A burguesia durante os anos de restauração burguesa, lançou uma ofensiva ideológica contra a classe trabalhadora e o povo pobre pregando o individualismo, o fim de qualquer perspectiva de classe e da luta de classes. Frente a esta ofensiva ideológica, teve uma ofensiva material onde retirou poucos direitos da classe trabalhadora, a ultima reestruturação produtiva capitalista que intensificou o trabalho, rebaixando os salários e principalmente criou uma gama de trabalho precário que podemos claramente encontrar nos terceirizados, temporários e outros diversos setores da classe trabalhadora.
Esta ofensiva que se materializa no alto nível de desemprego que assola a classe trabalhadora e os demais setores oprimidos da sociedade, se materializa na precarização do setor publico como na educação, saúde e no transporte na qual seus usuários são da classe trabalhadora e do povo pobre. Sob esse contexto onde a burguesia acumula taxas de lucro gigantescas, tem que se discutir a paralisação dos metroviários e da CPTM decidida em assembleia no dia 22/05.
No primeiro dia de greve, vimos a poderosa força que tem os trabalhadores metroviários e da CPTM. Esta força primeiramente mostra que são os trabalhadores que produzem, ‘’movimentam a sociedade’’ e que sem eles a sociedade inteira para e não funcionam, ou seja no caso do metro que é uma instituição que faz população locomover por varias partes de São Paulo os trabalhadores cumprem um papel fundamental pois se este para, São Paulo anda com muita dificuldade e para, afetando assim diretamente a produção da maior cidade do Brasil.
Durante o dia, a grande imprensa tentou jogar a população contra os trabalhadores do metro colocando que são estes os responsáveis por atrapalhar a rotina, a ‘’ordem’’ e o ‘’bem comum’’ da cidade de São Paulo. Mas por trás desse ‘’bem comum que atrapalha o trabalhador paulistano’’ está as grandes taxas de lucro da burguesia racista paulistana que foram afetada com a greve dos metroviários. Para além do mais, esta mesma burguesia que aliena a força de trabalho e impõe para os trabalhadores ‘’que eles estejam no serviço, independente do que aconteça’’, a mesma logica que em outros casos obriga os trabalhadores estarem doente em seus serviços, levando-os muitas das vezes a morte.
Na logica de Alckmin, os metroviários estão fazendo a greve por motivos particulares que prejudica o andamento de ‘’uma cidade potência’’ estão agindo através dos seus interesses de classes, interesses que vão muito além dos metroviários e que atinge tanto quem trabalha e quem usa o metro precário do Estado de São Paulo. Uma greve do metro é uma guerra em São Paulo, guerra esta é de classe e assim tem que ser considerada como tal.
Frente ao acidente ocorrido na ultima semana no metro e o fato do transporte publico ser a ‘’lata de sardinha’’, o que corre o risco de ter mais acidentes é necessário que os trabalhadores do metro unam com a população liberando catraca, massificando a luta por um transporte publico, gratuito de qualidade. Somente os trabalhadores em aliança com os usuários podemos dar respostas concretas a todos os problemas do transporte publico.
Os trabalhadores e a Juventude de diversos cantos do mundo estão se levantando para lutar contra os ataques nefastos da burguesia e para que a crise seja paga pelos capitalistas. Se numa guerra, a moral é um fator determinante para poder levar um exercito a vitória. Para enfrentar a truculência de Alckmin, é mais do que necessário ter a moral junto com uma estratégia pra poder vencer para assim arrancar as demandas dos trabalhadores e lutar por um transporte que seja de fato publico, gratuito e de qualidade.
Enquanto o Alckmin fala que a greve tem ‘’motivos eleitoreiros’’, dando a entender que quem está por trás da greve é o PT, o PSDB faz parte do projeto do ‘’Brasil Potência’’ onde o crescimento econômico é sustentado por contradições frágeis, por uma enorme desigualdade social e principalmente por trabalho precário. Esse mesmo ‘’projeto de país’’ que impõe um projeto de militarização nos morros, a democracia burguesa que agrada todos os setores da burguesia tem por trás acordos espúrios como as ligações dos partidos da ordem (PT, PSDB e DEM) com o caso do Carlinhos Cachoeira. Estes mesmos que discursam contra a greve dos metroviários.