burguesia e seria um absurdo chamar de esquerda (como as direções sindicais pelegas na época interventores da ditadura militar, os dirigentes que tinha relações com o Vargas e chegaram onde chegou por causa de uma con cepção fascista de sindicalismo ou hoje o que poderíamos chamar de Força Sindical ou UGT) ou o PTB varguista que foi criado par a frear o levante de massas. Hoje pelo fato de termos correntes como o PSTU e o PSOL tendo um certo peso dentro do movimento operário, já é um avanço porém cabe entrar na discussão que é preciso avançar ainda mais na luta de classes e estas correntes tem que cumprir um papel fundamental nisso, porém não é isto o que ocorre hoje.
Nesse período onde que a direção do PT conciliatória, estava dando uma guinada a direita os trabalhadores estavam sofrendo fortes ataques do governo neoliberais desde de Collor até a Fernando Henrique Cardoso. Enquanto os trabalhadores estavam lutando contra estes ataques, estes não tinha nenhuma alternativa política se não Lula que depositava confiança a grandes parcelas de trabalhadores que as eleições iriam salvar os trabalhadores destes ataques, mas quando Lula foi eleito ele prometeu que iria seguir a cartilha neoliberal e isso refletiu na política de continuidade de FHC na qual tinha como principal objetivo atacar retirando as leis dos trabalhadores.
Nenhuma ilusão hoje ao PT e seus lacaios como o PC do B.
Existe ala da esquerda reformista que considera o PT um partido de esquerda e que se iludiram com o Lula e depositam confiança na Dilma. Dentro destes setores encontramos parcelas de sindicatos que estão atrelado com os interesses do governo, movimentos sociais e setores honestos que estão com o PT achando que estão contra a direita tucana. Podemos falar tranquilamente que o PT é um partido onde que a burguesia se organiza e ela fez um bom negocio, pois ela tem confiança neste partido, nesse sentido cabe perguntar a estes setores : Se os interesses dos trabalhadores são opostos aos interesses da burguesia, qual lado que o PT esta? No lado dos trabalhadores ou no lado dos banqueiros e dos empresários? A realidade é mã e da verdade e estes setores não podem negar que o PT é um partido que está a serviço do capital.
Uma prova clara disso é o ex vice presidente do governo Lula, o José Alencar. Já falecido, José Alencar era um empresário que tinham interesses no Haiti na qual a burguesia brasileira esteve na frente no envio de tropas militares para esta região, sendo que o exercito brasileiro era liderança da MINSTAH. Alguns teóricos da burguesia dizia que ele representava o capital, enquanto Lula representava o trabalho e que ambos setores podiam conviver pacificamente. De acordo José Arberx Jr da Caros Amigos, Lula foi uns dos principais quadros da burguesia.
O Brasil do governo Lula foi marcado por ser um ‘’Brasil Potência’’ ou o ‘’Brasil que esta caminhando para o seu futuro’’, isso significa que nesse período foi marcado por um grande crescimento econômico sob a exploração dos trabalhadores. É neste período onde existe uma falsa visão que a democracia parece estar consolidada que o capital determina a política, isso significa que no período do governo Lula o capital permitiu que este fosse mais aberto para frear a luta de classes com políticas assistencialistas. Importante colocar que há uma falsa visão na qual foi influenciada com o governo Lula que os trabalhadores e o povo pobre poderiam ‘’crescer na vida’’ apenas com o crescimento econômico.  Outro ponto que foi marcado no governo Lula, foi o fim de um processo de lutas operarias e populares que se encerrou dentro do governo Lula.
Lula deu continuidade em vários pontos no governo Fernando Henrique Cardoso e um destas continuidades foram os ataques a classe trabalhadora e ao povo pobre, porém Lula reforçou os programas assistencialistas que deram inicio ao Fernando Henrique e na qual com o período de crescimento econômico o capital permitia e conseguiu frear as lutas dos trabalhadores fazendo com que estes contenta-se com migalhas e não direitos concretos. Nesse sentido caberia perguntar aqueles que apóiam o governo e acham que o governo com estes programas reduziu a pobreza : Porque não reivindicar direitos concretos e porque Lula não deu estes direitos, ao contrario retirou vários direitos conquistados com Luta? Se o Lula reduziu a miséria s ocial, então porque ele continua sendo o governo onde os ricos ficaram cada vez mais ricos? Estas perguntas a esquerda reformista não pode responder.
Importante colocar que a maioria dos sindicatos e dos movimentos sociais, estão atrelados ao governo e apóiam as suas políticas. Se formam uma burocracia que é favorecida materialmente pelo dinheiro da exploração dos trabalhadores que não podem dar uma resposta a classe na qual elas deveriam defender. Tal burocracia que cumpriu papel fundamental que o Lula despejasse ataques contra a classe trabalhadora e as classe populares. Podemos falar que a esquerda reformista que mantém alguma ilusão está errada ao afirmar que o governo Lula suportou os movimentos sindicais e os trabalhadores,  até porque algo estaria errado se a burguesia agüentasse governar com setores que interesses inconciliáveis ao seu.
Um ponto claro é que nos primeiros de maio, estas centrais realizam grandes festas patrocinadas por empresas que exploram trabalhadores e tiram todo caráter político deste dia. Nestes eventos patrocinados por grandes empresas vão desde pessoas que representa a burguesia, como foi o Gabriel Chalita do PSB como aconteceu no primeiro de maio da CUT em 2010, ao neste mesmo ano ter como palanque a Dilma na época candidata a presidente da republica.  Importante colocar que dentre as oitos centrais sindicais brasileiras, 5 estão no campo do governo, 1 é tucana e 2 são centrais anti governistas.
Estas mesmas centrais sindicais governistas que sentam com a FIESP, que sentam para negociar o plano Brasil Maior criado pela Dilma para atender os demais setores da burguesia Brasileira. Este projeto visa atender estes setores da burguesia que são desfavorecido pela desvalorização do real e pela competição chinesa. Tal programa serve para poder tentar salvar o país de algo que não vai dar para salvar : A crise econômica capitalista.
Podemos abrir uma polemica com estas centrais que estão apostando nesta política que na real só serve para atacar os trabalhadores. Estamos enfrentando uma grande crise econômica e precisamos de uma certa maneira dar uma resposta a ela, porém esta resposta vai estar ao interesse de uma classe. A dinâmica capitalista vive de ‘’booms’’ econômicos e crises capitalistas. Trotsky dizia que o capitalismo que nasce, cresce, vive e quando esta para morrer ele toma um fôlego e continua o seu ciclo e que a única maneira de matar ele é somente com ação dos trabalhadores que poderão dar um fim a miséria que o capitalismo impõe. A resposta que as centrais sindicais que sentaram com a FIESP para dar uma resposta a crise, só vai favorecer a burguesia que vai rebaixar salários e tornar as condições de trabalho cada vez mais precárias. Estas centrais deveriam romper com o governo e discutir um plano de luta para enfrentar essa crise. A grande pergunta porque que as centrais sindicais não fazem isso?
Não podemos inúmeras as traições que estas centrais sindicais fizeram contra a classe trabalhadora, porém tem um caso exemplar que trata muito bem a quem tal central serve. Assim como fizeram os pelegos da ditadura, agrediram verbalmente e fisicamente os trabalhadores ativistas, a CUT na greve da REVAP cumpriram este mesmo papel quando após trair a greve dos trabalhadores terceirizados legitimando a repressão da policia que por ser uma fabrica da Petrobras poderia causar um dano maior, invadiu a reunião dos trabalhadores que desiludiram com a CUT e queriam se organizar na época com a CSP – CONLUTAS com metralhadoras e atiraram nos trabalhadores, ferindo um trabalhador. Isso é uma traição aos trabalhadores que na época lutavam contra estes mesmos pelegos e depositaram a sua confiança na criação de uma nova central sindical que no caso tornaria a CUT.
Outro setor considerável que tem influencia em sindicatos, aparata a maior entidade estudantil brasileira e que apóia o governo Lula com a pecha de ser progressista é o PC do B. Começando a critica poderíamos tirar a mascara de que o governo petista seria progressista e que estar com o petismo significa lutar contra a direita tucana reacionária e setores da esquerda que corretamente se opõe ao governo faz o jogo dessa direita.
Se nós de acordo com a visão marxista entender burguesia como aqueles que tem em suas mãos os meios de produção, partimos do pressuposto que ela quer lucrar e na atual situação isto é uma posição conservadora. O governo petista hoje representa setores da burguesia industriais que está ligada com a burguesia financeira, então podemos entender que para o PC do B a burguesia industrial é progressista? Ela não busca acumular mais valia?. Partindo que o capital determina a política quem que o governo petista vai direcionar as políticas de Estado? Vai ser para a burguesia e nisso o governo petista vai estar sendo contra a classe trabalhadora.
Nós marxistas entendemos que a sociedade tem suas contradições e grande expressão disso é o fato dela estar dividida em classe. Como sabemos, a classe trabalhadora tem interesses inconciliáveis com a burguesia, pois enquanto a burguesia quer saber de lucrar, os trabalhadores não querem ser explorados. Perante isso a nossa posição tem que ser de classe, isso significa  estar no lado da classe trabalhadora contra qualquer variante da burguesia. Ou seja estamos contrários a burguesia financeira que é representada pelo PSDB/DEM, mas estamos também contra a burguesia industrial e do agronegócio, mas já o PC do B não representa os interesses do proletariado e nem do povo pobre e sim do agronegócio que junto com a reacionária Kátia Abreu do Democratas que é contra as ações do MST estão a favor do código florestal e que aplaude em pé toda morte de lutadores do campo. Se a esquerda anti governista faz coro com a direita, imagina a dita com quem a ‘’esquerda’’ governista?  Essa relação de classe, o PC do B não pode esconder.
O PC do B foi o partido que esteve a frente da guerrilha do Araguaia que foi massacrada pela ditadura militar, apesar ter divergências com o método de guerrilhas temos que honrar a tradição marxistas e lembrando sempre destes mortos que tombaram em combate e repudiar e exigir punição de seus assassinos. A Dilma abrigou e deu cargos importantes a ex militares da ditadura militar, na qual torturou e matou os militantes do Araguaia, perante isso cabe perguntar ao PC do B porque que não foi mexido nenhuma palha para achar os corpos dos mortos ou porque o PC do B não está a frente de uma campanha pela punição de todos militares assassinos da ditadura brasileira.  O Partido Comunista do Brasil desonra seus ex militantes que tombaram em combate ao se silenciar perante  aos setores reacionários.
O PC do B acha que o governo do PT é um governo em disputa por isso que o partido ‘’comunista’’ do Brasil divide o aparato estatal, porém cabe questionar como que este partido disputa o governo. O PC do B disputa o governo disputando cargos de ministros como o do esporte, porém esquece que como o estado é burguês e os cargos de burocratas vão estar a serviço da burguesia (pois partimos da lógica que o burocrata é uma pessoa competente, mas como o Estado é burguês tal lógica tem um viés ideológico ou seja é uma pessoa competente da burguesia). Assim que o PC do B disputa o governo? Ou o PC do B faz parte da maquina que gera os negócios da burguesia?  Para mim é segunda opção.
Hoje o PC do B está aparatando a UNE, recebendo ‘’democraticamente’’ dinheiro estatal e privado sendo assim está cooptada para cumprir um papel de policia dentro do movimento estudantil. Ou seja o PC do B se beneficia da mais valia dos trabalhadores para colocar uma entidade a serviço dos grandes capitalistas e do Estado burguês e isso expressou no congresso da UNE quando o PC do B trouxe o ministro da educação que junto com a Dilma está preparando um ataque contra os estudantes.
A Esquerda anti governista que poderia ir além, mas não corresponde os desafios da luta de classes.
Ao contrario do que dizem, a classe trabalhadora historicamente demonstrou ser bastante combativa porém sempre pegou direções que não corresponderam as suas necessidades e sempre buscou a conciliação de classes. Estas derrotas causou um ceticismo e colocou uma idéia de submissão da classe trabalhadora e do povo pobre com uma idéia de que é impossível ir além e com isso temos que contentar com a nossa atual posição e a reprodução da miséria. A esquerda frente a isso deveria travar lutas concretas e obter vitorias para superar tal fase, mas se adapta ao passividade do momento e não dá respostas aos desafios da luta de classe como fato de 900 militantes chilenos estarem preso e ela girar um pouco de aparato que e la tem só uma semana do ocorrido. Os companheiros que se colocam no campo da esquerda tem que entender que a cada luta que nos não damos só fortalecemos a burguesia.
O PSTU na Fundação Santo Andre, tem uma concepção equivocada que é preciso ‘’lutar na hora que é para lutar e negociar na hora que é para negociar’’.  Ou seja a cada momento que o PSTU senta para dialogar com os nossos inimigos de classe sem travar nenhuma luta, sem analisar como está a correlação de forças e sem se forjar com os setores mais combativos de estudantes acaba fortalecendo a reitoria e os tubarões de ensino. Sua atuação que na pratica é colocar ilusões na reitoria na qual ela pode ser democratizada dando algumas migalhas, não vai fazer com que conseguimos nem o 10 % da educação. Quando colocamos que os estudantes chilenos estão fazendo barricadas p ela uma educação gratuita e de qualidade, se torna importante e necessário superar esta estratégia de pressão muito utilizada pelos os companheiros e começar a travar lutas concretas contra os nossos inimigos. 
O PSTU é setor majoritário da CSP – CONLUTAS e da ANEL aonde que aglutina setores valiosos de estudantes e trabalhadores que se colocam contra o governo, porém este setor fica nas suas campanhas superestruturais sem corresponder os desafios da luta de classe. O PSTU não compreende que é necessário forjar setores combativos de estudantes e de trabalhadores dentro da luta de classes e é essa necessidade se coloca urgente, pois é necessário construir um partido revolucionário para corresponder os novos desafios da luta de classes que vai chegar ao Brasil sem pedir nenhuma licença. A construção de um partido revolucionário se torna necessário, quando na Líbia percebemos que havia uma possibilidade do ditador Kaddafi ser derrubado pela ação independente das massas, mas para o imperialismo não perder os interesses econômico na região e assim encobertar as ditaduras que ele apoiou abortou de ação das massas, ao se articular com a CNT com setores da oposição burguesa frear este processo sob o discurso de manter restaurar a democracia, os direitos humanos e a liberdade.  Esta mesma CNT que persegue os negros trabalhadores, mas que segue a risca os interesses do imperialismo.
A burguesia que colocou uma falsa visão que os processos revolucionários não iriam acontecer, o fato desta palavra retomar a subjetividade dos trabalhadores e do povo pobre é um grande avanço.  Porém é necessário um partido revolucionário que oponha a todos setores da burguesia e aos reformistas e os setores de esquerda do Brasil tem como essa tarefa e para isso ela precisa se forjar com os setores mais combativos dos trabalhadores só assim estes amplos setores de trabalhadores e do povo pobre que estão vendo a revolução como motor da historia possam conseguir a sua emancipação e possa ter uma vida plena na qual o capitalismo não pode  oferecer.
Mas quando o PSTU não busca se forjar com os setores mais combativos da classe operaria ou buscando construir a sua organização quantitativamente sem fazer no mínimo de discussão ou fazer uma síntese nas experiência dos trabalhadores, ele reforça o sentimento de anti partidarismo que a burguesia colocou sendo que a sua obrigação é combater concretamente esta idéia mesquinha. Setores valiosos a partir de então começam a ver o próprio partido com maus olhos e isso mostra que a concepção de organização que o PSTU tem está complemente errada e isso pode levar a organização ao seu completo fracasso.
Como já falei, o PSTU tem um certo peso dentro da vanguarda operaria e estudantil o que já é um avanço sendo que historicamente os trabalhadores brasileiros tiveram como direções conciliatórias como PCB e o PT. Porém é um atraso quando esta mesma organização que é setor majoritário da CONLUTAS e da ANEL se adapta ao sindicalismo sob alegação que lutar por demandas concretas não dialoga com os trabalhadores. Mais uma vez faço a seguinte pergunta para os companheiros : Qual função que o PSTU cumpre na construção de um partido revolucionário? A burguesia não vai esperar na construção desse partido, vamos nos adiantar deste já.
Como setor majoritário da CSP CONLUTAS e da ANEL, é obrigação do PSTU em fazer luta política contra a CUT e a UNE atraindo setores de base que ainda que acreditam nas entidades atreladas ao governo. Nesse sentido é necessário que o PSTU se contraponha a estas demais variantes, porém este partido não tem esta pratica quando vai contra os interesses dos trabalhadores do metro quando pretendiam entrar em greve e vai numa direção oposta quando se unem nas eleições dos correios com estes setores justo que enquanto o papel de uma organização que se diz de esquerda é combater a burocracia sindical com métodos da democracia operaria.
O mais trágico de tudo é o PSTU que unem com os setores governistas só para conseguir os sindicatos, chamam outros setores de esquerda e combativos ‘’minoritários’’ de parasita e como todos sabemos quando existe algo que está parasitando o que se tem que fazer é eliminar. Para isso se adapta a passividade do momento e a elitização para conseguir tal objetivo, desmoralizando bons militantes e fazendo coro com o seu inimigo de classe. A grande questão é : Porque qualquer organização de esquerda que diverge com o PSTU, critica,  coloca o seu programa para debater com a organização e métodos de organização é considerada parasita? Será que o PSTU sofre do mal do dogmatismo ao levantar o seu programa como um revolucionário que vai fazer a revolução e nisso tem que enfiar na garganta abaixo contra estas organizações menores? Ou porque as unidades que o PSTU com o PSOL é superestruturais e com isso esconde as contradições entre estes dois partidos? É essa herança que o PSTU vai deixar na construção de um partido revolucionário ou seja os indivíduos que a constroem não podem nem divergir um com o outro?. Infelizmente não é só este partido que não aceita tendências internas que sofre esse mal, alguns partidos como o PSOL tem a concepção que não se pode fazer criticas  pois é uma tentativa sectária de rachar a unidade.  Considerar outras organizações combativas parasitarias e tentar acabar com elas é um absurdo, pois taticamente só favorece a burguesia e isso vai deixar o nosso inimigo de classe mais forte.
Como exemplo, podemos ensinar a estes setores o que foi a frente de esquerda e dos trabalhadores da argentina. PTS, PO, IS e o PSTU (argentino) fizeram uma unidade tendo para cada organização liberdade de critica, liberdade de expressar o seu programa, liberdade para colocar método de organização. Dentro deste processo tanto o PTS e o PO fizeram cartas abertas um criticando o outro, mas nem por isso esta unidade rachou e conseguiram obtiveram varias conquistas e estão avançando além das eleições e sim no terreno da luta de classes. É importantíssimo que cada organização brasileira de esquerda debatem as suas experiências políticas para poder avançar na luta de classes, pois só assim que iremos vencer o nosso in imigo de classe.
A esquerda tem como obrigação acabar com as organizações reformistas, pelegas e setores da burguesia que tem alguma influencia dentro do movimento operário e popular. Neste sentido é através da luta de classes, dialogando com as necessidades concretas dos trabalhadores mais combativos e se contrapondo a estas organizações conciliatória que iremos conseguir aportar na construção de um partido revolucionário. Quando o PSTU cumpre um papel de freio no metro, ele cumpre o mesmo papel que a CTB cumpria no sindicato antes da CONLUTAS ganhar as eleições.
Precisamos de um novo PT ou precisamos de um partido revolucionário operário.
O PSOL é um partido fundado em 2004 com um racha dentro do PT por causa das denuncias de corrupção. É um partido fundado por alguns parlamentares descontentes com o partido dos trabalhadores, mas que mantém a mesma lógica petista na qual é preciso submeter os movimentos operário e popular a parlamento burguês.
Em 2002 quando Lula foi eleito, o PT já passou a ser um partido em que a burguesia começou a se organizar dentro dele e para os mais esperançosos consciente que ainda tinha ilusões ao partido dos trabalhadores, perdeu porque percebeu finalmente que o Lula estava a serviço da burguesia. Partindo de um raciocínio honesto, era preciso entrar no PT e disputar os setores mais combativos que declaravam ódio aos interventores com a Social democracia da Articulação partindo do raciocínio que foi este mesmo setor que traiu os trabalhadores realizando o transição da ditadura pela democracia burguesa pelo alto, já estava na hora de retirar dos trabalhadores, mas vendo que o PT chegou ao poder e não ia governar para os trabalhadores era o momento desta ala se retirar e formar um novo partido, mas perguntamos porque este setor rompeu com o PT somente quando houve um caso de corrupção?
Para responder esta pergunta é importante colocar o Estado é um instrumento de uma classe sobre a outra. Hoje o Estado é da burguesia, ou seja ela cumpre o papel de legitimar a exploração de uma classe parasitaria que só quer enriquecer contra uma classe produtora da riqueza que só quer deixar de ser explorada e ter uma vida digna e serve para frear a luta de classes mantendo assim as suas contradições de classe. A burguesia para legitimar os seus interesses ela precisa de um parlamento que seja eficiente.
Como que parlamentares do PSOL podem dar uma resposta a realidade concreta dos setores oprimidos da sociedade, sendo que fazem manter ilusão nos burocratas que estão a serviço da burguesia. Uma das  obrigação de um partido revolucionário é fazer com que os trabalhadores percam as ilusões no parlamento burguês e partem para a ação direita, mas ao não fazer isso o PSOL que se diz socialista demonstra ser somente no papel pois se torna mais um partido adaptado a ordem que não pode dar resposta concreta a realidade.
Um dos pontos da Frente de Esquerda da argentina é total apoio dos parlamentares revolucionários as greves que aconteceram, dando o salário deles igualando ao um trabalhador comum. Pergunta aos parlamentares do PSOL, qual foi o seu apoio as greves dos trabalhadores de Jirau? Ou melhor, porque não ganhar igual um trabalhador comum?. Mas a grande questão é que estes parlamentares já votaram a lei do super simples que favorece o pequeno patrão, pede auditoria da divida ou pasmem uma das principais dirigentes Heloisa Helena é contra o aborto. Existem muitos companheiros honestos que acreditam neste partido, então vale a pena falar que a linha política dotada do PSOL não daqueles setores que acreditam em uma mudança radical da sociedade e sim destes parlamentares que não tem nada para oferecer para a juventude e para a classe trabalhadora.
Que alternativa que este partido quer ser, sendo que já recebeu dinheiro da empresa GERDAL, nas eleições de 2006 nas eleições para governadora do estado do Rio Grande Sul quando PSOL soltou a candidatura de Luciana Genro. Tal partido não prega nem de longe a independência de classe, pois uma vez que utiliza retórica socialista, utiliza de praticas políticas que visa democratizar o regime sendo assim o PSOL longe de ser um partido revolucionário,  é uma organização que visa conciliar as classes. O PSOL vale bem lembrar está se degenerando a passos longos.
Importante colocar que as contradições dentro desse partido existem e estão crescendo cada vez mais. Enquanto existe setores que são honestos e que acreditam numa sociedade emancipada, não podem se iludir em parlamentares que colocam o problema do caso de corrupção do PALLOCI é porque ele não soube separar o que é publico do privado não questionando a exploração do trabalho e grande extração de mais valia daqueles que produzem a riqueza.
O PSOL é um partido que segue a lógica do NPA Frances (Novo partido anticapitalista), que é construir partidos amplos, aonde existes tanto setores que reivindicam revolucionários até reformistas. Em ambos os partidos fazem ter uma programa confuso, sem uma de independência de classes e que acabam prevalecendo as correntes reformistas que pregam a conciliação de classe. A unidade entre os setores que se reivindicam a revolucionários deve ser feita a partir de criticas, colocar programa, concepção de partido, onde tendências e divergências possam se expressar e só assim podemos construir unidade entre setores revolucionários fazendo o combate contra os setores de centro esquerda, governo e demais variantes da burguesia.
As tarefas daqueles que se reivindicam da esquerda revolucionaria perante a próxima crise que já está batendo a porta.
Se forjar com os setores mais combativos e criar quadros revolucionários que possam aportar na luta de classes, eis uma principal tarefa daqueles que se reivindicam da esquerda revolucionaria. Para isso é necessário se preparar respondendo a cada desafios da luta de classes vendo como objetivo como tático, enfraquecendo o nosso inimigo e aumentando a nossa força. Assim cada organização que se reivindicam de esquerda pode aportar para um partido revolucionário operário aonde os setores mais combativos de trabalhadores podem se organizar junto com o povo pobre e oprimido para dar um fim  em  suas respectivas  misérias.
Para isso, é necessário travar uma batalha política contra os demais setores dialogando com a necessidades concretas dos trabalhadores e do povo pobre se contrapondo e atraindo estes diversos setores combativos para o seu lado. Só através da luta de classes e se mostrando como um exemplo concreto para os trabalhadores que conseguiremos responder a altura os desafios da luta de classes e assim botar um fim nessa miséria que nos atinge.
É necessário unidade entre os demais setores anti governistas colocando seus programas, divergindo, colocando concepção de construção de partido e as suas respectivas experiências para se unir e assim cumprir nossos objetivos em conjunto. PSOL e PSTU hoje infelizmente fazem unidades superestruturais, alheios na luta de classes e onde que o próprio PSTU rebaixa o seu programa para poder dialogar com  setores do PSOL. Para finalizar, cabe colocar duas colocações : 1) No CONCLAT onde houve uma tentativa de unir as duas principais centrais anti governista, houve acordos superestruturais e com isso as contradições mostraram clara e a unidade explodiu, será que fazer criticas realmente explode a unidade 2) Porque que o PSTU se diz de massas, fala que outros setores são parasitários e não tem dialogo com as massas este partido não aceita a debater estratégias, programa, divergências, concepção de organizações. Lembramos aquele velho ensinamento do Trotsky, quantidade não significa qualidade e o que ocorre no PSTU é um medo de seus aliados que mesmo mantendo suas diferenças dialoguem mais com as massas do que o partido. É necessário a esquerda sair dessa miséria para poder avançar nos desafios da luta de classes, pois historicamente os trabalhadores brasileiros estiveram sob direção conciliatória e de direita reacionária  (como caso dos interventores militar), mas sempre mostrou a sua combatividade o que falta é uma direção revolucionaria para o próximo período. Convido aos camaradas fazerem esse balanço





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